sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2011!

Não, reveillonesco leitor, você não leu errado. Antes que mergulhemos de cabeça no 2012º ano depois de Cristo, façamos uma reflexão sobre o que veio a ser este ano de 2011, que, como toda coisa supostamente "velha", está sendo desprezado, como é comum nestes dias. Daqui a exatos 365 dias escorraçaremos 2012 de nossas vidas (isto é, se o velho calendário maia não estiver correto e o mundo não acabar 10 dias antes...) e benvindo 2013 e assim seguiremos em nossa romaria de anos novos descartáveis...
No meu caso específico, 2011 foi um ano do cão, apesar de, segundo os chineses, ser o ano do meu signo, gato ou coelho. Digo cão pois passei por várias coisas belas como: desemprego, preocupação, falta de dinheiro e quejandos. E, felizmente, sobrevivi a tudo isso, com galhardia. Como diria São Paulo, mantive a fé e combati o bom combate. Minha augusta esposa disse-me ontem ou hoje que teríamos muito que comemorar em 2011, pois, afinal de contas, sobrevivemos. Senti-me como uma das vítimas de um desastre natural, seja lá na minha amada Friburgo, seja em Fujushima.
E porque 2011 nos ensinou tanto (e a adversidade é boa professora), que eu acho que passei com louvor por este ano, e que em 2012 eu encontre uma professora um tanto quanto menos rigorosa. Eu mereço pelo meu histórico escolar neste ano...
Falei acima algo que preferi manter oculto durante todo este ano, mas nenhum balanço que eu fizer de 2011 será honesto o bastante com o amável leitor que gasta seus preciosos minutos aqui do que relatar que, precisamente, de 10 de junho a 10 de outubro, exatos quatro meses, fiquei desempregado. Neste meio tempo, fiz de tudo para preencher o "ócio" da minha mente: dei palestras, fui para Ibiúna, transcrevi livros (quase toda a Humanidade é Isenta de Pecado, além de Chave da Provisão Infinita, Sutras e Convite à Prosperidade Volumes 1 e 2).
Agora, se me permitem aqui um pequeno relato de experiência, no dia 6 ou7 de outubro, quando finalizei a transcrição do Convite à Prosperidade vol. 2, me ligaram do meu atual emprego pedindo para eu começar no dia 10 de outubro.
Coincidência?
10 de outubro que, como os mais avisados devem saber, foi o dia do meu 36º aniversário.
Concidência?
Devo imaginar, assim, que, apesar dos pesares, alguém lá em cima gosta de mim?
Emprego novo, vida nova e matéria jurídica totalmente nova e, por incrível que pareça, matéria esta que estou apaixonado!
Alguém lá em cima gosta de mim?
Como diria o Prof. Masanobu, tendemos a ver muitas vezes somente o lado negativo da força. Assim, 2011 foi marcado pelos meus 120 dias de inatividade, um terço do ano sem saber como sustentar minha incipiente família. Mas, se 2011 foi o ano do desemprego, também foi:

1. O ano que viajei bastante em meu antigo emprego, com destaque para viagens para Soledade, Porto Alegre e Santa Cruz do Sul.
2. O ano em que me firmei como Líder de Iluminação em minha Regional: conheci Papucaia, Friburgo, Itaipu...
3. Um ano em que saio muito menos endividado do que quando entrei;
4. Sim, depois de três anos, volto,  ainda desempregado, à Ibiúna, Seminário dos Jovens Empreendedores (e tenho provas, abram a Mundo Ideal de dezembro de 2011 e olhem, na pg. 10, embaixo do preceito do dia 26,o simpático rapaz com um cachecol rubro-negro ao lado de três não menos felizes adeptos. E mais: na página 16, na foto da atividade cívica, o moço do cachecol rubro-negro aparece novamente, à direita... ou seja, ainda apareço em revista sagrada!!!)
E assim poderia enumerar várias outras coisas... mas o mais importante nisso tudo é tentar passar aos amigos que, melhor do que aguardar o ano novo, é ver o lado positivo do ano que se encerra, pois somente este, com toda a experiência adquirida, vai nos fazer ver que, apesar de tudo e de todos os fenômenos, somos vencedores!
Para finalizar, saúdo a todos os leitores deste blog com um feliz 2012 e que, imbuídos desta mensagem, façam do próximo ano um ano tão, mas tão bom que, daqui a 365 dias, vocês se despeçam dele com uma ponta de melancolia, como se dissessem, "ah, vai agora não, fica mais um pouco"...
Parece que não, mas foi assim que me despedi de 2006, o último grande ano que tive.
Antes de 2011.
Feliz 2012!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Convite Par Um Mundo Ideal - Olhando Fixamente A Estrela Sagrada

"Não tema as mudanças. Não lamente também a falta delas. Mesmo quando parece não haver mudanças, tudo neste mundo está se transformando a cada instante. Por isso, basta fazer com seriedade aquilo que lhe compete fazer agora, dedicando com paixão toda a sua força. O que deve mudar mudará naturalmente, e o que não puder mudar será mantido. A questão não é mudar ou não, e sim 'de que modo viver'. Se você avançar visando unicamente à vontade de Deus, você será capaz de atravessar a vida cheia de dificuldades, tal qual se atravessa o deserto num camelo, olhando fixamente a estrela sagrada, e finalmente alcançará o oásis, sem falta. E, após chegar lá, avançará rumo ao oásis seguinte, que é ainda melhor. O caminho para onde deve seguir será indicado, ininterruptamente, pela estrela que é Deus"

Quase todo discurso religioso, e a Seicho-No-Ie não foge à regra, preocupa-se com a questão da instabilidade do mundo fenomênico. No caso específico da SNI, a "resposta", por assim dizer, a ser dada a tal questão é a existência do chamado "Mundo da Imagem Verdadeira", ou seja: não importa o quanto as coisas podem mudar no fenômeno, existe um lugar em que tudo é bem (como cantaria Roberto Carlos, "além do horizonte existe um lugar, bonito e tranquilo pra gente se amar". Pois bem, esse "além do horizonte" pode vir sob a forma de uma promessa futura (como no cristianismo, por exemplo: você come o pão que o diabo amassou e as almas penadas colocaram no forno aqui nesta terra para, num futuro próximo (leia-se depois da morte) você obter sua vaguinha no céu.
Pode vir também, como no budismo, como uma explicação básica sobre o funcionamento do mundo fenomênico (e, lembrando Renato Russo, os versos "toda dor vem do desejo / de não sentirmos dor") e as suas quatro verdades e, por fim...
Vem a Seicho-No-Ie e apresenta o famoso, o internacional Mundo da Imagem Verdadeira com uma novidade: a abordagem pode até ser meio budista (lembrem-se que a Revelação Divina que o Mestre recebeu foi baseado na Sutra da Sabedoria, maiores informações leiam o volume 20 da Verdade da Vida), mas, este chamado MIV pode ser alcançado aqui mediante duas pequenas considerações...
1a - o mundo fenomênico é assim mesmo, mutável e inconstante; mas, porém, todavia, contudo...
2a - mesmo assim, podemos mudar, aqui, neste mundão fenomênico de Deus, as coisas ao nosso favor, basta para tanto seguirmos as leis mentais, ou, como colocou metaforicamente o prof. Seicho, avançar de oásis em oásis até o destino final.
E sempre olhando fixamente a Estrela Sagrada de nossa Imagem Verdadeira!

Convite Para Um Mundo Ideal - Tudo Dentro de Você

"Tudo está dentro de você: montes, rios, ervas, árvores, seu país natal, seus pais, irmãos... Por isso, você precisa reconciliar-se, harmonizar-se consigo mesmo e agradecer a si próprio. Agradecer a si próprio significa encontrar a sua verdadeira identidade - de filho de Deus, - tornar-se uno com ela, sentir-se de fato assim e admirar o quanto isso é maravilhoso. Você dirá: 'Oh, como é gratificante ter nascido aqui, e ser eu mesmo!'. Quando se sentir assim, tudo em sua volta o abençoará, colaborará com você conforme sua vontade e exaltará as suas qualidades. Será que você está realmente contente em ser você mesmo?"

Passo a pergunta final para o amável leitor, ou leitora: será que você está realmente contente em ser você mesmo? Dadas as premissas acima, de que somos, apenas e antes de mais nada, filhos de Deus, deveríamos estar, né? Dando pulos de felicidade e contentamento, inclusive. Mas, será que estamos realmente felizes?
Lembram-se de um dos capítulos atrás, a que o prof. Seicho discutia sobre a importância da gratidão, aqui e agora? Pois é, este trecho tem algo a ver com ele, e nos suscita curiosas e interessantes reflexões: se porventura alguém que me lê agora não está contente em ser você mesmo, responda para si o que falta para estar contente. Ah, e desde já advirto: respostas como "as outras pessoas são melhores" desde já estão desclassificadas, afinal, este mundo não é lugar para autocomiseração, e, sim, para aprimoramento espiritual. Em vez de estarmos sentados na beira do caminho chorando nossas pitangas, devemos é arregaçar as mangas e partir para, como Nietzsche mesmo disse, "tornar-se incessantemente quem tu és". O resto, bem, o resto, como dizia aquele rabino...

Convite Para Um Mundo Ideal - Mente Alegre

"Assim como os raios de Sol alegram o coração das pessoas, uma mente alegre faz com que a vida se torne radiante. O seu destino pode tomar qualquer rumo, dependendo do quanto sua mente é alegre. Por mais que uma pessoa seja inteligente e se expresse muito bem, se a mente dela for sombria, seu destino será também sombrio. Se você pensa 'Por que não tenho sorte? Por que as pessoas não gostam de mim?', reflita e observe se a sua mente não é sombria, se não lhe falta alegria no semblante. A alegria da mente transparece em forma de palavras e expressões faciais alegres. Por isso, se utilizar palavras alegres e mantiver o semblante alegre, naturalmente a sua mente também assim se tornará"

Logo quando li este capítulo, não pude deixar de me lembrar daquela velha música interpretada por Agnaldo Timóteo, "Sorria, Sorria", que virou até tema de propaganda de carro: "Sorria meu bem, sorria / da infelicidade que você procurou / chorar, pra quê, chorar? / Você deve sorrir, que outro dia será bem melhor"...
Breguice a parte (e também deixo a modéstia à parte para dizer que interpreto esta cançoneta como ninguém!), a letra, por mais incrível que pareça, nos passa uma importantíssima lei mental, a de se ter sempre a mente alegre, inclusive e principalmente nos momentos difíceis...
Muitas vezes menosprezamos a questão da alegria, imaginando que ela seria um subproduto das dádivas divinas, nada mais falso. Com efeito, a alegria é tão, mas tão importante, que ela mesma é a quinta dos seis atributos divinos que shinsokamos todo santo dia (junto com a Sabedoria, o Amor, a Vida, a Provisão e a Harmonia). Ainda precisamos equacionar direitinho a questão de "religiosidade = seriedade", o que também é igualmente falso. Religiosidade é igual a naturalidade, e, como vimos aqui, está longe da sisudez e da seriedade. O pior é que os termos se confundem, infelizmente, senão, vejamos: o termo "irreverência" (não reverência) se confunde com descontração, ao passo que a reverência exige as tais da sisudez e da seriedade.
Como combinar isso, se Deus, também, é alegria? Simplemente vivendo de modo natural.

