domingo, 28 de agosto de 2011

Valei-Nos, Santo Agostinho!

"Eu ouço a voz que soa: busca sempre a luz..."
"Vi claramente que todas as coisas que se corrompem são boas: não se poderiam corromper se fossem sumamente boas, nem se poderiam corromper se não fossem boas. Com efeito, se fossem absolutamente boas, seriam incorruptíveis. e se não tivessem nenhum bem, nada haveria que se corrompesse.
De fato, a corrupção é nociva, e, se não diminuísse o bem, não seria nociva. Portanto, ou a corrupção nada prejudica - o que não é aceitável - ou todas as coisas que se corrompem são privadas de algum bem. Isto não admite dúvdia. Se, porém, fossem privadas de todo o bem, deixariam inteiramente de existir. Se existissem e já não pudessem ser alteradas, seriam melhores porque permaneciam incorruptíveis. Que maior monstruosidade do que a firmar que as coisas se tornariam melhores com perder todo o bem?
Por isso, se são privadas de todo o bem, deixarão totalmente de existir. Logo, enquanto existem, são boas. Portanto, todas as coisas que existem são boas, e aquele mal que eu procurava não é uma substância, pois, se fosse substância, seria um bem. Na verdade, ou seria substância incorruptível, e então era certamente um grande bem, ou seria substância corruptível, e, nesse caso, se não fosse boa, não se poderia corromper.
Vi, pois, e pareceu-me evidente que criastes boas todas as coisas, e que certissimamente não existe nenhuma substância que Vós não criásseis. E, porque as não criastes todas iguais, por esta razão, todas elas, ainda que boas em particular, tomadas conjuntamente, são muito boas, pois o nosso Deus criou 'todas as coisas muito boas'".

Sim, senhores, hoje, 28 de agosto, festejamos o dia de Santo Agostinho, nascido em 13 de novembro de 354, um dos mais eminentes Doutores da Igreja Católica, filho da não menos venerável Santa Mônica e autor desta pérola acima anotada, presente em suas Confissões, Livro VII, II, 12, sob o título de "O Problema do Mal. A Perfeição das Criaturas".
E por qual motivo a tão insólita homenagem? Porque ele, ainda pelos idos dos primórdios do Cristianismo, mais precisamente entre 354 e 430 da nossa era, foi um dos primeiros pregadores conhecidos do nosso velho, useiro e vezeiro Princípio do Relógio do Sol.
Sim, senhores, releiam o texto acima. Ainda que não esteja escrito com tintas tão claras quanto as que ilustram os livros da Seicho-No-Ie, ele foi uma das primeiras vozes que bradou que o mal não existe.
Pegando a Antologia Ilustrada de Filosofia, que tenho, de autoria de Ubaldo Nicola, lemos, ao tratar da problemática do mal sub oculi Agostiniani, à pg. 134 que "a solução agostiniana do tormentoso dilema [da existência do mal] é de enorme simplicidade: o mal, em si mesmo, não existe, é ausência, limitação do bem. O mal é puro não-ser, assim como a escuridão não tem uma realidade substancial, mas existe somente por via negativa, como ausência de luz".
Não, senhores, não foi Masaharu Taniguchi quem escreveu isso. Foi Ubaldo Nicola em sua Antologia Ilustrada de Filosofia. Mas como é coincidente, né? Qualquer semelhança seria mera coincidência?
E se lermos o conceito de "pecado" de Santo Agostinho, escrito pelo mesmo autor? Seria incrivelmente concidente com que Masanobu Taniguchi escreveu em seu Princípio do Relógio de Sol, mais especificamente às fls. 29/36? Comparemos os dois trechos, primeiro, o do italiano Nicola, versando sobre o pecado agostiniano:

"A única forma de mal existente em todo o universo é a maldade humana que se expressa no pecado - o que significa um distanciamento da vontade humana em relação à lei de Deus"

Agora, o que Masanobu escreve, no último parágrafo da pg. 32: "Considerando tais fatos, podemos entender que o que chamamos de mal não existe como substância, ou, antes, é projeção exterior da força de negação (sentimento de rejeição) que surgiu na mente de quem está avaliando. Sendo assim, à pergunta 'Onde está o mal', podemos responder 'Está dentro da mente humana'".

E, para encerrar qualquer discussão, no Livro VII, II, 16 de suas Confissões, Agostinho, o Santo, assim responde à questão Onde Reside O Mal: "Procurei o que era a maldade e não encontrei uma substância, mas sim uma perversão da vontade desviada da substância suprema - de Vós, ó Deus - e tendendo para as coisas baixas: vontade que derrama as suas entranhas e se levanta com intumescência" (grifo do original)

Ora, pelo casulo da Sutra, homem prodígio! O que vem a ser a tal "perversão da vontade desviada da substância suprema" senão a nossa velha e inexistente ilusão?  Repararam na coincidência dos termos substância?

Por tudo isso é que hoje, dia 28 de agosto, em que comemoramos o dia da ascensão aos céus de Santo Aurélio Agostinho, nascido em Tagaste, antiga Numídia, na África (hoje acredito que território tunisiano), prestamos esta justa homenagem a um dos primeiros homens, talvez o primeiro da raça que, vislumbrando uma luz que só viria a terra quase dois milênios após, pensou, pensou e concluiu: "O mal não existe".

Valei-nos, Santo Agostinho!

Da Quadragésima Primeira Palestra

E lá fomos nós de novo para mais uma palestra, nos Jovens, em Niterói mesmo. Tema: Cap. 4 de "Saúde E Prosperidade", "Evoque Sua Força Infinita Interior", que se resumia basicamente em passar ao respeitável público a frase-quase-mantra "Ó DEUS, QUE ESTÁS NO ÂMAGO DA MINHA ALMA, FORÇA INFINITA, MANIFESTAI-VOS". 11 pessoas, número bom para uma palestra que sucedeu um estudo de módulo que durou o dia inteiro. Gente nova também, que sequer conhecia, ainda. Mas foi muito bom, muito interessante. Agora é nos preparar para a próxima palestra, em Itaipu, próximo domingo da Seicho-No-Ie (até o dia 12 serão mais três palestras, por enquanto. Tomara que venha mais...)
A palestra? Bom, vamos lá então:

PALESTRA – 27.08.11 – JOVENS – LIVRO: SAÚDE E PROSPERIDADE –
CAP. 4 – EVOQUE A “FORÇA INFINITA” INTERIOR – PG. 41/49

Quando você se cansar de trabalhar ou estudar

No livro Convite à Felicidade, volume 1, página 115, consta o seguinte trecho no capítulo intitulado “Coloque bem alto o seu ideal”:
“Cada ser humano possui uma reserva de força bem mais poderosa do que imagina. Quando você cansa de escrever e, com a mente turvada, sente que não pode mais continuar, faça um esforço especial para continuar escrevendo; dar-se-á conta de que a mente se aclarou e, sem sentir sono, poderá seguir trabalhando toda a noite sem nenhuma dificuldade. Quando os esportistas praticam ininterruptamente um esporte violento, em certos momentos sentem dificuldade na respiração e dor no peito, mas, se vencem isso e prosseguem, de repente eles se libertam das dificuldades, tudo se normaliza, e eles podem prosseguir com facilidade. Os especialistas referem-se a este fenômeno como segundo sopro. Se continuarmos, conseguiremos facilmente alcançar esse segundo sopro. Isso se aplica tanto ao exercício físico como ao mental”.

Normalmente, o ser humano usa apenas 25% da sua capacidade

Lembro-me do que afirmou William James, famoso professor da Universidade Harvard, psicólogo, filósofo e formulador de uma teoria chamada Pragmatismo. Segundo ele, a força que normalmente usamos não passa de 25% da nossa própria capacidade. Os 75% restantes ficam adormecidos e se manifestam em casos de extrema necessidade. Isso é uma verdade.

Caso verídico acontecido na inundação no monte Rokko

Há muito tempo, cerca de 25 ou 26 anos atrás, houve um temporal muito forte na região Oeste do país. A cidade de Kobe foi bastante castigada pelas águas nessa ocasião. As linhas do metrô foram inundadas, e acabaram morrendo muitas pessoas que haviam se refugiado nas suas estações. Grandes pedras, com mais de 2,5 metros de diâmetro, rolaram encosta abaixo, ou cedros enormes, com diâmetro aproximado de uma braçada de adulto, foram arrancados pela raiz e arrastados morro abaixo. Por ocasião desse temporal tão aterrador, o sr. Tetsuo Fukada trabalhava no teleférico do monte Rokko. Nessa manhã em questão, ele estava trabalhando na estação que fica na parte central da encosta da montanha. Com a força da água, a grande rocha em que ele estava, começou a deslizar. Se continuasse ali, ele iria cair do penhasco junto com a rocha, e esta já havia se distanciado cerca de 3 metros de terra firme da montanha. Quando pensou que, continuando ali, não saberia o destino que o esperava, o sr. Fukuda deu um salto, com toda a sua força, e pulou para a terra firme da montanha. Segundo ele, era uma distância que, mesmo para quem pratica salto em extensão, seria muito difícil vencer em condições normais. Normalmente, ele não conseguia pular essa distância e acabou se salvando. Este é um caso verídico, relatado pelo próprio sr. Tetsu Fukuda num Grande Seminário realizado em Nara.

Força misteriosa que se manifesta na hora da emergência

No sopé do monte Rokko, fica a residência do sr. Shigekazu Hoshioka. Acima da sua casa, havia um templo zen-budista, chamado Hoshaku-jo, que foi engolido pela água, e, sem ter para onde ir, o monge ficou hospedado no segundo andar da residência do sr. Hoshioka. Toda a família Hoshioka é adepta da Seicho-No-Ie. O Sr. Hoshioka pendurou na sala um quadro com os dizeres “Seicho-no-Ie Okami” (Deus que Se manifesta através da Seicho-No-Ie) e ficou lendo como fervor a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade. O monge budista acompanhou-o nessa leitura, de todo o coração. Mas a água, descendo o morro a toda a velocidade, ameaçava engolir a casa do sr. Hoshioka. Ele pensou: “Se não desviar esse curso d´água, minha casa será levada pela correnteza. Tenho de colocar algum obstáculo para desviar o curso da correnteza”.
Nisso, ele avistou uma pedra gigantesca, de uns 150 quilos. “Se eu colocar esta pedra no caminho, poderei desviar o curso d´água”, pensou ele, levantou a pedra e jogou-a onde queria barrar a passagem a água. A correnteza tomou outro rumo e deixou de engolir a casa do sr. Hoshioka.
Passado o temporal, ele pensou: “Naquela ocasião, pude levantar esta pedra. Será que conseguirei levantar de novo?”, e tentou, mas não conseguiu, por mais que tentasse.
Como vimos, na hora da emergência, os 75% da força que estavam escondidos manifestaram-se prontamente. É muito comum esse tipo de acontecimento. Acontece também de pessoas que não conseguiram mover as pernas por causa da nevralgia ou reumatismo levantarem-se repentinamente e começarem a correr, quando aparece um assaltante e as ameaça com um punhal. Podemos entender, também por isso, que o ser humano na verdade possui muito mais força do que tem consciência.

Levanta-se o apoplético sr. Inoue, por causa da inundação

Outro caso aconteceu nesse mesmo temporal que assolou a região Oeste. Existe um lugar chamado Uozaki, situado entre Osaka e Kobe, hoje integrado à cidade de Kobe. Residia nessa localidade o sr. Kikuma Inoue, na época diretor da Komyo Shiso Fukyu Kyokai e também do Banco Fudo Chochiku. Ele se tornara apoplético e vivia acamado, sem poder mover os membros inferiores. Houve aquela inundação, e todas as mulheres da região foram convocadas pela Associação dos Moradores do Bairro para trabalhar na assistência aos desabrigados da inundação. A esposa do sr. Inoue também foi, e ele ficou sozinho em casa, deitado. Nisso, a água começou a subir mais e mais, invadiu o quintal da casa dos Inoue e ameaçava inundar o andar inferior. O sr. Inoue, que estava acamado, morreria afogado se continuasse imobilizado. Pensando nisso, ele se levantou, colocou tudo que tinha de importante num baú e carregou esse pesado baú até o andar superior. Graças a isso, os objetos importantes não se molharam, e as pernas do sr. Kikuma Inoue ficaram completamente curadas. Porém a boca ainda não estava curada, e ele não conseguia falar direito. É que nessa ocasião não foi preciso usar a boca, por isso o sr. Inoue só ficou curado das pernas, que teve necessidade premente de usar.
Assim, possuímos em nosso interior uma força misteriosa, impensável numa vida normal (Vide Mumonkan Kaishaku, autoria de Masaharu Taniguchi, item 20: “Possuidor da Força Infinita”). É necessário apenas que manifestemos essa força infinita. Manifestando-a, veremos que temos uma força muito mais maravilhosa do que pensamos possuir.

Para manifestar a força infinita imanente

Sendo assim, como conseguiremos manifestar essa força infinita? Aconselho, como método mais simples, repetir as seguintes palavras: “Ó Deus, que estais no âmago de minha alma e que sois a força infinita, manifestai-Vos!”. Ensinando esta mentalização aos estudantes do ginásio ou do colégio, eles conseguirão, através dela, retomar a calma na hora do exame e, se for matéria escolar que aprenderam pelo menos uma vez, conseguirão se lembrar dela de imediato e responder à questão.

Que é lapso de memória?

Nossa memória funciona de tal forma que, memorizando totalmente determinado assunto, é impossível que ele desapareça completamente da nossa mente. Jamais acontece de o esquecermos por completo. Apenas temos alguns lapsos de memória. Que é lapso de memória? O conhecimento está guardado em algum lugar do armário da mente, mas não conseguimos localizar no momento a “gaveta” onde se encontra, por estarmos apressados ou agitados. Na hora do exame, o aluno sabe a resposta, mas, quando a mente fica nervosa, não consegue se lembrar em que “gaveta mental” deixou guardado esse assunto – isso é ter lapso de memória. Portanto, basta serenarmos a mente para nos lembrarmos dele.
Se, nessa hora, mentalizamos “Ó Deus, que estais no âmago da minha alma, e que sois a força infinita, manifestai-Vos”,2 lembrando que no fundo da nossa alma existe Deus, possuidor de força infinita, e despertarmos a consciência “Deus e eu somos um só, portanto, sou capaz de resolver esta questão”, desobstruímos o canal por onde flui a memória e conseguimos responder à pergunta com facilidade.

Temendo o micróbio, enfraquece-se a força curativa natural, e a pessoa torna-se doente

Residia em Kobe uma adepta antiga da Seicho-No-Ie, a sra. Nobuko Yamashita. Seu marido é o sr. Chojiro, e o filho deles chama-se Yonosuke. Certa vez, o sr. Chojiro foi a uma exposição, realizada no parque Minatogawa, sobre higiene e saúde. Lá, estavam expostas várias repugnantes reproduções de órgãos doentes, como útero com câncer ou feto com má-formação congênita etc. O sr. Yamashita, com o conceito de doença implantado na mente depois de ver isso, chegou até a uma vitrine. Nela havia uma reprodução de mosca ampliada 600 vezes. Ao lado, havia outra reprodução, esta em tamanho natural, de uma tigela com arroz e várias moscas pousadas nele. Elas significavam que, se víssemos as moscas que poucasm no arroz em tamanho ampliado, veríamos que elas estão assim, cheias de micróbios. As patas da mosca ampliada estavam cheias de bichinhos semelhantes a pulgões que infestam o crisântemo, enfatizando a existência de micróbios na mosca.
Após ver essas maquetes, o sr. Chojiro Yamashita começou a pensar, toda vez que se servia de arroz, que este podia ter sido infectado por moscas com as patas cheias de micróbios como pulgões de crisântemo. Atemorizado, ele passou a comer só alimentos preparados pela esposa. Por mais luxuoso que fosse o restaurante, ele pensava que o prato poderia ter sido infectado pelas moscas na cozinha, longe dos seus olhos.
Estando a mente com temor, diminui a quantidade de secreção do suco gástrico. Com isso, o alimento não é bem digerido no estômago, deteriora-se, e acaba ocorrendo fermentação anormal, aumentando a acidez de suco gástrico. Acresce-se aí a má circulação sanguínea dentro do estômago, e a parede estomacal é atacada pela acidez, resultando em úlcera. Assim, o sr. Yamashita foi internado no Hospital Kobe, da Província de Hyogo, para tratamento de úlcera. Ficou mais ou menos curado após cerca de dois meses de internação, mas, mesmo após voltar para casa, estava com fobia de alimentação, passando a sobreviver apenas tomando mel, produtos dietéticos e tônicos vendidos em farmácias. Ele veio à Seicho-No-Ie, acabou com o temor em relação à comida, passou a se alimentar normalmente e tornou-se bastante saudável. Graças a esse fato, o casal tornou-se fervoroso adepto da Seicho-No-Ie.

Qual a meditação para se acalmar na hora do exame?

Yonosuke, que cursava a terceira série ginasial, começou, seguindo o exemplo dos pais, a praticar a Meditação Shinsokan, realizada na Seicho-No-Ie, para se conscientizar de que “Deus e eu somos um”. Certa vez, num exame na escola, havia a pergunta: “Qual o montante de produção da polpa de madeira na ilha Sakalina?”. Yonosuke teve lapso de memória e não conseguia lembrar quantas dezenas de toneladas eram. Então, praticou a Meditação Shinsokan e mentalizou repetidas vezes “Ó Deus, que estais no âmago da minha alma, e que sois a força infinita, manifestai-Vos”, e a resposta ocorreu-lhe repentinamente. Assim, foi muito bem nesse exame.
Em outra ocasião, num exame de Língua Japonesa, uma das questões pedia para que escrevesse “as sete ervas do outono”. Ele consegui se lembrar de cinco delas, mas não conseguia se lembrar das outras duas. Praticou novamente a meditação e mentalizou “Ó Deus, que estais no âmago da minha alma, e que sois a força infinita, manifestai-Vos”, e lembrou-se do nome Fujibakama. Escreveu e pensou: “Qual a última?”. Consultando o relógio de pulso, constatou que faltavam apenas três minutos. Mentalizou concentradamente “Ó Deus, do fundo da minha alma, força infinita, manifestai”, e lembrou-se do nome Waremokou. Todos os demais alunos já haviam entregue o exame e só restava Yonosuke na sala. Ele escreveu Waremokou, rapidamente, e o professor, que estava ao seu lado para recolher a folha de exame, disse: “Finalmente, conseguiu, hein?”.
Se seu filho ou sua filha, a exemplo do jovem Yonosuke Yamashita, repetir mentalmente por várias vezes “Ó Deus, do fundo da minha alma, força infinita, manifestai”, para despertar a consciência “Sou um com Deus e sou capaz de responder às perguntas”, e se conscientizar de que “No fundo da minha alma existe Deus e também a Sua capacidade, logo, não preciso temer. Sou capaz de responder a qualquer pergunta”, serenará a mente agitada e nervosa. Não existe, em princípio, nada que não possamos lembrar quando serenamos a mente. Como tudo que memorizamos está guardado no “armário da mente”, estando com a mente serena, conseguimos saber em que gaveta do “armário” se encontra a resposta àquela pergunta, buscamos imediatamente, a localizamos e escrevemos na folha de prova. Mas não devemos considerar essas palavras de meditação apenas como palavras mágicas. Devemos ler constantemente livros como A Verdade da Vida ou A Verdade, nos conscientizar de quem é Deus, qual a relação entre Deus e o homem. Procedendo assim, ao mentalizar essas palavras, a Verdade contidas neles será vivificada.