Parabéns Pra Você...

Bom, como passa da meia-noite, me permitam abrir um pequeno parêntese em nosso edificante estudo para lembrar-vos que O Mais Querido completa hoje 116 anos de vida. Sim, senhores, o seu, o meu, o nosso Clube de Regatas do Flamengo está de aniversário! E, para tanto, até mesmo um feriado nacional se fez necessário!
Na realidade, exageros a parte (se bem que todo exagero é pouco quando se fala do Flamengo), ele foi fundado em 17 de novembro de 1895, mas o pessoal resolveu antecipar a data para que todo aniversário fosse feriado nacional. Ou seja, desde sempre o Flamengo revela seu caráter marqueteiro!
Então é isso. Voltamos com a nossa programação normal (ou vocês acham sinceramente que este blogueiro iria deixar passar esta data em brancas nuvens?)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Convite Para Um Mundo Ideal - Viver Naturalmente

"Você não deve hesitar. Não deve parar e olhar à sua volta. Você deve avançar, seguir em frente, sem vacilar. Nessa hora, você deve ser capaz de caminhar corajosamente sobre uma corda colocada nas alturas. Se sentir insegurança ou vacilar, você cairá dessa corda. E, assim, sua vida sofrerá um revés. Por isso, você deve caminhar firme, adiante. Com o olhar voltado para a frente, caminhe em direção à sua meta, de modo imutável. Nessa hora, terá uma mente pura e transparente, um coração de criança, um coração sem pensamentos impuros. Viver naturalmente significa viver assim."

Não se espantem, o capítulo já acabou, mas encerra interessantes questionamentos. O que está por trás deste nosso comportamento de hesitação, de olhar para o lado ante uma situação aparentemente adversa? Viver naturalmente significa viver assim. Como assim "viver assim"?
Vou continuar no exemplo que o prof. Seicho nos falou: imaginemos se você se equilibrar num estreito meio-fio, de um lado está a calçada, do outro a rua. É fácil, não? Faremos isso com um pé nas costas e outro se equilibrando. Agora, imaginemos nos equilibrar desta mesma forma a dez metros de altura. Entraremos em pânico, não? Sim, mas como ficaremos nervosos se quando estávamos no chão ficávamos tão tranquilos?
A aparente resposta é uma só: instinto de preservação: ora, bolas, no chão não tem problema, mesmo que eu caia só levo um ou outro arranhão e só. A dez metros a história muda, eu posso cair e ser lembrado apenas na forma de uma tabuleta memorial ou se algum amigo se dignar a me inscrever no culto eterno, certo?
Certo. Absolutamente certo. Mas ainda não é a resposta para o nosso questionamento. Repiti-lo-ei: o que está por trás deste nosso comportamento de hesitação, de olhar para o lado ante uma situação aparentemente adversa?
A resposta é uma só: nossa imaginação. Veja bem, no exemplo que damos, a única variável existente foi a altura, a base de sustentação (onde nos equilibramos) permaneceria o mesma, poderíamos até mesmo dobrar a distância e o medo seria exatamente o mesmo.
Mas aí poderão dizer: claro que teremos medo, afinal, algo muito mais importante do que a imaginação funciona num quadro destes, é o instinto de auto-preservação.
Aí sim vocês chegaram onde eu queria chegar: instinto. Carregamos há milhares de anos, de nossos antepassados, tais comportamentos aparentemente medrosos, sob a forma de instinto, comportamentos estes que nos ajudaram a chegar onde nós estamos agora. Mas...
Mas até onde tamanha precaução e tamanho instinto de auto-preservação nos ajudaria a sermos pessoas melhores? Qual a fronteira entre este instinto e a fobia ou a covardia? E, pergunto mais, até que ponto a fé em nosso Deus interior nos permitiria utilizar este instinto de um modo tão controlado que nos permitiria a viver, como diria o prof. Seicho, de modo natural?
Ah, e não sou um superhomem neste sentido também não: várias e várias vezes este instinto aflora em mim de modo totalmente inconsciente, ou seja, aparentemente "descontrolado"...
A verdade, queridos leitores, é que certas verdades espirituais só se incutem em nós através de uma forte experiência. As promessas do Salmo 91 por exemplo ("Mil cairão a tua direita e dez mil a tua esquerda") só nos serão sentidas por experiência própria, que nem São Tomé. Até lá nosso instinto permanecerá como o único guia cego de nossas ações.
Salvo se... tivermos uma fé de uma criança, mesmo que do tamanho de um grão de mostarda. Aí podemos, efetivamente, viver naturalmente...

Há Dois Anos Atrás...

Interrompemos nossa programação para lembrar aos queridos leitores deste blog que hoje, exatamente hoje, há dois anos este Líder de Iluminação que vos tecla proferiu, em São Gonçalo, a sua primeira palestra oficial na Seicho-No-Ie, numa reunião de vizinhança na casa de Carlos Victor, alguém se lembra? Creio que só minha augusta esposa, presente à reunião, recorda-se. Devo ter escrito algo neste blog, à época também recém-criado, e que a preguiça mo impede de procurar. O tema era baseado no Livro dos Jovens, livro fetiche de CV (Carlos Victor).
Como já tive oportunidade de dizer aqui, novembro é o mês em que quase tudo referente a mim na SNI começou. Querem uma prova?

16/11/96 - 1a vez na SNI
23/11/96 - 1o Culto aos Antepassados (Culto mesmo, na época era assim!)
14/11/09 - 1a Palestra na SNI

Sem contar o blog que começou em novembro também, e no meu próprio casamento, no dia 20/11. Então, como é, vamos cantar parabéns?

Convite Para Um Mundo Ideal - Sentir-se Grato, Aqui E Agora

"As grandes metrópoles possuem a sua beleza, e o campo também. Se, estando numa metrópole, olharmos somente a sujeira que nela existe, ou, estando no campo, olharmos somente a falta de praticidade do local, estaremos errados. Isso seria comparável a um homem desejar ter nascido mulher; ou a uma mulher que, desejos de ter nascido homem, age propositadamente como se fosse um homem. Isso é um verdadeiro desperdício de tempo e energia. Como se não bastasse, ainda acumulam carma, ao instilar às pessoas a peçonha da 'insatisfação'. Você precisa primeiramente agradecer ao lugar onde mora. Agradeça, de coração, pelo fato de não ser um campo de batalha no Vietnã, nem estar diante dos tanques de guerra soviéticos no Afeganistão, mas simplesmente estar em uma metrópole ou localidade do interior, no Japão"

Excelente trecho, não acham? Ainda mais para mim que, tal como o eu lírico de Raul Seixas em "Eu Também Vou Reclamar", "pois eu sou um rapaz latino-americano que só sabe se lamentaaaaar", eu chorarei também minhas fenomênicas pitangas!
A pitanga mais imediata: arranquei hoje o que os odontólogos chamam de "segundo molar", ali, bem do ladinho do nascituro terceiro molar, que os referidos profissionais costumam chamar de siso. Doer não é bem o termo, mas confesso que estar com a boca amarrada por dentro não é lá uma situação très agréable, ainda mais em se tratando de tê-lo extirpado bem no meio de um feriadão, num dia chuvoso, o que me impediu, inclusive, de dar uma palestra hoje, afortunadamente transferida para a próxima segunda-feira, justamente sobre este livrinho!
Já que o professor Seicho também falou, vou dar mais uma choradinha: moro no quarto andar de um prédio sem elevador e não sei porque ofícios metabólicos eu só tenho engordado ao invés de afinar minha silhueta. Confesso que, quando estou no ponto de ônibus e esqueço meu Bilhete Único em casa, a vontade de xingar é muita, tamanha...
Que mais? Ora, minhas senhoras e meus senhores, todos nós temos nossos motivos de queixa, e frequentemente os mais ridículos possíveis: um dente, uma casa no alto (e isso que não lhes contei onde morava em Anchieta...!).
Mas quantos de nós agradecemos por ter a ventura de achar um dentista que não seja carniceiro (como o meu!) e tratou bem deste extirpado apêndice calcáreo? E pela felicidade de ter onde dormir, ainda que seja nas franjas do Everest (ok, ok, exagero um pouco, mas tudo bem...)
Se fôssemos colocar na ponta do lápis, teríamos muito mais motivos para agradecer do que para lamentar. Aliás, sequer teríamos motivos para lamentar, pois tudo vem para o nosso bem. Eu antigamente achava que esta frase ou era uma desculpa moral ou riminha infantil para educar crianças. Hoje, depois que certas coisas ocorreram comigo no último inverno e que um dia me disporei a dividir convosco neste espaço, acredito piamente que não: tudo ocorre, ocorre não é bem o termo, tudo concorre para o nosso êxito, mesmo as situações aziagas!
No fundo, é bem como cantarola Benito di Paula, no seu samba que todo malandro de verdadee deve entoar após efetuar um belo shinsokan: "Tudo está no seu lugar, graças a Deus, graças a Deus, não podemos esquecer de dizer: graças a Deus, graças a Deus..."

Convite Para Um Mundo Ideal - É Importante Doar

"Você já recebe abundantemente. O ser humano não pode pensar somente em benefícios próprios. É necessário dedicar-se aos outros e também contribuir para o bem-estar público. Da mesma forma, se uma nação visa somente a benefícios próprios, acabará sendo desprezada pelo mundo todo. Nesse sentido, também é necessário 'ajudar um aliado quando ele está em apuros, mesmo sabendo que isso acarretará algum inconveniente'. Se tal ajuda for uma atitude correta, o inconveniente será de alguma forma compensado, e a nação será retribuída. Ajudando o outro, quem ajuda também será ajudado. Toda causa sempre produz o seu efeito, e não falha. Dessa forma, aquilo que um dia foi oferecido retornará anos após, ou centenas de anos após, de modo multiplicado"

Quem já teve oportunidade de presenciar uma de minhas palestras em que trato da prosperidade está careca de saber que faço sempre remissão ao chiquitito pero cumplidor livrinho do Mestre "Chave da Provisão Infinita", em especial detectando e isolando o princípio básico que norteia aquela obra, que se resume no seguinte: a chave da prosperidade está na lei do "dá e receberás", ou seja, na questão da doação.
Outro dia, quando dei uma palestra nos jovens, se não me engano foi a 53a , ainda não publicada aqui, em 22.10, estudei o capítulo 10 do referido livrinho e li algo como "você deve doar principalemente àqueles que não têm condição de lhe devolver" (perdoem a imprecisão, estou tirando tudo de cabeça). E o tema deste primeiro capítulo (vão se acostumando, os capítulos são deste tamanho!) é justamente esse: a doação sem expectativa de retorno ou, se esperar por um retorno, este será a longo prazo (confesso que as "centenas de anos após", ainda que "de modo multiplicado" desanimam um pouco, mas...
Mas esta, queridos amigos, é uma das mais preciosas leis que temos dentro da espiritualidade: a da doação. E porque, perguntam, seria ela tão importante? Porque, em última instância, é uma das leis que mais comprovam a grande máxima seichonoieana de que "eu e o outros somos um". Parafraseando Lavoisier, "na espiritualidade nada se perde, nada se cria, tudo se renova, tudo se recicla..."