Oração Para Despertar A Força Vital Interna

Quando eu oro, quando pratico o Shinsokan, quando mentalizo as palavras da Verdade, quando leio os livros da Verdade ou a Sutra Sagrada, estou me comunicando com a fonte da força criadora que preenche o Universo, e estou movimentando essa força criadora para realizar boas coisas. A oração, a mentalização ou a leitura são formas de utilizar o poder da palavra.
No primeiro capítulo do Evangelho de São João está escrito: “No princípio era o Verbo (palavra), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (...) Todas as coisas foram feitas por intermédio dele...”. Isto significa que a palavra possui força criadora. Se eu utilizar a força da palavra no sentido positivo e construtivo, será despertada a força universal que se aloja dentro de mim; consequentemente, tornar-me-ei ainda mais saudável e feliz, melhorará o meu destino, e os meus empreendimentos prosperarão.
A “força universal que se aloja no meu interior” é a força do “Deus do meu interior”, é a mesma força que dirige a Galáxia, é a mesma força que faz girar os planetas em torno do Sol, é a mesma força misteriosa que faz florir a rosa na roseira e o jasmim no jasmineiro e que faz frutificar a maçã na macieira e a pera na pereira.
No meu interior se aloja esta força tão poderosa e misteriosa. Porém, se eu não a utilizar para fins benéficos, ela ficará presa dentro de mim e acabará desgastando o meu vigor físico, sem realizar nenhuma obra construtiva, tal como acontece com um automóvel estacionado com o motor ligado, o qual consome energia produzindo somente ruídos desagradáveis, sem prestar serviço algum.
Por isso, procuro sempre utilizar essa força de Deus que se aloja no meu interior, de modo construtivo e no sentido positivo. E para utilizar essa “força interna” de maneira construtiva, não devo expressar palavras negativas ou pessimistas, nem devo ter pensamentos descontentes, insatifeitos ou negativos. Os livros da Verdade e as Sutras Sagradas contêm boas palavras, e, através da sua leitura, invoco a “força de Deus alojada no meu interior” e a utilizo para boas finalidades.
Tudo aquilo que mentalizo ou expresso em palavras constitui uma “oração” que movimenta a “força interna” na direção desejada e determina a forma daquilo que será criado. Eu, que agora conheci esta Verdade, doravante não pronunciarei palavras de pessimismo, de maldição, de tristeza ou de queixa; mentalizarei e direi somente palavras que exprimam alegria, gratidão e esperança. Agradeço a Deus, que me fez conhecer esta Verdade!

(A Verdade em Orações, pg. 37-38)

sábado, 27 de agosto de 2011

Agenda (Cheia, Graças A Deus!)

Bom, amigos deste blog, vamos passar a agenda, que, felizmente, está cheia, com as minhas próximas palestras na Seicho-No-Ie:

27.08.11 - também conhecido como hoje, estarei nos Jovens para dar a palestra sobre o capítulo 4 de "Saúde E Prosperidade", "Evoque A Força Infinita Interior", às 19 horas, na Regional;

04.09.11 - Domingo da Seicho-No-Ie em Itaipu, (Niterói, Região Oceânica, não a hidrelétrica) palestras: "Como Orientar Uma Criança Que Comete Erros" e "Como Proceder Diante dos Problemas Difíceis", 9 horas;

11.09.11 - Domingo da Seicho-No-Ie na Regional: Explicação e Prática da Cerimônia de Purificação da Mente, 9 horas;

12.09.11 - Fraternidade Icaraí - Estudo da Revista Sagrada, às 19:30.

Aguardo todos vocês lá, se não fisicamente pelo menos em pensamento! Muito obrigado!

domingo, 21 de agosto de 2011

Da Quadragésima Palestra

Sim, bem sei que estou devendo muito neste mês de agosto em termos de posts, mas vamos lá, como diria o italiano, piano a piano se va a lontano...
Ontem dei minha primeira palestra no Departamento Feminino dos Jovens, cap. 17 de Namoro, Casamento e Maternidade. Acho que dei bem conta do recado. Muitas moçoilas na palestra, treze, o que alegraria muito o Zagallo. A palestra? Ei-la:

PALESTRA – 20.08.11 – DEP. FEMININO – NAMORO, CASAMENTO E MATERNIDADE –

CAP. 17 – A LEI BÁSICA DA HARMONIA FAMILIAR – PG. 237/249

1 – Quem se casou para satisfazer interesses financeiros ou físicos deve se arrepender

Para que haja harmonia no lar é preciso que marido e mulher respeitem, cada qual, a personalidade do cônjuge. Não basta apenas se amarem. Se o motivo que os levou a essa união for algo impuro, é preciso que se arrependam sinceramente e recomecem a vida conjugal norteados pelo real significado do casamento.
Se você é mulher e se casou simplesmente para obter estabilidade financeira, agiu por um motivo impuro. O ato de entregar o próprio corpo a um homem por razões de ordem financeira nada mais é que uma forma de vender o corpo, mesmo que o parceiro seja um só. Esse ato difere do de uma prostituta apenas quanto ao número de parceiros. Não importa que o número de compradores seja um ou muitos, não há diferença alguma no ato de estar vendendo o corpo. Portanto, quem casou por razões de ordem financeira iniciou a vida conjugal de modo totalmente errôneo.
Se você é homem, pondere sobre o motivo que o levou a se casar. Se resolveu casar pensando “Preciso dar um jeito de satisfazer a minha necessidade sexual; se mantiver relações com prostitutas, correrei o risco de contrair doenças venéreas; além disso, nem tenho dinheiro para procurá-las com frequência. Uma esposa, além de me satisfazer de graça essa necessidade física, me servirá de criada sem nada cobrar; não há uma escrava tão útil e barata”, o motivo de seu casamento foi impuro e, certamente, não conseguirá a verdadeira felicidade conjugal. É preciso compreender em que consiste o espírito conjugal realmente correto e, a partir desse momento, recomeçar o casamento com uma nova e correta mentalidade.
Tanto a mulher que se casou visando à estabilidade financeira, como o homem que decidiu se casar para satisfazer suas necessidades, devem se arrepender sinceramente. Ela, por “ter-se vendido”, e ele, por ter pensado que esposa é um ser humano extremamente econômico que pode lhe prestar de graça diversos serviços. A verdadeira vida conjugal só começará quando cada cônjuge se arrepender profundamente e pedir perdão ao outro, mentalmente, do fundo do coração, reconhecendo o próprio erro.

2 – Passar a ter uma correta ideia sobre o casamento

Então, com que postura mental se deve recomeçar a vida conjugal? Tendo uma ideia correta a respeito de casamento. Ou seja, compreendendo que casamento não se deve basear apenas na cooperação mútua para solucionar questões de ordem financeira ou de satisfação das necessidades físicas. Ter uma correta ideia de casamento é despertar para a Verdade de que as metades de uma só alma, que estavam temporariamente separadas, se aproximaram e se uniram, voltando a se completar. Não importa quais tenham sido o processo e os trâmites legais do casamento. O importante é os cônjuges se arrependerem dos erros cometidos. Qualquer que tenha sido a razão superficial que os levou a se unirem, o fato é que se aproximaram porque eram originalmente uma só alma. Assim, devem se conscientizar da Imagem Verdadeira de que as metades de uma só alma se aproximaram mutuamente, se uniram e se completaram. Quando houver essa compreensão, as motivações econômicas e os interesses egoísticos deixarão de existir, e os cônjuges sentirão a alegria da descoberta recíproca de serem originalmente uma só alma, ou seja, a descoberta da união intrínseca. Esta é a verdadeira alegria do casamento. Os aspectos exteriores da união conjugal, tais como a colaboração mútua de natureza física e financeira, nada mais são que projeções da alegria pela redescoberta recíproca da outra metade (Vide Onna no Kyoyo, [Educação da Mulher] de minha autoria).
Aparentemente, tanto o casal que tem a ideia correta do casamento como o que tem a ideia errônea mantém a união física e a colaboração no tocante aos problemas financeiros. Mas, na verdade, existe uma diferença radical. Enquanto o primeiro casal dá prioridade à união espiritual e, como projeção disso, consegue manter a vida conjugal em ordem, tanto no que se refere à união física como nas questões financeiras, o segundo dá prioridade à satisfação material, negligenciando a união espiritual. Essa diferença seria comparável a colocar os cavalos diante da carruagem e a colocar a carruagem diante dos cavalos. No segundo caso, a carruagem não andará nem um palmo e, certamente, os cavalos começarão a se agitar, destruindo-a.