Convite Para Um Mundo Ideal - Introdução

"Toda e qualquer pessoa acalaenta algum tipo de 'ideal'. Existem ideais grandes e também ideais pequenos. Isso não se define como mera ambição, mas sim como algo mais elevado. É o desejo do ser humano de tornar-se melhor do que é atualmente. Podemos até dizer que é a busca pelo 'Reino de Deus'. Ou seja, seria algo como a liberdade, a igualdade, a riqueza etc.
Entretanto, na realidade, tais coisas não são visíveis aos olhos, o que não significa que não existam. Isso se deve ao fato de que o 'Reino de Deus' não pode ser visível. Quando alguém compreende que falsas são as coisas que podemos ver aos olhos carnais, e verdadeiras as que não podemos ver, e reconhece que o 'Mundo Ideal' já existe, está diante do 'convite' para tal mundo.

10 de abril de 2000
Seicho Taniguchi"

Quase todo livro da Seicho-No-Ie que se preza apresenta um texto à guisa de prefácio ou de introdução, que, ou conta a origem da obra (como, por exemplo, "Comande Sua Vida com o Poder da Mente") ou conta a razão para tal título.
Poderíamos afirmar, sem medo de errar, que mais um prefácio ou mais uma introdução numa obra tão pequena como esta só poderia apresentar ao leitor as razões para o título, sem nenhuma outra motivação para, por exemplo, contar a origem de tal obra. Como veremos a seguir, cada "capítulo" é composto de apenas um parágrafo, de modo que esta obra se compõe, essencialmente, de pequenas reflexões do cotidiano que só mesmo o nosso bom e velho Seicho é capaz de fazer (e que, dentro da literatura Seicho-No-Ie, acho que só mesmo sua nora, a prof. Junko, seria capaz de algo semelhante; nem mesmo o Mestre tinha esse dom de discorrer sobre o cotidiano de forma tão magistral, Masanobu então, pfui!).
Assim, o que podemos aprender sobre o livro que iremos estudar a partir de agora? Seria aquela velha mas sempre oportuna lição de Antoine de Saint-Exupèry, em seu "Le Petit Prince" ("O Pequeno Príncipe", para os lusófonos): o essencial é invisível aos olhos. E, em cada capítulo deste livrinho, irá se descortinar, ainda que em doses homeopáticas, vários aspectos desta "essencialidade" que é tão característica do pensamento da Seicho-No-Ie...

domingo, 13 de novembro de 2011

Convite Para Um Mundo Ideal

Comecemos pelo fim, à moda Brás Cubas (Machado de Assis sempre!). O opúsculo que os senhores podem observar ao lado é o mais recente lançamento da Seicho-No-Ie, "Convite Para Um Mundo Ideal" de autoria do nosso querido Seicho Taniguchi. A exemplo do que fiz com três obras dele, a saber, "Passaporte Para a Felicidade", "Modo Feliz de Viver" e "Viver de Modo Agradável" usarei este espaço para resenhar capítulo por capítulo tal obra.
Aliás, quando uso o termo "capítulo por capítulo" estou sendo assaz benevolente, uma vez que tal opúsculo comporta apenas pouco mais que sessenta parágrafos ao longo de suas setenta e quatro páginas. A grande maioria dos capítulos (com exceção de um deles e do prefácio) contém apenas um econômico parágrafo (as duas exceções apresentam dois...), de modo que somente alguém muito preguiçoso não se disporia a ler tal obra com vontade em aproximadamente uma hora de boa e recomendável leitura. É o que nos proporemos a fazer no próximo post.
Ah, sim, e desde já recomendo: é ótima e salutar leitura. E darei duas palestras, no próximo dia 21 e na conferência do dia 3, sobre este livrinho. Então, ao mesmo tempo que estarei passando para vocês, povo amigo do meu blog, um resumido estudo do livrinho, aproveito e estudo eu mesmo trechos do mesmo. Isso é o que chamo de aproveitar o tempo!

A Volta Do Que Não Foi

Sim, senhores, atendendo a pedidos e reclamações, a começar pela minha augusta esposa, volto a escrever neste blog. Na realidade, falar a verdade é preciso, desde que quando comecei a mexer no orkut melhoradinho chamado facebook (quero que alguém me dê, ontologicamente, provas da superioridade deste para aquele, que, pelo menos, ainda tinha comunidades para você se deleitar e (des)aprender um pouco mais. Mais enfin...
Volto, tendo que informá-los que outubro foi, disparado, o mês que fiz mais palestras (oito), e, consequentemente, mais pessoas me ouviram (102 ao total, contabilizei hoje ao enviar o relatório). Parece pouco, mas na minha carreira de dois anos de liderança iluminatória somente agora superei a barreira da centena de ouvintes), novembro está bombando de palestras também e dezembro inicia (vejam vocês a irresponsabilidade desta gente!) com uma Conferência aos meus cuidados!!! E para juvenis!!! Nem preciso dizer o quanto estou feliz com essa oportunidade e, ao mesmo tempo, redobrando meus estudos para tamanha responsabilidade...
Bom, o que mais? Ah, sim, temos o novo livro do prof. Seicho para comentar (um deles que eu trabalharei para esta conferência), enfim, um monte de novidades. Prometo atualizá-los de tudo, esquecendo um pouco desse tal de feicibuqui, que é um tanto quanto viciante, ao contrário do tal do tuíter, que não me agradou tanto assim...
Vamos lá então?

domingo, 9 de outubro de 2011

Parabéns Pra Você...

Fiquem tranquilos, o pedaço de bolo de vocês
já está devidamente guardado!
Muito obrigado, muito obrigado! Meu aniversário é só amanhã e já ganho presente em dobro dos dois simpáticos aí do lado!
Inter metendo 3 X 0 no líder Vasco (o que é sempre uma dupla alegria...) e o Flamengo, bem, o Flamengo...
Nem jogando mal, errando passe a dar com rodo, nem assim deixamos de ganhar! 3 X 2 em cima do Fluminense, na maior falta de respeito! E dale Botinelli! Muchas gracias, muchacho, muchas gracias!
Ou seja, senhores, o dez de outubro nem chegou, mas que prazer vai ser ler amanhã as manchetes esportivas!
Perdoem os puristas da seichonoiê mas este blogueiro não poderia deixar de se manifestar quanto a isso! Quando me recuperar destas boas emoções, voltaremos à nossa programação normal! Gratos pela compreensão!

Da Quadragésima Nona Palestra

Buenas, povo do meu blog! Agora são 15:27, faltam pouco mais de meia hora para mais um Fla-Flu que, sinceramente, acredito que vá dar empate, a não ser se ambas as equipes resolverem me presentear antecipadamente pelo meu aniversário amanhã, claro, com a vitória do Mais Querido...
Enquanto isso, atualizo as últimas notícias, com mais uma palestra, na realidade Aula de Módulo, que, na minha contagem, se equivale. Como sempre, um resumo do que me pediram para falar e do que eu tentei passar:
1) Módulo 4 - O que é o Espírito Santo? Bom, resumidamente este escriba ensinou que Espírito Santo é um dos menores estados da Federação, situado na Região Sudeste do Brasil cuja capital é Vitória, terra de valorosos homens como Roberto Carlos (o cantor), Augusto Ruschi (o ornitólogo) e Sávio (jogador do Flamengo de meados da década de 90, jogou depois no Real Madri, entre outros)... além disso, dei o conceito de Espírito Santo segundo a Seicho-No-Ie (ou vocês imaginaram realmente que falei aquilo tudo na aula?), que vem a ser a vibração de amor de Deus. Dei especial ênfase ao trecho do Evangelho em que Jesus (que não era capixaba, e sim paraense nascido em Belém) disse que o único pecado realmente imperdoável para Deus era o pecado contra o Espírito Santo. Em outras palavras, negarmos a nossa própria divindade...
2) Módulo 3 - Como elaborar e proferir uma boa palestra? Já pediram para um macaco tecer loas a uma banana? Ou pedir que o Zé Colmeia discorra apaixonadamente sobre uma cesta de piqueniques, com a luxuosa ajuda do Guarda Belo? Então vocês devem imaginar que eu estive na mesma (feliz) situação do primata e do urso em questão. Aproveitei e infundi nos pupilos o desejo de ser preletor, algo que escrevi no post passado, talvez com um pouco mais de animação e inspiração...
3) Módulo 2 - Os 16 Artigos da Lei da Realização do Ideal - Quem tem o volume 1 da Chave da Vida Feliz sabe do que estou falando, basta abrir no capítulo 4, mais precisamente na pagina 95. Mas quem quiser saber resumidamente do que se tratam os 16 artigos, vide abaixo a síntese (imagina repassar estes artigos nos cinquenta breves minutos destinados à aula? Só mesmo, nos dizeres do Preletor Licio, mediante "largas pinceladas". Vejam:
1 - Concretiza-se aquilo que você reconhece;
2 - Aparece aquilo que se pensou;
3 - Acreditar que o ideal já está realizado;
4 - Pôr em ação a "solicitação" que brota espontaneamente do interior;
5 - Ter a coragem de agir;
6 - Quem rouba será roubado, quem dá receberá;
7 - Agradecer pela felicidade atual que você já tem, por menor que ela seja;
8 - Agradecer a Deus e aos antepassados;
9 - Agradecer aos pais;
10 - Obedecer à lei do céu e da terra: liderança do marido e concordância da mulher;
11 - Eliminar a autolimitação que há no subconsciente;
12 - Abandonar o pensamento que espera a atenção e compaixão dos outros;
13 - Varrer a ideia de que o homem é filho do pecado;
14 - Abandonar o culto à pobreza honrada;
15 - Alegrar-se com a felicidade dos outros;
16 - Ter a mente alegre.
Bem que valeria um estudo mais adequado destes artigos, não? É um caso a se pensar...
Bom, são 15:51. Torçamos para mais uma vitória do Mais Querido, com todo o perdão aos preletores do quilate de seu Ademílson, seu Lício e de Ednalva...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dois Anos de Líder da Iluminação - 04.10.2011