3 – O amor verdadeiramente puro

Mesmo se tratanto de amor platônico, não pode ser considerado puro nem belo quando dedicado a alguém do sexo oposto sem ter como objetivo o casamento. Não havendo o desejo nem o objetivo de manter uma vida conjugal com alguém, a pessoa deseja apenas desfrutar a juventude em convivência com moças e rapazes, e isso, na verdade, é satisfação velada do desejo sexual. A respeito desta verdade, Jesus Cristo declarou: “Todo o que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já comete adultério com ela no seu coração”. Assim Jesus se referiu ao fato de que é errado pensar que não comete adultério só porque não toca na parte mais preciosa do corpo de uma mulher – o seu órgão genital –, apesar de ter tocado em todas as outras partes. Os olhos, a pele, especialmente os lábios são considerados zonas erógenas pelos psicanalistas. Por isso, um deslize de ordem sexual se manifesta em forma de doença na pele e nas mucosas; o acanhamento originado por um desejo sexual transparece imediatamente na pele do rosto; o amadurecimento dos órgãos genitais é simbolizado pelo batom. Assim, está evidente o fato de que a pele e os lábios substituem os órgãos sexuais quando a mente contém determinado sentimento. Há um ditado ioga que diz: “A cobra mata uma pessoa numa só mordida, e a mulher, num só olhar”. Quando uma pessoa encontra o brilho do olhar de quem está apaixonado recebe um choque incomum, e isso demonstra que os olhos são órgãos erógenos, sendo natural que Jesus tivesse dito algo que tem o seguinte sentido: “Quem olhar alguém do sexo oposto com desejo carnal já cometeu adultério”. Mesmo que sinta prazer apenas mantendo troca de olhares, ou então num aperto de mão, num beijo nas bochechas, será igual a um adultério se sentir prazer de natureza erógena. Nesse sentido, uma vez que seja paixão, praticamente não existe um amor que transcenda o corpo carnal, assim como é o denominado amor platônico. Talvez, excepcionalmente, só o amor que São Francisco sentiu em relação à Santa Clara pertenceu a essa categoria. Diz-se que, ao falar com Santa Clara, São Francisco ficava cabisbaixo e não olhava o rosto dela para não se sentir seduzido pela sua beleza.
Como citei até aqui, praticamente inexiste algo chamado amor platônico no seu verdadeiro sentido, pois percebe-se que, na realidade, o indivíduo está se satisfazendo sexualmente, compensando-se com algo além do órgão sexual. Sendo assim, torna-se evidente que a autenticidade e a pureza de um sentimento de amor não são definidas apenas com a questão de manter ou não relacionamento carnal, mas sim pelo objetivo que tem esse amor.

4 – Um amor verdadeiro é aquele que visa a complementar a personalidade através do casamento

Se o propósito de um namoro for conseguir o objeto de prazer ou a satisfação dos próprios interesses, será considerado impuro e não autêntico. Se alguém tenta possuir outrem para satisfazer seus próprios interesses, está considerando a outra pessoa uma mercadoria, praticando assim uma venda humana. E, tentar possuir alguém para obter prazer físico, também estará desejando usufruir essa pessoa como um passatempo, usando como instrumento de prazer algo que não deve ser usado como tal, sendo, naturalmente, um pecado.
Então, como deve ser um namoro imaculado e puro? Será considerado autêntico e puro aquele namoro de um homem e uma mulher que decidem se tornar marido e mulher com o objetivo de completarem eternamente a personalidade, unindo-se espiritual e fisicamente para sempre, a fim de completarem reciprocamente as partes falhas de ambos. Consequentemente, um amor platônico que não consuma a união é, ao contrário, não autêntico e impuro, sendo mais puro o namoro que tem como objetivo a personalidade na vida familiar, casando-se e construindo um lar.
5 – O casal é originalmente “uma só alma”

Por que razão existem o homem e a mulher, e cada qual sente a necessidade de escolher uma parceira ou um parceiro para se unirem? A razão disso está no fato de Deus ter dividido em duas partes uma personalidade (uma alma), Sua suprema automanifestação, e ter depositado uma das partes num corpo masculino e outra num corpo feminino, isto é, em corpos que se completam virtuosamente, suprindo cada um o que falta no outro. O homem e a mulher são na origem uma só personalidade e, por isso, cada qual tem o desejo íntimo de voltar a ser o que era. A esse sentimento originário de unicidade dá-se o nome de amor. Devido a isso, no primeiro encontro, ou quando há o contato entre ambas as partes, ocorre o sentimento de amor, ou melhor, o desejo de voltar a ser o que era antes, e o casal se une também fisicamente, como projeção dessa integralização. Nessa circunstância, o mais importante é “a integralização da personalidade”, sendo a união física uma simbolização desse processo. Desse modo ocorre a união da alma que é simbolizada pela união do corpo. Este é o verdadeiro significado do enlace matrimonial, e a primeira e última tarefa crucial de um casal que se uniu levado por algum motivo impuro é ler o que está escrito aqui, arrepender-se e despertar para a Imagem Verdadeira da Vida de casal. Este despertar consiste em adquirir a compreensão de que “foram unidos por laços matrimoniais porque as metades de uma só alma voltaram a ser o que foram originalmente, atraídas naturalmente uma pela outra”.
6 – Os cônjuges se unem pelo princípio da complementação mútua

A razão por que uma alma se divide em duas, aloja-se em corpos diferentes e retorna à unidade anterior através do casamento, está no seguinte fato. Se, por hipótese, a multiplicação dos humanos ocorresse através de reprodução assexuada, isto é, através do corpo de um único genitor, os descendentes reproduziriam continuamente as mesmas características genéticas e não seria possível dar continuidade ao processo eugênico em cada geração. Entretanto, alojando as metades de uma alma em dois corpos diferentes e promovendo fusão das características de cada corpo, cada qual suprindo as falhas do outro, na geração posterior surgem descendentes eugenicamente superiores. Desse modo, também eugenicamente foi projetado por Deus para se tornar um ser completo, complementando-se um ao outro. Quanto à natureza espiritual, ao dividir uma alma em duas partes, Deus o fez de modo a prover em maior quantidade a mulher com elementos de amor e o homem com elementos de sabedoria. Assim, permitiu que pudessem sentir reciprocamente a alegria da complementação e, ao mesmo tempo, deu-lhes a função de serem um o espelho do outro, a fim de se auto-analisar vendo no outro a projeção do seu estado mental e, assim, completar-se como pessoa. Por exemplo, se o marido estiver descontente, a mulher ficará “emburrada”; se a mulher não sentir gratidão suficiente pelo amor que o marido lhe dedica, ele praticará adultério, procurando fora do lar alguém que o ame mais; se a mulher achar que o marido está muito irritado, descobrirá que, na realidade, era ela que estava muito irritada; se a esposa estiver muito ciumenta, poderá ser porque na mente do marido esteja ocorrendo certa atração pela beleza de alguma outra mulher; se a esposa começar a duvidar do marido pensando “Ele está voltando muito tarde para casa, talvez esteja tendo um caso com alguma outra mulher”, ele acabará se apaixonando realmente por outra. Desse modo, o casal foi criado de uma forma que cada cônjuge projete no outro o estado de sua mente para ambos poderem refletir. Para que cada qual possa cumprir a função de espelho do outro, foi preciso dividir, forçosamente, uma alma em duas partes e fazer com que vivam juntas, para que cada parte veja refletido na outra o seu estado mental. Por isso, Deus dividiu uma alma em duas partes, transformou-as em marido e mulher e fez com que vivessem juntos.
7 – A doença do filho reflete a mente dos pais

Se não tivermos um espelho, caso o nosso rosto fique sujo de tinta ou um grão de arroz grude no bigode, acharemos que está limpo, bonito, e nos apresentaremos diante de uma plateia, sendo alvo de risos. Graças à existência de um espelho é que limpamos a tinta do rosto, retiramos o arroz do bigode e nos apresentamos perante uma plateia sem passar por vexame algum. Então de que modo conseguiremos limpar a sujeira da mente e nos apresentarmos diante de Deus como filhos de Deus? Para limparmos a sujeira da mente, necessitamos de um espelho que manifeste em forma visível a nossa mente invisível. E esse espelho é o marido ou a esposa.
Há ocasiões em que o filho se transforma em espelho da mente dos pais. Quando há desarmonia mental entre os cônjuges, o filho pode vir a sofrer de alguma afecção no aparelho respiratório, vindo a contrair infiltração de fluidos nos pulmões, pneumonia ou bronquite. Quando a esposa fica guardando dentro de si algum sentimento de tristeza, o filho pode vir a ter enurese noturna, infecção nos intestinos, disenteria ou hérnia. Afirmamos que nesses casos o filho está sendo um espelho da mente dos pais, porque são muitos os casos de cura espontânea de doença dos filhos quando orientamos os cônjuges a cada qual reconhecer os seus erros e perdoarem-se mutuamente, passando a manter sentimentos límpidos, agradecendo e reverenciando-se mutuamente. Se o casal ama o filho, deve viver em harmonia sem guardar na mente nenhuma queixa ou insatisfação.