Eu, no exato momento em que recebia meu diploma
das mãos de Leonor Ichikawa,
com o preletor Alexandre do Amaral Ribeiro ao fundo
 Neste último dia 4 de outubro, além de ser aniversário de meu pai e dia de São Francisco de Assis (e consequentente dos animais), também celebro meus dois anos como Líder da Iluminação, que, por uma felicíssima coincidência, comemorei vendo ao vivo minha amada, idolatrada, salve salve Laura Pausini!)
Bom, nestes dois anos fiz 48 palestras, como dedura o post anterior, uma saudável (mas, para mim ainda insuficiente) média de duas palestras por mês desde que tive o direito de usar aquele brochinho!
Sim, senhores, hoje poucas coisas me dão mais orgulho e alegria na vida (falo isso de peito aberto, sem demagogia) do que dar palestras. Adoro, fico empolgado, preparo com antecedência e tudo o mais. É um prazer quase miyoshimatsudiano esse meu, para desalento de minha augusta esposa, que diz que o carma dela é ter se casado com uma Madre Teresa de Calcutá. Errado, você se casou com um rascunho de Miyoshi Matsuda!
Claro que estou longe da dedicação dele ao Movimento, mas, sinceramente, não devo estar muito longe em termos de entusiasmo. Sabem lá vocês o que é estar na frente de um público falando palavras da Verdade? E o pior (ou melhor!) é que sequer você pode arrogar as glórias da palestra para si, e sim, quando muito, se comparar a uma mangueira que transporta a água viva de Deus e refresca os alquebrados corações da sedenta plateia.
É muito, muito, muito gratificante você tomar parte ativa no movimento. Quando estive em Papucaia (leia o post anterior), pude sentir mais alegria, por estar, digamos, mais próximo dos primórdios do Movimento, dando palestras, pasmem, para legítimos nihongos!
Sim, tenho que melhorar mais e mais. Sim, tenho que conter meus gestos e minha movimentação, tenho que me limitar ao básico numa palestra, mas isso tudo vem com o tempo, com a prática. Quero poder, sempre, mais e mais, poder ajudar a espalhar para todo o mundo a maravilha que é ser Seicho-No-Ie!
E, desde aquele quatro de outubro Deus me permitiu ser parte ativa neste processo, o que devo somente, cada vez mais, agradecer a Ele pela oportunidade concedida!
De resto, acho que um dos refrões da Marcha da Missão resume bem este sentimento de alegria que tenho em poder espalhar a Seicho-No-Ie não só através de palestras, mas também neste meu cantinho:

"Somente os que vivem
Para esta missão
Conhecem o prazer
Que nós recebemos
A fé fortificando levantemos
purificando a alma avante" (duas vezes)

Eu não sei se o amável leitor conhece este prazer, mas eu o conheço. E bem, muito bem! Muito obrigado!

Da Quadragésima Oitava Palestra

E finalmente, depois de quase dois anos de Liderança Iluminatória, eis que tive meu primeiro Miyoshi Matsuda Day! (ou seria mais niponicamente correto dizer "Miyoshi Matsuda Nichi"?). O que é isso? Ora, senhores, é o dia em que vamos dar uma palestra não no conforto da Regional ou nas não menos confortáveis sedes da Seicho-No-Ie espalhadas ao longo da urbe, mas quando vamos a um lugar onde sequer imaginamos que possa existir Seicho-No-Ie! E o local escolhido desta vez foi a agradabilíssima e bucólica Papucaia, distrito, creio, de Cachoeiras de Macacu, depois de Itaboraí e a caminho de Nova Friburgo...
E lá soube pela presidenta de lá, Adelair, que também passou para preletora (numa simpatissíssima sede própria) um pouco da história da região, e, pasmem os senhores e as senhoras leitoras: lá, sim, lá mesmo, existe uma colônia japonesa!!! E nós, pobres mortais, imaginando que isso existe apenas lá nos interiores de São Paulo e Paraná, né? Eu, particularmente, achei um barato, e tinha mais nisseis lá do que brasileiros propriamente ditos, o que me deixou muito feliz, me senti como nos tempos de expansão do movimento... foi muito, mas muito gratificante, e apenas me estimulou mais e mais a aprender o japonês, até para usar a tecla SAP quando for até lá de novo!
Ah, a palestra? Sim, vamos a ela... era um Domingo da Seicho-No-Ie, os temas eram um tanto quanto desconexos, mas vá lá, pelo menos dei o meu recado, por enquanto apenas em português...

DOMINGO DA SEICHO–NO–IE – PALESTRA DE 02.10.11
1A PALESTRA: NÃO EXISTE NENHUM ESPÍRITO EM ILUSÃO – VOCÊ SERÁ SALVO INFALIVELMENTE – TOSHIYUKI FUJIWARA – PG. 216/220

Antigamente, morei algum tempo em Muroran, Hokkaido, e frequentemente proferia palestras da Seicho-No-Ie nas cidades vizinhas. Este caso aconteceu quando fui a uma localidade chamada Toyoura. Uma senhora que aparentava quase 60 anos aproximou-se de mim, com o rosto pálido e uma lividez cadavérica, extremamente abatida, e disse chorando: “Professor, estou arrependida; não sei por que obra do destino fui conhecer a Seicho-No-Ie. Arrependo-me tanto, pois, se não tivesse conhecido este ensinamento, não precisaria sofrer tanto”. Perguntei “Que aconteceu?” ao que ela respondeu:
“Meus familiares viviam sempre doentes e não paravam de acontecer infortúnios no meu lar, por isso eu lia a sutra sagrada diante do oratório com todo o fervor, mas minha vida não melhorava. Eu vivia preocupada, pensando no que estava faltando, por que acontecia isso, e solicitei orientação pessoal ao preletor da Seicho-No-Ie que veio fazer palestra neste verão. Ele perguntou como eu orava pelos antepassados, respondi, e ele disse que meu erro estava nisso e me ensinou detalhadamente o modo de orar. Comprei um oratório novo e procedi exatamente como sua orientação. Perguntou também como estava o túmulo da família, respondi, e, segundo ele, nisso também eu estava procedendo erradamente, e reformei o túmulo seguindo sua orientação, mas as doenças não melhoraram nem um pouco. Perguntei a outro preletor que veio dar a palestra seguinte, e este disse que eu não estava procedendo corretamente, e era por isso que minha sorte não melhorava. Refiz novamente, mas, mesmo assim, não melhorou nem um pouco. Como devo proceder? Se fosse para acontecer isso, seria melhor eu nem ter me tornado adepta da Seicho-No-Ie. Se não a tivesse conhecido, teria ficado na ignorância mesmo, e não estaria sofrendo tanto...”
Respondi de forma vigorosa: “Senhora, que foi que a senhora estudou na Seicho-No-Ie e o que foi que leu nos livros do mestre Masaharu Taniguchi? O que a senhora possui não é fé na Seicho-No-Ie coisíssima nenhuma. A Seicho-No-Ie que o mestre Masaharu Taniguchi prega é pensamento iluminador, norteada no modo de pensar positivo. É um ensinamento que não reconhece nenhuma espécie de condição. É um ensinamento que transcende todas as condições. É um ensinamento que nos torna completamente livres, libertando-nos de toda condição. Todo homem é filho de Deus, e isso significa que ele é Deus. Filho de gato não é gato? Concorda que filho de gato não pode ser cachorro? Ou seja, nossos antepassados são todos Deus. São Vida, são espíritos. Não são existências que ficam descansando dentro do oratório ou dos túmulos. Eles são vibrações da Vida, vibrações mentais, e agem de acordo com as vibrações. Os registros espirituais que ficam no oratório ou os túmulos são como antena de televisão; não são casas onde os espíritos ficam instalados. O mundo espiritual e um mundo onde há mais liberdade do que neste mundo fenomênico, e é possível aos espíritos irem aonde quiserem. Registros espirituais e túmulos existem como ponto de apoio dos espíritos. Não é somente pelo estilo ou forma da antena que surgem imagens na televisão, mas sim porque existem programas transmitidos pelas emissoras. Não acontece, jamais, de o destino das pessoas melhorar ou piorar dependendo da forma do oratório ou do túmulo. Leia com mais seriedade os livros do mestre Masaharu Taniguchi. Todos os seus problemas serão resolvidos'. O rosto dela foi se desanuviando, iluminando-se, e passou até a sorrir. Tão aliviada ficou que parecia até que se livrara de um encosto espiritual. Disse que se sentia tão livre como se tivesse se livrado de uma placa de ferro colocada no seu peito e que tolhia todos os movimentos. Feliz, ela prometeu: 'A partir de agora, irei empenhar-me na prática deste ensinamento'.
A Seicho-No-Ie nos ensina que devemos orar aos antepassados, que devemos agradecer a eles, não como condição para sermos felizes. Devemos somente agradecer. O importante é agradecer somente. Quando acompanhado de condições, deixa de ser somente gratidão, ficamos presos a detalhes, e acontece o mesmo que ocorreu com essa senhora, que acabou se desviando do caminho correto e afundando irremediavelmente. Felizmente, ela se encontrou comigo e pude transmitir-lhe o correto ensinamento da Seicho-No-Ie, mas arrepio-me só de imaginar o que lhe teria acontecido se ela continuasse a sofrer.
Se, na hora de orarmos pelos antepassados, o fazemos reconhecendo a existência de espíritos em ilusão, não se tornaria verdadeira oração de gratidão, por melhor que seja a forma de orar. Ler a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade diante do oratório dos espíritos dos antepassados indubitavelmente é a maior oferenda, o melhor modo de dedicar-lhes orações. Mas não porque eles sejam espíritos em ilusão; é porque a Verdade torna-se o maior nutriente, o melhor alimento para os espíritos que se encontram em processo de desenvolvimento infinito.
O mestre Masaharu Taniguchi escreveu o seguinte nas 'Palavras da Verdade do Mês', na revista Seicho-No-Ie de novembro de 1971:
Palavras do dia 24: 'Quando realizar a leitura da Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade diante das almas dos antepassados, deve fazê-lo unicamente com o sentimento de gratidão e reverência'. Palavras do dia 25: 'Não deve se dirigir aos antepassados 'Vós, espíritos em ilusão...' '. Palavras do dia 26: 'Quem está em ilusão não são as almas dos antepassados, é você'. Nas Palavras do dia 27, então, o Mestre declarou claramente: 'Não existe um só espírito que esteja em ilusão'. No entanto, certas pessoas andam afirmando que acontecem infelicidades por culpa dos espíritos dos antepassados em ilusão. De onde trouxeram isso? Trata-se de um tremendo engano. A Seicho-No-Ie deve ser Seicho-No-Ie, pois, do contrário, será confundida com outras seitas, e acabará parecendo superstição.
A prática de dedicação de amor é uma das três práticas de grande importância, mas, quando realizada sobre condições, torna-se mortificação. A prática da dedicação do amor recomendada pela Seicho-No-Ie não é condição para conseguirmos a salvação, é prática de perfeita gratidão. Mesmo dedicando amor às pessoas, entre a dedicação de amor praticada por obrigação e aquela praticada por espontânea vontade, movida por um impulso que nasce do fundo do coração, existe uma diferença comparável àquela entre o céu e a terra. Se a pessoa se empenha na prática da dedicação de amor sucumbindo à intimidação de que é por não se dedicar a esse ato que não consegue ser salva, é melhor do que não praticar, mas, no fundo, corresponde a estar negociando, e torna-se mais forte a preocupação pelo resultado do que o sentimento de gratidão. Agindo dessa forma, a prática de atos de dedicação de amor não se torna prática prazerosa. Mas sim mortificação. Por fim, cheia de insatisfação e queixas, não consegue fugir, porque tem a sensação de que, fugindo, será castigada, e cai num impasse, pois constitui sofrimento continuar a praticar, e, como aquela senhora de Hokkaido, em vez de sentir alegria, passa a lamentar, dizendo que seu sofrimento aumentou porque conheceu a Seicho-No-Ie.
A verdadeira prática de dedicação de amor deve partir da gratidão. Esta sim, é a única prática sagrada que nos liga a Deus.