8 – Purifique o lar com a força de boas palavras

Como foi dito anteriormente, para conseguir harmonia conjugal, é preciso sentir reciprocamente que o outro é a sua respectiva metade, que ambos são um só ser e, ao mesmo tempo, considerar que o(a) companheiro(a) é um espelho no qual está refletida a sua própria imagem. Se enxergar algum defeito no outro cônjuge, deve ponderar e corrigir-se, pois ele está projetando as mazelas que existem dentro de sua mente. A seguir é preciso que troquem boas e carinhosas palavras.
Os cônjuges se uniram porque se amavam e não há fundamentalmente motivo algum para irromper brigas conjugais, mas, devido ao amor muito íntimo que os ligam, perdem o respeito mútuo e trocam palavras ásperas, violentas e injuriosas, tais como “Olhe a besteira que você fez!”, “Idiota!”, “Canalha!” etc. Pode ser que não cheguem a tanto, porém, ao comentar um pequeno erro que o outro cometeu, falam de um modo histérico ou em tom exaltado, e isso ocasiona um efeito inesperado, vindo a trocar insultos, provocar atritos emocionais que, refletindo-se no corpo, acabam resultando em úlcera estomacal, câncer gástrico e até câncer uterino. Se vocês analisarem o motivo que os levou a uma briga conjugal, perceberão que foi um atrito emocional provocado pelo tom áspero que usaram, sem querer, por algo insignificante. Por isso, a condição primordial para harmonizar o lar é o uso de boas e carinhosas palavras.
É costume no prmeiro dia do ano, trocarmos cumprimentos sorridentes dizendo “Feliz Ano-Novo!”. Se, com este sentimento, iniciarem cada dia cumprimentando-se reciprocamente com boas palavras, pensando “Cada dia é um novo ano, é uma nova vida”, não há dúvida de que seu lar será harmonioso.
Além disso, é necessário que mantenham fisionomia harmoniosa e digam palavras de louvor. Para ter harmonia no lar é estritamente importante que, a partir deste ano, realizem semanalmente uma reunião familiar com o fim de tecerem elogios e agradecimentos mútuos, procurando algo de bom que o outro fez durante a semana. A fisionomia de gratidão e as palavras de louvor dão a todas as pessoas ânimo para praticar boas ações. O inverso da fisionomia de gratidão é a “cara emburrada” que, juntamente com o insulto, tornam-se causas da desarmonia familiar. Por isso, ao iniciar um novo ano, devem fazer a promessa de “Agradecer a tudo e jamais ter sentimento de queixa”, assim esquecendo-se totalmente de fazer “cara emburrada”. Este é um procedimento imprescindível para que tenham durante este ano harmonia no lar, onde todos vivam com saúde.

Oração Para Concretizar Um Casamento Feliz

Deus criou o ser humano à Sua imagem, criou homem e mulher. O homem e a mulher destinados a serem marido e mulher são, originariamente, as duas metades da alma de “um único ser”. Assim sendo, suas vibrações espirituais são idênticas. Da mesma forma que as ondas eletromagnéticas de comprimentos iguais sintonizam-se e fazem aparecer no vídeo as imagens transmitidas pela emissora, o homem e a mulher de “vibrações espirituais” idênticas aproximam-se e procuram fundir-se num só ser. Ao processo no qual “as duas metades da alma”, que tendo se aproximado mutuamente, fundem-se numa unidade dá-se o nome de “vida matrimonial”. O desejo passional daqueles que buscam os prazeres temporários de contatos meramente físicos sem terem como meta final a vida matrimonial, não é o amor verdadeiro, ainda que as pessoas envolvidas pensem estar amando. Na verdade, não passa de desejo sexual. O amor entre duas pessoas do sexo oposto é o sentimento que tem como finalidade atrair as “duas metades de uma alma” para que elas se unam em matrimônio e construam o “lar”, que será o lugar de mútuo polimento espiritual. Portanto, o amor verdadeiro é aquele em que o homem e a mulher, mesmo após terem se unido fisicamente, continuam fortalecendo cada vez mais o vínculo espiritual que os une, e se tornam inseparáveis por toda a vida. Isto não acontece com as ligações que, embora aparentem ser “amor”, têm como “conteúdo” apenas o desejo sexual. Nestas ligações, geralmente acontece o seguinte: uma vez consumada a união física e, portanto, atingido o objetivo de satisfazer o desejo sexual, o rapaz começa a perder o interesse pela moça. Mas da parte da moça, isso não ocorre. Devido à sua missão de “conceber, gerar e criar” filhos, a mulher sente, instintivamente, a necessidade de manter junto de si o pai da criança que ela poderá vir a gerar, e isso faz com que ela passe a amar profundamente o homem a quem se entregou. Isso acontece mesmo nos casos em que a união física tenha sido o resultado de mera atração física. Como se pode perceber, há uma grande diferença entre a reação psicológica masculina e a reação psicológica feminina, nos casos de uniões físicas praticadas unicamente para satisfazer o desejo sexual. E dessa diferença resultam muitas tragédias. Por isso, os namorados não devem manter relações sexuais pré-matrimoniais visando apenas aos prazeres carnais. Eles devem ter como uma meta claramente definida o casamento, e consumar a união física somente depois que for realizada a cerimônia de casamento e sua condição de marido e mulher for reconhecida pela sociedade. O lar é a academia onde os cônjuges devem “polir” suas almas, um suprindo o que falta no outro. Uma vez realizado o casamento e constituído o lar, os cônjuges não devem, de modo algum, pensar em divorciar-se, mesmo que haja divergências de ideias ou ocorram choques de opiniões. Devem acreditar que, através dessas divergências e choques, suas almas estão recebendo “polimento”. Se os cônjuges tivessem pensamentos idênticos, não haveria atritos; e sem atritos, seria menor o grau de “polimento” da alma. Não se deve pensar que o casamento é uma questão que depende apenas da livre vontade e preferência do rapaz e da moça. Isto porque casamento é o fenômeno social em que as linhagens de duas famílias unem-se para formar uma nova família, e porque a família assim constituída deve entrosar-se na sociedade, como parte dela. A vida matrimonial plenamente reconhecida pela sociedade é estável e segura, ao passo que a vida matrimonial não reconhecida pela “mente coletiva” da sociedade está constituída sobre um alicerce frágil e inseguro. Isto porque toda existência tem estabilidade somente quando tiver o reconhecimento da “mente”.

(A Verdade Em Orações, vol. 1, pg. 136-138)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Uma Bela Oração!

Gente, esta bela oração li ontem no Convite À Prosperidade vol. 1 e queria passar para vocês. Ei-la!

"Este é um mundo criado por Deus, e, sendo eu filho de Deus e amado por Ele, não existem originariamente problemas que me façam sofrer porque Deus não os criou. O problema que está me fazendo sofrer agora não existe originariamente, sendo apenas sombra da ilusão criada pela minha mente em ilusão. Deus, entrego-lhe este problema que não existe originariamente. Um problema que não existe originariamente é como a treva que parece existir e, como não existe de fato, apaga-se ao ser exposto diante da Luz de Deus. Deus, entrego-lhe este problema. Deus, o senhor é Luz e por isso já apagou com Sua Luz esse problema que é uma treva. Muito obrigado" (Convite à Prosperidade, vol. 1, pg. 78)

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

4 - Meditação Shinsokan Para Contemplar A Aura Suave Como A Lua Cheia

"Erguei as mãos
e dai glória a Deus..."
Atire a primeiro livreto do Shinsokan quem nunca fez esta modalidade de Meditação! Falo isso porque esta variante está presente justamente no livreto que mencionei acima. E, curiosamente, tratarei dela numa bela noite de lua cheia... é, parafraseando Fernando Vanucci, uma Meditação "simplesinha, mas bonitinha", despretensiosa até. Mas tem um poder relaxante... aliás, acho que ela foi indicada justamente para isso. Vamos lá então? É na página 153 do livro aí do lado...
1 - O Que É? Meditação Shinsokan Para Contemplar A Aura Como A Lua Cheia
2 - Para Quê? Para melhorar a nossa atmosfera, tornando-a suave e cordial, transmitindo paz e alegria às pessoas.
3 - Dica: Se você vai fazer uma entrevista de emprego ou falar em público, é imprescindível!
4 - Palavras de Mentalização: Após o Shinsokan básico (Canto Evocativo de Deus e mergulho nos seis oceanos de atributos de Deus e o kiai), repitamos:
"Ó Deus-Pai,
Criador de todo o Universo,
que dais existência a minha vida;
fazei fluir para o meu interior
o Vosso infinito amor
e fazei resplandecer em mim
a luz espiritual de amor.
Perdoai o pecado
de todas as pessoas
e amai a todas elas"
Após, repita essa quase Oração pela Paz Mundial:
"O infinito amor de Deus
flui para o meu interior
e em mim resplandece
a luz espiritual de amor
Uma aura suave como a lua cheia
envolve o meu ser.
Uma aura suave como a lua cheia
envolve o meu ser"
Prestemos atenção a nossa respiração, visualizemos nossa aura pura e serena como a lua cheia e mentalizemos:
"Minha aura é suave,
calorosa, pura e afável.
Transmito paz e alegria
a todas as pessoas.
Perdoo o pecado
de todas as pessoas
e amo a todas elas"
Repetir diversas vezes, prestando atenção na respiração. Após, a Oração Pela Paz Mundial e o Canto da Grande Harmonia. E c´est fini!