2A PALESTRA – EXPLICAÇÃO E PREENCHIMENTO DO DIÁRIO DE ELOGIO

A) OBJETIVOS:

1. Treinar o elogio
O elogio é o princípio. Através do elogio vêm todas as coisas boas da vida.
“MESMO QUE ALGUÉM TENHA VÁRIOS PONTOS PASSÍVEIS DE CRÍTICA, DESCOBRE NELE OS LOUVÁVEIS E ELOGIA-O” (Masaharu Taniguchi, A Verdade da Vida, vol. 22, pg. 26, 3a edição)
“ACREDITAMOS QUE O AMOR É O ALIMENTO DA VIDA E QUE A ORAÇÃO, AS PALAVRAS DE AMOR E O ELOGIO CONSTITUEM O PODER CRIADOR DA PALAVRA QUE CONCRETIZA O AMOR” (4a Declaração Iluminadora da Seicho-No-Ie)

2. Ver a Imagem Verdadeira
Muitas vezes, não se conhece o correto procedimento para ver a Imagem Verdadeira. Mesmo tendo a orientação: “Contemple unicamente a Imagem Verdadeira” ou “Veja somente a Imagem Verdadeira”, a pessoa não consegue praticar isso. Escrevendo no “Diário de Elogios”, com dedicação, treina-se para “ver” a Imagem Verdadeira.

3. Meditação Shinsokan
O Diário de Elogios é o passo inicial para se aprofundar na prática da Meditação Shinsokan. Através desta prática treina-se para aumentar a força de contemplação e o sentimento de unidade com Deus, eliminando assim, a dificuldade de se praticar a Meditação Shinsokan.
É essencial saber que, quando escrevemos os elogios, estamos habituando a nossa própria mente a ver somente o Bem. Portanto, o elogio não é para melhorar o outro, mas para melhorar a nossa maneira de ver o outro, fazendo com que a nossa mente que até então via os defeitos olhando para a imagem falsa, seja direcionada para o lado correto que acredita e vê, com os olhos espirituais, a perfeição do mundo de Deus.
O Diário de Elogios não deve ser utilizado como técnica ou expediente para melhorar a pessoa, pois assim o resultado não será positivo. O elogio, portanto, deve ser dirigido ao Bem Absoluto, à Perfeição que está por trás da aparência (fenômeno). Desta forma, você obterá resultados surpreendentes e milagrosos.

B) COMO FAZER AS ANOTAÇÕES:

1. Em primeiro lugar, faça um elogio a si próprio. Elogie-se muito. Pois “SE VOCÊ SE TRANSFORMAR, O MUNDO SE TRANSFORMARÁ, COM CERTEZA”.
Modelo: “Eu gosto de mim. É maravilhoso o meu empenho. Sou atencioso com todas as pessoas. Sou maravilhoso, pois esforço-me para amar todos os meus familiares. Sou maravilhoso porque comecei a escrever este Diário de Elogios” (Desta forma, escreva várias vezes...)

2. Elogie, agora, os membros da família. Um por um, enaltecendo seus pontos elogiáveis. Caso não os encontre, escreva:
“... (nome da pessoa) ..., muito obrigado! Gosto muito de você, muito obrigado! A sua Imagem Verdadeira é perfeita e harmoniosa, gosto muito de você, muito obrigado!”
É importante você escrever as qualidades com sentimentos, com emoção e não mecanicamente. Quando completar pelo menos uma página, enxergará algum ponto positivo da pessoa. Elogie este ponto positivo, várias vezes. A partir de então, enxergará outros pontos elogiáveis.

3. Após elogiar os familiares, passe a elogiar agora: a escola onde os seus filhos estudam, as empresas onde os familiares trabalham, o país, o presidente e assim por diante.

4. Em suma, seguindo os itens acima, continue escrevendo no seu Diário de Elogios. Diariamente, à tarde, à noite ou quando houver tempo. Acontecerão coisas incríveis. Com certeza tudo se transformaá milagrosamente!!!

Bibliografia para se aprofundar na prática do Diário de Elogios:

O Princípio do Relógio de Sol, Masanobu Taniguchi;
Diário do Relógio de Sol, Junko Taniguchi;
A Verdade da Vida, Vol. 1, 14a edição, pgs. 41/45, Masaharu Taniguchi
Imagem Verdadeira e Fenômeno, pg. 88 e 162, Masaharu Taniguchi

Da Quadragésima Sétima Palestra

Como adiantei no post anterior, graças à minha aula de módulo sobre Convergência ao Centro, fui convidado pela nossa presidenta dos Jovens, Elisângela, a discorrer sobre o mesmo tema, desta vez em reunião interna da diretoria. Bom, não é exatamente uma palestra com todos os requisitos, mas falei durante o mesmo tempo de uma sobre o tema...
Basicamente, discorri sobre o artigo 8º presente n´"O Que Deve Fazer o Dedicado À Iluminação", acompanhado do já citado (e aqui transcrito) artigo do Prel. Eduardo Nunes, também sobre o mesmo tema. Assim, peço que reportem-se à bibliografia apontada. Caso não tenham, mandem-me uma mensagem (pode ser pelos comentários mesmo) que este blogueiro terá o maior prazer em enviar-lhes...
Uma curiosidade final: ao final de minha explanação, Elisângela apresentou aos presentes a substituta de Carlos Victor nos Jovens, Beatriz. Sucesso para ela nesta nova empreitada, acho que desde o tempo que acompanho a AL, é a primeira vez que uma mulher assume este cargo (que estava sobre a incumbência de Leonardo Trindade, depois eu, por dois mandatos e por fim Carlos Victor)...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Da Quadragésima Sexta Palestra

Este meu abandono (in)voluntário do blog faz acontecer isso, atropelo a cronologia dos fatos sem o menor pudor: pois como poderia eu falar de Marie Murakami se no dia anterior dei minha quadragésima sexta palestra, bem, nem tanto palestra, mais aula, e aula de módulo. A seguir, breve escorço sobre os temas mencionados...
Módulo 1 - Correção de exercícios da unidade anterior - Nada de muita novidade, o que se costuma ver em correções do gênero...
Módulo 2 - Convergência ao Centro - Ah, este sim é tema de estudo, de profundo, profundíssimo estudo nestes tempos bicudos. Ainda mais tendo na assistência um de meus preletores-ídolos, ninguém menos que nosso ex-Supervisor Luiz Cléber Bezerra. E vejam vocês a generosidade e a iluminação desta boa alma: no final eu ainda não fui elogiado por ele? E graças a esta palestra tive uma surpresa dois dias depois, vide o próximo post...
Módulo 1 - 5a e 6a Normas Fundamentais dos Praticantes da Seicho-No-Ie: Quais são? "Ver sempre as partes positivas das pessoas, coisas e fatos", nada que um bom estudo de "O Princípio do Relógio de Sol" não esmiuce bem claramente... e "anular totalmente o ego" (ah, todo dia ao acordar eu estrangulo ele, mas o bicho insiste em querer aparecer...). Desta vez com o preletor João na assistência, só para medrar este iniciante Líder de Iluminação...
Módulo 4 - Causalidades: Versava sobre os carmas, sua (in)existência... texto curto, sem maiores novidades...

Seminário do Livro - 25.09.11 - Marie Murakami


A propósito, eu sou o da direita...
 Sim, meus amáveis leitores, Marie Murakami esteve conosco, mais precisamente em 25.09.11 para o Seminário do Livro "Cresça Vigorosamente" (que devo terminar a leitura do último capítulo hoje, se o sono assim o permitir). E provo e comprovo, olha eu aí do lado, todo pimpão ao lado dela! E ainda descolei alguns autógrafos na obra: dela, do prel. Antônio Carlos (nosso presidente dos preletores) e da dona Olga (nossa supervisora). Foi bom, mas com um gostinho de quero mais no final... daqui a dois anos tem mais! Qual será a obra a ser resenhada?

Outubro Chegou!

... e o melhor mês do ano na minha insuspeitíssima e modesta opinião chegou! Vejam quanta gente boa foi parida nestes presentes 31 dias: meu pai (4), Dona Emiko Taniguchi (10), este blogueiro (10), minha augusta esposa (11), minha afilhada (12), meu irmão (16) e vários, vários outros! De lambuja o final do mês nos reserva os aniversários de Pelé e Maradona, sem contar Didi, Garrincha, Falcão, Dunga e tutti quanti (mas, neste caso, infelizmente os deuses do futebol não foram generosos comigo...)...em outras palavras, só a papa fina mundial nasceu em outubro, o que reafirma a tendência de que o verão é a estação do ano mais amorosa e que mais consequências traz à humanidade!
Vamos lá então? Os destaques deste mês ainda vem de setembro, vamos lá!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Seminário Para Jovens Empreendedores 2011



Onde está Wally?
 
Isso mesmo, my blog´s people! Eis que de repente, não mais que de repente, surgiu para mim a oportunidade única (que, tal qual um deus careca, favor leiam a Verdade da Vida vol. 7) peguei-a pelo topete e participei do Seminário para Jovens Empreendedores em Ibiúna, nos dias 17 e 18 de setembro, motivo pelo qual não escrevi uma vírgula sequer no blog no fim de semana, dívida que pretendo sanar agora.
Desnecessário dizer que foi muito bom, eu precisava retornar a Ibiúna depois de mais de três anos (o último seminário lá foi Gratidão aos Pais, ainda em abril de 2008 e, fato este a lamentar, foi a primeira vez que não tive a companhia de minha augusta esposa. Mas, de todo o modo, valeu! Nos posts seguintes, para regozijo de seu Rocha, companheiro em tempo quase que integral no seminário, vou transcrever a todos aqui meus apontamentos deste seminário, palestra por palestra! Ah, o que este blogueiro não faz para o seu público...
Ah, já ia me esquecendo: os preletores participantes foram Junji Miyaura, Milton Yuki e Devair Sebastião Nunes... por enquanto, fiquem com o aperitivo da foto lembrança de lá e tentem adivinhar (respostas nos comentários, s´il vous plait, onde estou...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Questões Doutrinárias: O Princípio de Convergência ao Centro é Compatível com o Espírito de Rebeldia?

Questão interessantíssima esta, do Círculo de Harmonia do mês de setembro, pg. 7. Reflitemos muito sobre este assunto!

"A organização da Seicho-No-Ie é composta por idealistas que trabalham em harmonia com um objetivo comum. Mas, embora sejam minoria, há aqueles que se tornam dirigentes, e depois de algum tempo demonstram resistência em acatar as orientações e determinações das instâncias hierárquicas superiores. Há alguns que passam a ser opositores perante sua regional, Sede Central e até quanto às coordenadas da Sede Internacional. Essas pessoas dizem que não estão violando princípio de ´Convergência ao Centro´, que constitui importante orientação direta do fundador da Seicho-No-Ie, professor Masaharu Taniguchi.

Eles costumam dizer: 'Minha postura é perfeitamente convergente ao centro, porque o Centro é Deus e eu sigo a vontade de Deus'. E é frequente citarem o artigo 8, das Diretrizes do Movimento de Iluminação da Humanidade, do livro O que Deve Fazer o Dedicado a Iluminação, em que consta: 'O Movimento de Iluminação da Humanidade não tem como centro a vontade humana. O centro é a vontade de Deus'. E ao questionarem as decisões da Sede Central, costumam citar outro trecho do artigo 8, onde se lê: 'O edifício da Sede Central da Seicho-No-Ie instalada na Terra nada mais é que um escritório', tentando assim desqualificar a autoridade da Sede Central, como se a função da Sede Central fosse apenas a de organizar papéis e carimbar documentos.
Gostaria de convidar a todos para atentarem com sinceridade e humildade ao texto completo do artigo oito, das Diretrizes do Movimento de Iluminação da Humanidade, citado acima, em que o mestre Masaharu Taniguchi reconhece claramente a organização instituída como canal por onde fluem as orientações, não só burocráticas, mas também doutrinárias: 'Na qualidade de órgão que executa aqui na Terra os serviços doutrinários e burocráticos desse movimento, foram instituídos o Supremo Presidente e o Vice-Supremo Presidente, como também o Diretor-Presidente, os diretores, os presidentes da Associação dos Preletores Regionais, os preletores regionais, os presidentes-executivos da Associação dos Jovens, os presidentes da Federação das Associações Pomba Branca e Fraternidade etc.'.
Essas pessoas questionadoras e opositoras, certamente são maravilhosos filhos de Deus, que, à sua maneira, também amam a Seicho-No-Ie, mas precisam despertar para sua real grandiosidade. O sagrado Mestre Masaharu Taniguchi diz nas palavras do dia 10 de março, do livro A Verdade da Vida, volume 37: 'O espírito de rebeldia é prova de inferioridade. O oposto do espírito de rebeldia é o ‘espírito acolhedor’ – espírito de compreensão e magnanimidade. Esse espírito provém da consciência de nossa própria grandeza'.
No primeiro volume do livro Sabedoria da Vida Cotidiana em 365 Preceitos, página 121, o mestre Masaharu Taniguchi ensina: 'Se os elementos internos da organização ficarem apontando os defeitos uns dos outros e lançando críticas mútuas, acabarão provocando a cisão interna, e isso servirá para enfraquecer cada vez mais a força da organização no seu movimento de expansão externa, dificultando a concretização do objetivo de iluminar a humanidade'. Participar do Movimento organizado da Seicho-No-Ie é colaborar para o estabelecimento do Reino de Deus na face da Terra e é um excelente exercício para anulação do ego. No mundo religioso as posições mudam a todo instante e aquele que é está em posição hierarquicamente inferior a nós, amanhã poderá estar em posição superior e vice-versa. Onde a vida nos situe, devemos dar o nosso melhor com gratidão e contribuir para o desenvolvimento do todo."

Da Quadragésima Quinta Palestra

E esta caiu no meu colo, e pior, um dia antes apenas! Ednalva me pediu para ir na Associação Local dela, em São Gonçalo, em 14.09.11, fazer uma Consagração da Missão Sagrada. Como faltava apenas um dia, fiz de improviso, peguei uns poucos livros que abordam o tema (em especial Chave da Provisão Infinita e O Que Deve Fazer O Dedicado À Iluminação) e fui para lá. Devo ter agradado...
Uma curiosidade: Ednalva, quando soube da minha aprovação com Líder de Iluminação, disse que queria estar na minha primeira palestra, para me prestigiar. Pois bem, tive que esperar 44 palestras para vê-la sentada me ouvindo. Deve ser o tempo necessário para que eu me aprimorasse o suficiente para estar compatível com a espiritualidade dela... ainda bem que, pelo menos, agora devo estar preparado!
Aos visitantes de primeira vez, esclareço: Ednalva é uma das melhores preletoras de nossa Regional e, não por acaso, minha madrinha de casamento. OIha ela aí embaixo!

Da Quadragésima Quarta Palestra

E no dia seguinte, 12.09.11, retornei à Fraternidade de Icaraí, para uma palestra de estudo da revista do mês. Peguei um artigo de um livro ainda não traduzido, Kofuku Seikatsuron, da Fonte de Luz de nº 500. O artigo? Segue abaixo!

PALESTRA FRATERNIDADE ICARAÍ – 12.09.2011
ESTUDO DA REVISTA SAGRADA FONTE DE LUZ SETEMBRO/2011 – PGS. 12/14 -
“SE DEUS É PERFEITO, POR QUE SURGEM MALES”?

Algumas pessoas questionam: “Será que Deus é realmente perfeito e bom? Se Ele é perfeito, e bom, por que ocorrem neste mundo infortúnios, sofrimentos, aflições e doenças que atormentam o ser humano?”. Tanto a Seicho-No-Ie como a Christian Science ensinam que os infortúnios, os sofrimentos, as aflições e as doenças que afetam o ser humano neste mundo não existem de verdade, sendo apenas “manifestações fenomênicas”. Explicam que é necessário fazer uma clara distinção entre existir e estar manifestado. O que existe (existência verdadeira) é obra criada por Deus, e tudo que existe de verdade é bom. Mas, o que está manifestado é tudo aquilo que surge em conformidade com a lei mental. Quando se contempla mentalmente a Imagem Verdadeira, surge o aspecto perfeito da existência verdadeira, e quando se contempla a imagem ilusória, a sombra da ilusão encobre a perfeição da existência verdadeira, fazendo surgir um aspecto imperfeito. Esse é o ensinamento, em linhas gerais.
Pode-se questionar: “Então, de onde surgiu a lei mental?”. Em poucas palavras, a lei mental é um meio pelo qual Deus Se manifesta de modo geral e universal para que nós, seres humanos, possamos tirar proveito disso. Deus é uma “Personalidade viva”, mas, como consta na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, manifesta-Se também sob a forma de Lei que permeia o Universo e se propaga no âmbito geral. Com isso, fica assegurado o nosso livre-arbítrio na condição de seres humanos (filhos de Deus). Se Deus, agindo apenas em função de Sua livre vontade, fizesse o que bem entendesse, segundo Seu próprio arbítrio, o ser humano (filho de Deus) não teria nenhuma liberdade. Para que a liberdade do ser humano seja assegurada, Deus Se manifesta com Lei, da qual as pessoas podem tirar proveito segundo seu livre-arbítrio. Somente a lei, ou seja, uma regra determinada, pode servir para nosso uso. E o ser humano, valendo-se do livre-arbítrio, pode expressar livremente seja o que for. Pode expressar livremente qualquer coisa e qualquer situação: males, imperfeição, sofrimento, aflição, doenças, pobreza etc. Somente a verdadeira liberdade é o maior dos bens. O bem expressado sob coação é apenas uma imitação formal do bem; por ser um ato maquinal, não é expressão da verdadeira moralidade. Deus concedeu ao ser humano o maior bem, que é a verdadeira liberdade, para que as pessoas possam expressar o que quer que seja, por livre vontade.
Assim, fundamentalmente o ser humano é dotado de liberdade e do “conteúdo infinito de bem”. Mas esse “conteúdo infinito de bem” só pode ser manifestado concretamente por meio de treinamento constante, do mesmo modo que o “ideal do belo” imanente no artista vai se revelando aos poucos por meio de treinamento incessante até ser manifestado com perfeição. O “conteúdo infinito de bem” está imanente no ser humano desde o princípio, e por isso mesmo é possível ser revelado e expressado. Mas o ser humano ainda não conseguiu revelá-lo e expressá-lo plenamente. Justamente por isso, sentimos alegria no processo de revelá-lo e expressá-lo. Se pudéssemos atingir rapidamente o topo do monte Fuji, não poderíamos apreciar as belas paisagens que vão surgindo ao longo da escalada. Na arte fotográfica, dependendo das diferentes maneiras de enquadrar a imagem, varia a expressão do belo. Também na vida do ser humano ocorre algo semelhante. Sentimos alegria em revelar aos poucos o “conteúdo infinito do belo”, mostrando a vivência dos diferentes momentos da vida que variam como diferentes ângulos de uma pintura. Portanto, a alegria de viver consiste em revelar gradativamente a perfeição inata sob a forma de “perfeição em via de se manifestar”. A perfeição inata é infinita; por isso, por mais que nos elevemos, não podemos dizer que alcançamos a perfeição. Em outras palavras, somos originariamente perfeitos, mas, sob o aspecto fenomênico, somos imperfeitos. Por essa razão, quando olhamos para o nosso eu atual à luz do ideal perfeito imanente em nós, sentimo-nos descontentes e irritados com o aspecto manifestado, e isso gera sofrimentos e aflições. Mas, se mudarmos de postura mental e, mesmo na posição do eu atual, visualizarmos a vastidão do nosso futuro que se alarga infinitamente, tanto maior será a nossa alegria, quanto mais elevado o ideal a ser alcançado. O sofrimento e a alegria são como trançados de uma corda. As vicissitudes desta vida podem ser motivo de estímulo ou de sofrimento, dependendo da postura mental da pessoa. Ilustremos esse fato fazendo analogia com a escalada de uma montanha. Algumas pessoas a consideram um esforço penoso, e outras a consideram um esforço prazeroso. Se fôssemos transportados do sopé da montanha até o topo enquanto estivermos dormindo e acordarmos somente ao chegar, seria muito cômodo, mas não poderíamos apreciar as paisagens ao longo do trajeto. A vida também seria muito monótona e sem graça se não precisássemos de nenhum esforço para seguir em frente. A Vida implica ação. Sem ação, não podemos manifestar a Imagem Verdadeira da Vida. Diz-se esforço o ato de se empenhar numa ação. Com o propósito de fazer com que o ser humano se empenhe em algo (ou seja, se esforce), valendo-se da própria liberdade de agir, Deus manifestou-Se como Lei que rege o Universo, e espera que nós, pela aplicação correta da Lei, manifestemos a liberdade infinita. Quando nos empenhamos em algo tendo a verdadeira conscientização da perfeição inata da Vida, não surgem nem doença nem pobreza, pois elas não existem originariamente. Tanto a doença como a pobreza não são algo que existe realmente, e sim “estados em que a perfeição original ainda não está revelada”. Pode-se dizer, também, “estados em que a perfeição original ainda está em via de ser revelada”. Quando a Vida é direcionada no sentido certo e entra em ação, a Imagem Verdadeira se revela, e então a doença e a pobreza desaparecem. Isso porque tanto a doença como a pobreza não passam de “estados em que a perfeição original ainda não está revelada”.