Blog, Aqui Me Tens De Regresso...

E aí, pessoal? Saudades? Ah, o que é isso, uma semaninha sem nenhuma atualização, isso realmente é pouco comum com este blogueiro que vos tecla. Mas faço aqui meu mea culpa, mea maxima culpa e pretendo agora resgatar, mesmo que um pouco, o tempo perdido. Next post, please!

domingo, 7 de agosto de 2011

Agora É O Volume 20!

My blog´s people! (essa foi podre!!!). Nuntio vos gaudium magnum: terminei hoje a primeira leitura do volume 20 da Verdade da Vida. Para variar, recomendo a leitura, em especial dos poemas, muito belos, e do histórico da SNI a partir da página 150, que foi quando efetivamente nasceu a nossa querida, idolatrada salve-salve Seicho-No-Ie. Muito bom e recomendo, inclusive para nos atermos fielmente à questão da formação de líderes, de como nosso querido Masaharu Taniguchi iniciou, do nada, este maravilhoso Movimento!
E, por fim,  puxando a brasa para minha sardinha, na pg. 90 quanto ao nascimento de sua filha Emiko, no dia 10 de outubro, às 20:35. Existe data mais auspiciosa que esta, que, coincidentemente, vem a ser do meu aniversário também?

sábado, 6 de agosto de 2011

Explicações Necessárias Sobre O Shinsokan Nyoihoju-Kan

Povo do meu blog, boa noite! Ontem, ao explicar o que viria a ser o Shinsokan Nyoihoju-Kan, certamente deixei muitas lacunas e referências bibliográficas que talvez os amáveis leitores não tenham, e que podem tornar difícil a verdadeira extensão de tal modalidade de prática. Assim, como eu não gosto de ver ninguém me olhando com cara de dúvida, vou tentar resumir toda essa história de Shiohiru-no-tama, Shiomitsu-no-tama e quejandos...

1. É, literalmente, uma velha história, registrada no bom e velho Kojiki: certa vez, o Japão estava ameaçado de invasão por um dos três reinos da Coreia, chamado Shiragi. A Imperatriz Jingu, não tendo outra saída, vestiu-se de homem e foi para um dos navios combater os invasores.
No caminho, ela desembarcou na aldeia de Sumiyoshi, província de Hyogo, e orou para o nosso bom e velho Sussu para a vitória no embate. E não é que Sussu, em pessoa, apareceu para a nossa imperatriz Jingu e lhe entregou duas esferas, chamadas de shiomitsu-no-tama e shiohiru-no-tama, respectivamente, esfera de preamar e esfera de baixa-mar. O conjunto destas duas esferas é que é chamado nyoihoju, certo? Até aqui tudo entendido? Que bom que sim, pois vamos retomar este raciocínio mais adiante.
Todo este relato eu resumi do "Imagem Verdadeira e Fenômeno", pgs. 35-36.

2. Nas nossas "Explicações Detalhadas Sobre A Meditação Shinsokan", na pg. 152, encontra-se mais detalhado o significado destas duas esferas, a saber:
Shiohiru-no-tama: corresponde ao espírito do fogo, e tem a missão de secar;
Shiomitsu-no-tama: por seu turno, corresponde ao espírito da água, e tem a missão de preencher.
Entenderam? Folgo em saber, pois esta compreensão vai ser necessária para o deslinde da história...

3. Voltemos a nossa aflita Imperatriz Jingu. Ela derrotou o reino de Shiragi com estas duas esferas. Como? Quem se lembra da história de Moisés nos "Dez Mandamentos" fatalmente acabará se lembrando o porquê...
Jingu atirou no mar o shiohiru-no-tama, e toda a água do mar secou. Muito bem, o que houve então? Os navios dos invasores simplesmente tombaram. E o que fez Jingu depois? Sim, sim, atirou o shiomitsu-no-tama e a água voltou, afundando assim todos os navios tombados. Desnecessário dizer que o Japão venceu.
Acharam absurda esta história? Do mesmo jeito os japoneses devem rir de nós quando lhes contamos como Moisés cruzou o Mar Vermelho... mas o princípio é exatamente o mesmo.

4. Falando em princípio, como é que o Mestre então teve a ideia de fazer um Shinsokan (e fora as orações do "Verdade em Orações" vol. 2). Porque para o Mestre, esta história (ou fábula, como queiram classificá-la) encerra uma preciosa lição espiritual relacionada com... a oração!

5. Explico: segundo o Mestre, ainda em "Imagem Verdadeira e Fenômeno", toda oração, em especial a Meditação Shinsokan, é um jogar do nyoihoju no fundo do oceano. Não entenderam? No problem, eu explico novamente.
Imaginemos o seguinte então, para maior e melhor compreensão. Vivemos agora no mundo fenomênico, certo? Certo. Fiquem todos agora em posição de oração e façam o Canto Evocativo de Deus e depois repitam a primeira (a primeiríssima!) frase após o Canto. Vou transcrever aqui, para vocês:

"Neste momento, deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo da Imagem Verdadeira"

Pois bem, esta frase está negando o fenômeno, e equivale ao lançamento de shiohiru-no-tama, ou seja, estamos eliminando o fenômeno.
Aí vocês continuam: "É oceano de infintitas Sabedoria, Amor, Vida... etc", né? Neste momento vocês estão lançando, simbolicamente, o shiomitsu-no-tama e preenchendo o seu mundo com as mais ricas dádivas de Deus.
Em suma, toda oração é um nyoihoju porque envolve dois pensamentos básicos: negação, em primeiro lugar; seguida da afirmação.
Mestre, é isso ou não? Explica melhor para eles!

"Nyoihoju seria 'negar' ou 'afirmar' em pensamento

Essa é uma história simbólica. Na verdade, shiohiru-no-tama seria rejeitar em pensamento aquilo que não desejamos. E shiomitsu-no-tama seria afirmar mentalmente, para realizar aquilo que desejamos. Tama (esfera) corresponde a tamashii (alma) e simboliza aquilo que a alma anseia. É neste ponto que deus Sumiyoshi ensina como mentalizar quando nos defrontamos com dificuldades.
Quando uma situação crítica parece nos assaltar, mentalizamos fortemente, do fundo da alma, o seguinte: 'Esta dificuldade parece existir, mas, na realidade, não existe'. Rejeitamos mentalmente, e esse pensamento seria shiohiru-no-tama. 'O reino de Shiragi aparenta ser um adversário superior ao Japão, mas este é um país de Deus, que jamais será derrotado pelo inimigo. Não existe o país chamado Shiragi que desafia o Japão'. Esse pensamento profundo de rejeição também simboliza shiohiru-no-tama. Por outro lado, mentalizar do fundo da alma 'O Japão é um país divino, protegido por Deus, e por Ele declarado que os descendentes diretos da deusa Amaterasu reinarão pela eternidade este país e, por isso, é um reino indestrutível e imortal' e afirmar essa Verdade com intensidade corresponde a shiomitsu-no-tama.
Se vocês agirem desta maneira sempre que encontrarem dificuldade pela frente - rejeitando mentalmente o obstáculo, e, a seguir, afirmando que seu desejo já está realizado - ou seja. utilizando os dois modos de pensar, shiohiru e shiomitsu, que constituem nyoihoju (o pensamento de negação e de afirmação), conseguirão, com certeza absoluta, a concretização do desejo, atingindo o objetivo almejado.
É isto que deus Sumiyoshi ensinou à imperatriz Jingu"

(Imagem Verdadeira e Fenômeno, pg. 36-37)

Entenderam? Em resumo, o nioihoju encerra, em sua compreensão, o princípio de toda e qualquer oração!

3 - Meditação Shinsokan Nyoihoju-Kan (Ryugu-Kan)


Nyoihoju Quê?

Shinsokeiros do meu blog! Continuando com nossa série especial "Shinsokan, aprenda fazendo", apresentar-lhes-ei este Shinsokan de nome quase impronunciável. Para maiores detalhes sobre o que vem a ser o tal do Nyoihoju, recomendo-lhes, além da leitura de nosso livrinho aí do lado, na página 144, o ótimo "Imagem Verdadeira e Fenômeno", também conhecido nos meios futebolísticos como "Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Nazário", weeeeeelllllllll... voltando ao texto, no opúsculo acima citado, às páginas 35 e 36, o Mestre explica o que vem a ser o tal do nyoihoju, ou seja, "o pensamento de negação e afirmação", baseado numa antiga fábula nipônica que... ora, não vou perder meu tempo em explicar isso, limito-me a dizer apenas este fato e quem estiver curioso, abra o livro na página indicada e estude, porque, efetivamente, vale a pena...
1 - O que é? Meditação Ryugu-Kan ou Nyoihoju-kan.
2 - Para quê? Mergulhar no Palácio Ryugu. O que é o Palácio Ryugu? Cáspita, leiam o "Ronaldinho Gaúcho e ...", bom, "Imagem Verdadeira e Fenômeno", pg. 41 a 43, que vocês saberão. Em outras palavras, é como se mergulhássemos no fantástico, impressionante, inacreditável, o tudo-de-bom Mundo da Imagem Verdadeira. Ora, direis, mas todo Shinsokan não entramos no Mundo da Imagem Verdadeira? Sim, mas desta vez é de um modo, digamos, diferente...
3 - Dica:  Leiam, para maiores informações sobre Ryugu, Nyoihoju e quejandos, a já citada "Imagem Verdadeira e Fenômeno", nas páginas descritas, além da parte introdutória da "Verdade em Orações" Vol. 2 e do capítulo 11 (também conhecido como penúltimo) da obra "Viver Junto Com Deus". Como visto, só papa-fina!
4 - Palavras da Meditação: Deixando os entretantos e partindo para os finalmentes, passemos às palavras da meditação, que, por sinal, é um tanto quanto comprida. Mas vale a pena, observem a sequência:

Canto Evocativo de Deus
Kiai
"Neste momento, deixo o mundo dos cinco sentidos e entro no mundo da Imagem Verdadeira"
"Observo este mundo até onde o meu olhar alcança e vejo que tudo é Deus. Eu reverencio o mundo todo. Obrigado a todas as coisas do mundo, obrigado"
"O mundo todo é Deus"
"É oceano de infinita Sabedoria de Deus, Amor de Deus... e segue até a Harmonia de Deus.
"Neste imenso oceano harmonioso da Imagem Verdadeira, ergue-se uma majestosa construção. Aqui é o palácio Ryugu, o santuário do deus Wadatsumi, o santuário do deus Shiotsuchi. Está repleto de infinitos tesouros. Tudo é feito de metais nobres e pedras preciosas. Tudo é majestoso!"
"Seus moradores são todos belos e saudáveis, de corpo e alma, e vivem com fisionomia alegre, dizendo palavras afetuosas e de elogio"
Após esta visualização, medite ainda:
"Meu pai, fulano, é belo e saudável, de corpo e alma, e vive com fisionomia alegre, usando palavras afetuosas e de elogio"
"Minha mãe, fulana, é bela e saudável, de corpo e alma, e vive com fisionomia alegre, usando palavras afetuosas e de elogio"
"Meu cônjuge, fulano(a) é belo(a) e saudável, de corpo e alma, e vive com fisionomia alegre, usando palavras afetuosas e de elogio"
Continue:
"Neste momento, eu estou agora, aqui, sentado no palácio Ryugu e recebo do deus Shiotsuchi o nyoihoju. Meu corpo é o próprio nyoihoju que ilumina resplandecentemente todos os recantos do mundo. O mundo está resplandecente, meu corpo está resplandecente. O mundo está resplandecente, meu corpo está resplandecente..."
Já viu que não dá para fugir da leitura da bibliografia que indiquei acima, né? Shiotsuchi, Nyoihoju...e não vai parar por aí, caros neófitos, ainda tem mais:
"Meu corpo é nyoihoju, é shiomitsu-no-tama, shiohiru-no-tama. Tudo que eu desejo e tudo que é bom vem a mim naturalmente; tudo que é indesejável ou mal se afasta espontaneamente"
E termine agradecendo:
"Muito obrigado, muito obrigado..."

Tentei achar algum vídeo ou ilustração para encerrar este post, a exemplo dos primeiros, mas nada achei. Também, com tantos nomes belos...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Questões Doutrinárias: Deve A Humanidade Continuar Insistindo No Uso da Energia Nuclear?

Essa resposta é mole, né? Mas, para responder com maior proficiência, convidamos o prel. Eduardo Nunes da Silva, diretamente do recém-saído Círculo de Harmonia de agosto de 2011, na pg. 11, para nos responder:

"Os trágicos acontecimentos ocasionados pelo tsunami que devastou a costa nordeste do Japão, ocasionando o acidente na usina nuclear de Fukushima, reacendeu a discussão internacional em torno da energia atômica. O acidente de Fukushima é o mais grave desde a catástrofe de Chernobyl, na Ucrânia, ocorrido em 1986.
Após o acidente no Japão, vários países estão revendo seus programas de geração nuclear de energia. A Itália votou contra os planos de retomar a energia nuclear no país e a Alemanha já decidiu desligar todos os seus reatores até 2022.
Durante algum tempo utilizou-se como argumento a favor das usinas atômicas o fato de que, entre as formas de geração de energia, a nuclear é uma das que produzem menor volume de rejeitos e a que conta com mais medidas de acondicionamento e guarda desses rejeitos. Mas não podemos esquecer que esses rejeitos duram milhões de anos, por isso devem ser mantidos isolados e protegidos. Milhões de dólares têm sido gastos para inocular os resíduos radioativos, mas ainda estamos longe de uma solução. No livro Primeiro Passo para a Paz, de autoria do prof. Masanobu Taniguchi, consta: 'Ainda não existe um meio fundamental de solucionar a questão do lixo radioativo gerado pelas usinas nucleares. Colocando-o em recipientes à prova de vazamento de radioatividade, enterram-nos nas profundezas da terra. No momento não encontram outro meio. E não se sabe o que acontecerá no futuro. Portanto, não significa que as usinas nucleares solucionam todas as questões energéticas e ambientais'.
A utilização de energia nuclear em grande escala no Japão surgiu como solução para diminuir a grande dependência do país em relação ao petróleo para a geração de eletricidade, o mesmo ocorrendo com outros países. O fator positivo quanto ao acidente de Fukushima é que a humanidade poderá vir a buscar com mais determinação fontes de energia limpas e renováveis.
Vivemos em um mundo maravilhoso, cheio de novas possibilidades, e devemos conscientizar-nos disso. Quando houver esta conscientização, naturalmente surgirão novas ideias e a vida melhorará,
abrindo novas perspectivas, inclusive para o chamado desenvolvimento sustentável das atividades humanas.
O Universo está cheio de possibilidades, basta abrirmos os olhos da mente. Diz o prof. Seicho Taniguchi no livro Aos que Buscam a Prosperidade: 'O vento e a luz produzem energia em abundância, que, no entanto, é desperdiçada enquanto os homens não pensam em utilizá-la. Quanta energia é perdida com o vento que sopra a noite inteira! Na verdade, chegou a época de pensarmos seriamente em utilizar as energias gratuitas da Natureza'.
Não quero dizer que devemos, necessariamente, abandonar as pesquisas no campo nuclear, mas a partir do momento que inclusive os cientistas passarem a buscar a orientação da Sabedoria superior, oriunda do Mundo da Imagem Verdadeira, também no campo nuclear haverá progressos notáveis. Enquanto isso, devemos atentar para o fato de que há infinitas novas possibilidades à nossa volta."

terça-feira, 2 de agosto de 2011

2 - Meditação Renge Nippo Oji-Kan (Com Direito à Sutra Da Sabedoria)


Quero ver as mãozinhas assim,
todas juntas!

Buenas, mocidade shinsokanesca do meu blog! Depois do sucesso da primeira variante da Meditação Shinsokan, de Louvor a Deus, vamos a esta que é a minha preferida variação, a Renge Nippo Oji-Kan. E por qual razão é a minha preferida? Porque ela faz menção ao Big Bang da Seicho-No-Ie, onde tudo começou, naquela célebre data em que o Mestre recebeu a Revelação Divina que deu origem a tudo isso daqui, ou seja, a famosa mas pouco conhecida Sutra da Sabedoria (Hannya-Haramita Shingyo).
Eu explico: o Mestre, quando recebeu a Revelação que deu origem à Seicho-No-Ie, meditava justamente sobre essa tal Sutra da Sabedoria...
Para maiores detalhes sobre este evento, recomendo a leitura do volume 20 da Verdade da Vida e, para maiores explicações sobre a Hannya Haramita Sutra nunca é demais ler o último capítulo de "Você Pode Curar a Si Mesmo"...
1 - O que é? Meditação Shinsokan Renge Nippo Oji-Kan
2 - Para quê? Pouca coisa, só para demonstrar a inexistência da matéria...
3 - Dica: Você nesta variação vai se transformar, literalmente, em Kanzeon Bosatsu. Creio ser também a única variante de Shinsokan que permite que seus olhos fiquem semi-abertos (contemplando, de preferência, uma imagem de Kankan...)
Vamos lá então? Peguem todos seus livros e abram na página 139. Como combinei antes, as explicações mais detalhadas vocês encontram no livro, aqui é só um resumo com as palavras da mentalização...