(Do livro Kôfuku Seikatsuron – ainda não editado em português; tit. prov.: Teoria Sobre A Vida Feliz – pg. 163-166)

O assunto aqui tratado, confesso, é um dos meus preferidos!

Da Quadragésima Terceira Palestra

E voltamos, justamente num onze de setembro, ao Domingo da Seicho-No-Ie, para Explicações e Prática da Purificação da Mente. Era baseado no vol. 2 da Filosofia da Verdade que Gera Milagres, mas me baseei mesmo foi no "Viver Junto Com Deus", mais especificamente no trecho em que o Mestre nos informa o surgimento de tal prática. Que trecho é este? Segue abaixo!

PALESTRA – DOMINGO DA SEICHO-NO-IE – EXPLICAÇÃO E PRÁTICA DA CERIMÔNIA DE PURIFICAÇÃO DA MENTE – 11.09.2011 – VIVER JUNTO COM DEUS – PG. 110/116


O corpo carnal é manifestação da mente

Como o corpo carnal é reflexo da mente, o inchamento de alguma parte do corpo é manifestação da mente “inflada” pela insatisfação. O corpor carnal é um órgão no qual se manifesta a mente. Quando nos encolerizamos e “contraímos” a mente, cerramos os punhos. A mulher que cria um “nó mental” devido ao atrito conjugal pode contrair câncer ou mioma no útero.
O líquido que se acumula em alguma parte do corpo é manifestação de tristeza. Quando estamos tristes, saem lágrimas dos nossos olhos. Lágrima é matéria, e a tristeza vem da mente. Algumas pessoas pensam que mente e matéria são existências independentes, mas a tristeza mental se concretiza em formas de lágrimas, que são matéria. Lágrima é materialização do sentimento de tristeza. Toda energia mental extingue-se ao ser manifestada em forma, assim como a energia elétrica das pilhas de um farolete é eliminada quando se manifesta em forma de luz. Quando exteriorizamos a tristeza sob a forma de lágrimas, chorando até não poder mais, ela é eliminada e nos sentimos aliviados. Mas, se não exteriorizarmos a tristeza, ela se manifestará em alguma parte do corpo em forma de doença.

O processo e o mecanismo pelos quais a tristeza se manifesta como doença

Vivendo numa sociedade, não podemos chorar a qualquer momento na frente dos outros. Por isso, muitas vezes acabamos reprimindo a tristeza que deveria desaparecer em forma de lágrimas e a guardamos dentro de nós. Ao conter as lágrimas e represar a tristeza no nosso interior, podemos contrair doenças como a pleurisia, que causa acúmulo de líquido na pleura, a peritonite ou a ascite.
Deus não criou tais doenças. Elas são manifestações da tristeza geradas pela ilusão do homem. Quando o doente consegue eliminar o sentimento de tristeza, a doença desaparece.

A desarmonia conjugal manifesta-se como doença no aparelho genital

Se houver algum sentimento de tristeza ou insatisfação em um casal, esse sentimento se manifestará no aparelho genital. A sra. Aoki estava com cistoma no ovário, doença que causa acúmulo de líquido nesse órgão. Eu lhe disse o seguinte: “A sua doença do ovário é manifestação do sentimento de tristeza guardado dentro de si. Para se curar, você precisa se harmonizar com seu marido e serenar o seu mundo mental. Nós nascemos aqui na Terra para polir a nossa alma através dos sofrimentos, tristezas e problemas, que são o esmeril da nossa alma, a fim de alcançarmos o crescimento espiritual. Assim como o diamante bruto que, depois de sofrer o processo de lapidação, passa a brilhar resplandecentemente, a alma do homem é colocada nas mais variadas situações e passa por diversas dificuldades e problemas para ser lapidadas. Por isso, você não deve se revoltar contra os problemas. Não sei como o seu marido a trata, talvez ele a agrida com palavras grosseiras. Seja como for, receba tudo o que vem dele com sentimento de gratidão, considerando a atitude dele como 'esmeril' que Deus enviou para polir a sua alma e fazer com que você se torne um espírito mais elevado”.

Todos os ambientes e todas as situações ajudam a polir a alma

O ambiente em que a pessoa se encontra, as circunstâncias, o comportamento e a atitude dos outros, tudo é “esmeril” para polir a sua alma. Foi Deuis quem colocou essa pessoa no lugar mais apropriado para essa tarefa. O diamante, após ser lapidado e tornar-se uma joia brilhante, não ficará mais na fábrica de lapidação; ele será exposto na vitrina de uma loja elegante e irradiará o seu brilho. Do mesmo modo, enquanto a alma de um indivíduo estiver sendo “lapidada”, ele enfrentará diversos problemas, mas, terminada essa fase de aprimoramento, será transferido para um ambiente repleto de alegria e felicidade.

Ao concluirmos o polimento da alma, passamos para uma nova situação

No livro de minha autoria Ai wa Kei Yorimo Tsuyoshi (O Amor Supera o Castigo) contei a história de Starr Daily, que, ao ver a imagem de Jesus Cristo na prisão onde cumpria pena, converteu-se para o bem, mas passou a receber maus-tratos dos outros prisioneiros que o consideraram um traidor. Ele conseguiu deixar esse meio quando passou a reverenciar a Imagem Verdadeira dos prisioneiros e a agradecer-lhes. Ele foi o único a ser transferido e tornou-se enfermeiro do hospital dessa prisão. Mesmo que uma pessoa fuja de uma situação antes de concluir o treinamento, dizendo que não consegue suportar, ela continuará deparando com o mesmo tipo de problema enquanto não conseguir o crescimento espiritual.

O cistoma desapareceu quando passou a reverenciar o marido, considerando-o manifestação da misericórida de Deus

Após explicar à sra. Aoki a causa mental da sua doença por meio de teoria e de citação de fatos reais, continuei: “Não importa como o seu marido se manifeste, isto é, não importam as atitudes e as palavras com que ele a trata nem a infidelidade dele. Considere-o manifestação da misericórdia de Deus para polir a sua alma e reverencie-o. À medida que a sua alma for se purificando, seu marido começará a melhorar. Assim, a sua tristeza desaparecerá e, como consequência, o líquido que está acumulado no ovário como manifestação da tristeza também desaparecerá”.
Após um mês, a sra. Aoki voltou a me procurar e disse: “Graças ao senhor, o cistoma desapareceu. Curei-me sem ser operada. Muito obrigada”.

Análise do caso de uma senhora que sofria de neuralgia

A sra. Aoki, após relatar a cura da sua doença, contou o caso de uma amiga, professora de curso primário, residente em Kamakura. Ela sofria de neuralgia e sentia dores terríveis por todo o corpo, o que a impossibilitava de trabalhar. Ela precisava voltar a dar aulas, pois seria demitida se faltasse mais de um ano ao trabalho. A sra. Aoki disse estar com muita pena da amiga, que precisava arcar com as despesas médicas, e perguntou-me como deveria orientá-la.
Também fiquei com pena dessa professora e disse à sra. Aoki:
– O corpo carnal é formado de matéria, e matéria não sente dor. A mesa, por exemplo, por mais que lhe dermos pancadas, por mais que a raspemos com uma faca, não sente dor. Se sentimos dor em alguma parte do corpo, é porque a mente está doendo. A dor do corpo não passa de reflexo da dor mental. Eliminando-se a dor mental, o corpo deixará de doer.
– Mas o que é dor mental? – perguntou a sra. Aoki.
– A sua amiga provavelmente não se dá bem com algum membro da família e deve estar odiando essa pessoa – assim apontei.
Então a sra. Aoki revelou:
– Ela não se dá bem com a sogra. Está muito revoltada com a sogra que a maltrata, mas suporta tudo em silêncio.
– Então ela mantém reprimida a dor mentla, sem exterioriz-a-la. Até certo ponto, a dor mental pode permanecer reprimida, mas, quando ela atinge o ponto de saturação, busca uma saída e se manifesta em forma de doença que causa dor no corpo – expliquei.

Para eliminar a dor mental reprimida

– O que se deve fazer para eliminar dor mental? – perguntou a sra. Aoki.
– No caso de sua amiga, é preciso extravasar o ódio que guarda dentro de si. Para isso, ela poderia dar socos num pilar, fazendo de conta que é a sogra, e gritar: “Sua sogra maldita, sua bruxa, velha rabugenta! Morra de uma vez!”. Agindo assim, ela exteriorizaria todo rancor e ressentimento guardados dentro de si. A dor mental causada pelo ressentimento pode ser reprimida por algum tempo sem que se manifeste em forma, mas, quando a energia do ódio e da tristeza atinge o ponto de saturação, explode e se manifesta em forma de doença que causa dores. Eu disse que a sua amiga poderia extravasar todo ódio que sente contra a sogra dando socos num pilar e proferindo palavras de insulto. Mas, pensando bem, haveria o risco de a sogra ver a nora fazendo isso e ficar furiosa; portanto, acho que não é recomendável agir dessa forma. Então, sugiro outro método: desabafar, por escrito, a tristeza, a raiva e o ódio que estão represados no coração. Por exemplo, ela poderá escrever: “No dia tal do mês tal eu disse tal coisa à minha sogra com a intenção de ajudá-la, mas ela me interpretou mal e me repreendeu aos gritos. Sua sogra maldita, velha rabugenta! Morra de uma vez!”. Mas não basta escrever. Deve depositar esse papel no oratório em que a família oferece culto a Deus e aos antepassados e orar sinceramente: “O meu coração está repleto de sentimentos desprezíveis. Deus, purifique-o com Sua sabedoria e Seu amor, que são puros e belos”. Após a oração, retirar o papel do oratório, pois a sogra poderá encontrá-lo, ler o que está escrito e pensar que a nora, com intenção de matá-la, está pedindo ajuda a Deus e aos antepassados. Por isso, a sua amiga deve queimar o papel e, olhando a chama, agradecer mentalizando: “Deus está me purificando e eliminando o ódio que sinto da minha sogra. Muito obrigada, muito obrigada. O meu ódio já foi eliminado completamente. Muito obrigada!”.
Essa foi a orientação que dei à sra. Aoki

Eliminando-se o ódio reprimido, extinguiu-se a neuralgia

Cerca de um mês depois, a sra. Aoki voltou a me procurar e relatou:
– Professor, depois que recebi sua orientação, escrevi uma carta à minha amiga de Kamakura orientando-a conforme o senhor me ensinou. Ela aceitou os meus conselhos e, no memsmo dia em que recebeu a carta, escreveu num papel toda raiva e ódios reprimidos no coração, depositou-o no oratório e em seguida o queimou. Assim, nesse mesmo dia, conseguiu se livrar completamente da terrível neuralgia que a vinha atormentando por mais de um ano. Ela recuperou totalmente a saúde e voltou a dar aulas. Hoje, vim lhe agradecer em nome dela.