Após a iniciação de praxe (Canto Evocativo de Deus e o mergulho nos seis oceanos dos atributos divinos, "Aqui, onde estou, é oceano de infinita sabedoria, infinito amor etc") medite:

"Neste momento, deixo o mundo dos cinco sentidos e contemplo o meu corpo, que é o próprio Kanzeon Bosatsu (Deus da Misericórdia). Sou Kanzeon Bosatsu, conscientizei-me de que este mundo é gounkaiku"

(Três observações devem ser feitas aqui: 1º - viu a responsabilidade aqui, né, você simplesmente se eleva a Kanzeon Bosatsu!!! 2º - Repararam que é o único lugar na literatura seichonoieística em português que Kankan é apresentada como homem? Bom, mas não vos apoquentais, Kanzeon pode ser Deus como Deusa, aqui tanto faz: Kanzeon é a personificação de um princípio, ou de uma faceta de Deus, a faceta da Misericórdia, e, portanto, sexo é o de menos. Aliás, isso só tem importância mesmo para o fenômeno...) e 3º observação: gounkaiku = as cinco vibrações da matéria, os cinco skandhas budistas: matéria, sentidos, pensamento, vontade e consciência.
Então? Já se conscientizou que este mundo é gounkaiku? Então continue:

"Sou Kanzeon Bosatsu, conscientizei-me de que este mundo é gounkaiku, que a matéria não existe, a matéria não existe, que o corpo não existe, o corpo não existe, a mente também não existe"

Imaginem um sol do tamanho do mundo da Imagem Verdadeira, imaginaram? Então meditem:

"Surge no espaço um Sol do tamanho do Universo. Aqui é o resplandecente mundo da Imagem Verdadeira.
Aqui é rengezo sekai (Obs.: mundo em que está contida a ideia de renge, ou seja, da Flor de Lótus)
Este Kanzeon Bosatsu sou eu próprio"

Respire lentamente dizendo:

"Flui em mim a Sabedoria do grande Sol, flui, flui, flui...
Flui em mim o Amor do grande Sol, flui, flui, flui...
Flui em mim a Vida do grande Sol, flui, flui, flui...
Já possuo tudo. Tudo vem a mim segundo a minha vontade e se afasta espontaneamente ao terminar sua função" (olha o princípio da prosperidade aí, gente!)

(Eu, particularmente, ainda acrescento a provisão, a alegria e a harmonia do grande Sol. Não custa, né?)

Agora, para os amigos, três versões da original Hannya Haramita Shingyo. Imaginem o Mestre meditando isso e recebendo a Revelação Divina! Primeiro, a versão mais comportada...


Agora, estas duas versões absolutamente impagáveis! Primeiro, em rock!


Mas, sejamos patriotas! Agradeçamos as bênçãos da Sutra da Sabedoria com um bom sambinha! Muito obrigado!


Por essa nem o Mestre esperava! Vejam o original e a tradução da sutra então, para acompanhar em seu ritmo favorito!

MAKA HANNYA HARAMITA SHINGYO


Kanjizai Bosatsu Gyo Jin Hannya Haramita Ji Sho Ken Go Un Kai Ku Do Issai Ku Yaku Sharishi
Shiki Fu I Ku Ku Fu I Shiki Shiki Soku Ze Ku Ku Soku Ze Shiki Ju So Gyo Shiki Yaku Bu Nyo Ze
Sharishi Ze Sho Ho Ku So Fu Sho Fu Metsu Fu Ku Fu Jo Fu Zo Fu Gen Ze Ko Ku Chu Mu Shiki Mu Ju
So Gyo Shiki Mu Gen Ni Bi Zets Shin Ni Mu Shiki Sho Ko Mi Soku Ho Mu Gen Kai Nai Shi Mu I Shiki Kai Mu Mu Myo Yaku Mu Mu Myo Jin Nai Shi Mu Ro Shi Yaku Muro Shi Jin Mu Ku Shu Metsu Do Mu Chi Yaku Mu Toku I Mu Sho Tokko Bodaisatta E Hannya Haramita Ko Shin Mu Ke Ge Mu Ke Ge Ko Mu U Ku Fu On Ri Issai Tendo Mu So Ku Gyo Nehan San Ze Sho Butsu E Hannya Haramita Ko Toku A Noku Ta Ra Sanmyaku Sambodai Ko Chi Hannya Haramita Ze Dai Shin Shu Ze Dai Myo Shu Ze Mu Jo Shu Ze Mu To Do Shu No Jo Issai Ku Shin Jitsu Fu Ko Ko Setsu Hannya Haramita Shu Soku Setsu Shu Watsu
Gyate Gyate Hara Gyate
Hara So Gyate Bodhi Sowa Ka
Hannya Shin Gyo

SUTRA DA SABEDORIA
O Bodhisattva Avalokitesvara praticava profundamente o Prajna Paramitta (a sabedoria) e viu claramente o vazio de todos os cinco agregados, e assim libertou-se de todos os sofrimentos.
Ó Shariputra, forma não se diferencia de vazio, vazio não se diferencia de forma. Forma é exatamente vazio, vazio é exatamente forma. O mesmo é para sentidos, percepção, impulsos e consciência.
Ó Shariputra, todos os dharmas são marcados pelo vazio, não aparecem e nem desaparecem, não são impuros e nem puros, sem perdas e nem ganhos.
Portanto no vazio não há formas, nem sensações, percepções, impulsos e consciência; não há olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente; não há cor, som, cheiro, sabor, tato, objeto do pensamento; sem o mundo da visão, sem o mundo da consciência, sem ignorância e o fim da ignorância; sem velhice, sem morte
e sem o fim da velhice e da morte; sem sofrimento, sem causa do sofrimento, sem a sua extinção e sem objetivo; sem conhecimento e sem ganhos; sem nada obter o Bodhisattva em paz praticava o Prajna Paramitta.
Sem obstáculos na mente; sem obstáculos o medo desaparece. Para além do pensamento em ilusão, este é o nirvana. Todos os Budas do passado, presente e futuro vivem o Prajna Paramitta. * . Portanto obtém a completa e perfeita Iluminação. Portanto conheçam o Prajna Paramita, o grande mantra da transcendência, o grande mantra da iluminação, o mantra sem limites, o supremo mantra, podendo remover todo o sofrimento, este é a verdade, sem falsidades. Então recitem o mantra Prajna Paramita, recitem o mantra que diz: vá, vá, vá além, vá além do além, Prajna Paramita.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Questões Doutrinárias: Há Orientação Específica Para Orar 49 Dias Por Seus Antepassados?

Ainda no rastro da Cerimônia em Memória aos Antepassados realizada ontem, segue o nosso tira-dúvidas preletor Eduardo Nunes da Silva, desta vez no Círculo de Harmonia de julho de 2011, pg. 12:

"Houve quem questionasse o fato de alguns preletores orientarem os adeptos para que dediquem oração à alma de um antepassado durante 49 dias. O questionamento vem a partir da alegação de que não existe nenhuma orientação específica do mestre Masaharu Taniguchi para que dediquemos 49 dias de oração à alma de algum antepassado.
De fato, não há orientação que fixa em 49 dias o período para orar para os antepassados. A oração aos antepassados deve ser feita durante toda a vida, com sentimento de reverência e gratidão. Porém, o mestre Masaharu Taniguchi explica na revista Acendedor, número 103, que, no caso de dedicar oração especial à determinada alma em separado, é importante especificar o período de oração, para que a alma saiba a data de sua 'formatura'. No artigo em questão, a orientação é para que seja feita a oração durante 21 dias, mas podemos crer que não haverá problemas, ao orientarmos alguém, recomendar que a oração seja feita durante 21 dias, um mês ou 49 dias.
Segundo o ensinamento, o espírito, quando retorna ao mundo espiritual, após a morte física, permanece em uma espécie de 'sala de espera' do mundo espiritual, durante um período de sete semanas, refletindo sobre a vida que levou no mundo material e se purificando das ilusões trazidas do mundo físico. Por isso, é costume entre os budistas oferecer uma cerimônia em memória da alma 49 dias após o falecimento. Os xintoístas oferecem a cerimônia após 50 dias do falecimento.
Fixar um período para que a pessoa possa expressar seu amor e gratidão à determinada alma é um expediente de salvação perfeitamente válido, ensejando que os descendentes passem a dedicar seu amor e gratidão. Devemos ter o cuidado de orientar corretamente, para que as pessoas entendam que não é a quantidade de dias que salva e ilumina os espíritos, mas sim a Verdade.
Quando entendo que um adepto precisa dedicar mais gratidão a determinado antepassado, costumo orientar para que dedique oração específica a essa alma durante um mês ou 49 dias. Naturalmente este é apenas um expediente de salvação para que esse adepto possa alcançar o estado de verdadeira gratidão que o levará a reverenciar seus antepassados por toda a vida."

Agora no Facebook!

Boa noite a todos! É com indisfarçável orgulho que anuncio a todos os preclaros seguidores deste bróguinho que desde ontem o seu, o meu, o nosso LeoJisso finalmente se rendeu às graças da tecnologia, e, vencendo a preguiça tecnológica, se rendeu ao tal do feicibuqui, ou melhor, do tal do Facebook. É só entrarem lá e procurarem por LeoJisso ou o meu nome civil (Leonardo Brito Ximenes) e vocês me encontarão lá, belo e pimpão. Só peço aos colegas que tenham um pouco de paciência no que tange a me acostumar com essa nova linguagem, cheia de "curtir" e etecéteras. Mas, enfim... quem quiser me brindar com o ar da graça, aproveite, pois eu aceito todos, sem distinção de raça, cor, sexo ou orientação sexual. Clubística é que, dependendo do caso, poderia ou não aceitar... brincadeira!!! LeoJisso é que nem coração de mãe!