A origem da Cerimônia de Purificação da Mente e os seus resultados

Falei a respeito desse caso num seminário realizado na Academia de Treinamento Espiritual de Uji, em Kyoto-fu, famosa pelo chá. As Academias da Seicho-No-Ie são procuradas por pessoas que sofrem de doenças ou de outros problemas e por pessoas que desejam purificar a mente e aprimorar o espírito. Nesse seminário estava presente o sr. Taketoshi Yoshida, preletor da Sede Internacional da Seicho-No-Ie, que na época era funcionário dessa Academia. Ouvindo a minha palestra, ele pensou: “Que relato interessante! Através dessa prática as pessoas que possuem problemas podem purificar a mente e obter graças. Vou utilizá-la nos seminários de treinamento espiritual”. Hoje essa prática é chamada de Cerimônia de Purificação da Mente e é realizada em quase todas as nossas Academias de Treinamento Espiritual. Graças a ela inúmeras pessoas que sofriam de doenças e de outros problemas puderam purificar sua mente, livrar-se do sofrimento e iniciar uma nova vida. A Cerimônia de Purificação da Mente traz resultados milagrosos.
No livro Watashi wa Koshite Gan ga Naotta (Assim Curei-me de Câncer) consta o relato da sra. Mitsuko Ohira que se curou do câncer no palato após participar da primeira Cerimônia de Purificação da Mente realizada num seminário de treinamento espiritual sob orientação do sr. Taketoshi Yoshida.

MUITO OBRIGADO!

Eu Sou Um Negro Gato...

Gente, devido ao meu repentino e inesperado sumiço, desde o feriado de sete de setembro, realmente agora estou fazendo jus ao meu signo no horóscopo chinês, o gato... não pela minha beleza, algo que só minha augusta esposa pode se manifestar, mas pela incorrigível mania dos felinos de desaparecerem e voltarem aos seus lares com a cara mais deslavada deste mundo após dias (semanas até) sumido. Tal foi o meu caso, e, desde já adianto, novidades nestes dias não faltaram, e não faltaram MESMO! Pretendo humildemente retomar minha escrita aqui, já até anotei aqui o que devo escrever para não me perder... só peço que me acompanhem, vocês não perdem por esperar!
Enquanto isso, fiquem com a música título deste post, na indefectível voz de Luiz Melodia! Até daqui a pouco e recebam o meu afetuoso miau!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Post Cansado de Ser Repetido: A Purificação da Mente do Brasil

Não, não adianta que hoje não vou falar mal uma vírgula do Brasil. Não vou me juntar a todos aqueles que querem fazer do sete de setembro um dia de protesto com gritos de ordem estéreis. É o mesmo que ir numa festa de aniversário e criticar o aniversariante. Questões como "Será que somos realmente independentes?" e quejandos são totalmente desnecessários. Se considerar "independência" como "dar boa qualidade de vida a seus cidadãos", então chorai, Cassandras de plantão, pois nenhum país (nenhum!) pode por este parâmetro ser considerado independente, pois mendigos existem em toda a parte. Injustiças, da mesma forma, e isto é fenômeno, independe de acontecer no Brasil ou não. Políticos corruptos? Ora, a cada quatro anos, pelo menos, temos oportunidade de escolhê-los bem, e quantos aqui ainda se recordam em quem votou? E vocês votam com o seguinte pensamento na mente: "Político é tudo corrupto, é uma raça desgraçada". Assim, querem que o Brasil tenham representantes dignos de sua grandeza como?
Acham, então, ó intelectualóides, que o Brasil deve ser independente? Eu e a torcida do Flamengo também achamos. Então proponho o seguinte: vamos tornar as nossas mentes independentes. Independente de todo e qualquer pensamento limitador, curto e mesquinho que tenhamos em relação ao nosso país. Hoje é dia de amarmos o Brasil, incondicionalmente, e não de criticarmos. Se sou ufanista? Culpem Deus, afinal de contas, foi Ele quem me pôs aqui. E, como diria aquele celebérrimo ministro, "às favas com os escrúpulos de consciência", hoje é dia de COMEMORAR tudo o que o Brasil tem de bom. E que, com certeza, é infinitamente maior que os seus problemas. O resto, bem, o resto, como diria aquele rabino...
Comecemos esta festa escutando esta música do Legião que canso de falar nas minhas palestras que é a mais perfeita tradução do que vem a ser uma Purificação da Mente, não por acaso a canção se chama "Perfeição". Assim como o Brasil é, no Mundo da Imagem Verdadeira!


Aguardem, pois hoje estou atacado! Em breve mais vídeos ufanistas!

Reflexões Patriotas E Outras Patriotadas Ufanistas Politicamente Incorretas Nestes Tempos de (Ir)reflexão

Senhores leitores deste blog, em especial os nascidos na vasta porção centro-oriental do continente sul-americano. Daqui a curtos onze minutos iniciar-se-á mais um dia sete de setembro para festejardes mais um feriado da independência de vosso torrão natal, quando, há exatos 189 anos, Dom Pedro I, com uma bela diarreia, declarou naquela frase que hoje virou bordão "independência ou morte" a independência política do Brasil face aos 322 anos de dominação lusa.
E, desta vez, pretendo fazer como Cazuza fez, "nadando contra a corrente, só pra exercitar", pretendo, neste dia, não fazer do sete de setembro ocasião para qualquer protesto ou reivindicação inócua ou obtusa à minha pátria.
Não.
Nem de longe pretendo apontar as mazelas que circundam o país, como, por exemplo, a distribuição de renda, a flagrante miséria, a corrupção, nem cantar as desgraças que assolam este país.
Nem pensar.
Ora, direis, o que falarás então?
Nada.
Rigorosamente nada.
Só farei uma coisa.
Uma pequena coisa.
Uma minúscula coisa.
E esta coisa resume-se à três palavras, inseridas exatamente na décima quinta frase da Revelação Divina da Grande Harmonia, que este blogueiro já teve oportunidade de estudar convosco outra ocasião.
"Agradeça à Pátria".
Hoje eu só quero agradecer.
Hoje, só hoje, eu só quero agradecer.
Nos outros 364 (ou 365 caso seja bissexto) dias eu posso reclamar, xingar, espernear, fazer o que quiser com essa pátria mãe amiúde nem tão gentil, mas hoje, real e definitivamente, não.
Daqui a exatos dois minutos, quando o relógio apontar 0:00 eu só vou agradecer.
Obrigado, obrigado, obrigado!
Não porque nasci num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.
Não porque devo fazer isso em nome de um patriotismo oco e sem sentido.
Apenas, e tão somente agradecer.
Obrigado, obrigado, obrigado, Deus!
Vós reservastes para mim, Deus, o melhor lugar que eu pude nascer.
O único lugar do mundo em que eu poderia ter os pais tão maravilhosos que me deste.
O único recanto do planeta em que meus antepassados, vindos da Península Ibérica, alguns até de sangue semita, encontraram paz e descanso para suas cansadas e perseguidas almas.
O único lugar do mundo, inclusive, que eu poderia encontrar minha augusta esposa.
O único lugar do mundo em que eu poderia me desenvolver plenamente como Filhos de Deus.
Obrigado, obrigado, obrigado.
Neste dia não quero reivindicar, não quero reclamar, não quero chorar.
Quero só agradecer.
Neste dia, pego minha quase bicentenária pátria e a levo para passear, para espairecer, para viajarmos por suas terras.
Neste dia leio para ela as obras de sua gente, os feitos de seu povo.
Neste dia dou de comer para ela as iguarias que só os seus nascidos poderiam, com seu gênio inventivo, criar.
Neste dia, apenas neste dia, digo para ela o quão belas são suas cores.
E, neste dia, renovo meu voto solene de que, por mais imperfeita que possas parecer no plano fenomênico, pátria minha, és a prova mais contundente de que Deus também tem seus ataques de megalomania, e, quando te criaste, estava no mais furioso de seus acessos...
Eu te amo, Brasil. Muito obrigado por tudo. Que, decididamente, não é pouco...

domingo, 4 de setembro de 2011

Da Quadragésima Segunda Palestra

Bom início de setembro, blogueiros do meu Brasil varonil (e do mundo também, porque não?) Iniciemos este mês com mais uma palestra deste blogueiro que vos tecla, e palestra inédita, Domingo da Seicho-No-Ie em Itaipu (não, não a hidrelétrica, mas a gloriosa Região Oceânica de Niterói), onde falamos, dentro da Semana da Paz sobre dois temas extraídos da Coleção A Verdade, que, claro, como sempre, não posso deixar meus amáveis leitores sem o estudo aqui, como, aliás, já é de praxe...

PALESTRA – DOMINGO DA SEICHO-NO-IE – 04.09.2011 – 1a PALESTRA – COMO ORIENTAR UMA CRIANÇA QUE COMETE MUITOS ERROS – A VERDADE, VOL. 6, CAP. 18, PG. 183-191

Consulta – Yoshico Taida

Meu filho de 12 anos comete erros frequentemente. Erra em coisas simples, mas parece-me que lhe falta calma. Toda vez que ele erra, o pai ralha, dizendo para ter calma, porque erra por impaciência. Eu também tenho vontade de ralhar com ele, mas suporto em silêncio, achando que será demais o pai e a mãe ficarem admoestando-o, e tenho pena dele. Mas, quando ele comete um erro, continua repetindo o mesmo erro e, vendo essa situação, preocupo-me com o futuro dele. Penso que lhe falta atenção. Será que não existe um meio de educar este filho para torná-lo uma criança calma e capaz? Preocupo-me com isso dia e noite. Peço-lhe encarecidamente que me oriente.

Resposta:

Entre as obras de psicanálise de Freud, há um livro intitulado Estado Psicológico Anormal da Vida Cotidiana. Em todo erro que cometemos na vida cotidiana, sempre há um significado, pois isso não acontece de modo acidental.
Como você não cita claramente a natureza desse erro, não posso dizer com certeza se de fato é um erro; mas, na sua visão, parece ser. Contudo, como o estado mental da pessoa se manifesta em sua conduta, ocorre frequentemente de esse erro ser a expressão fiel do estado mental da pessoa.
A empregada, que está absorta pensando em algo, derruba a jarra de água ou quebra o vaso de flores. Como o vaso de flores e a jarra de água simbolizam o órgão genital feminino, isso ocorre quando essa empregada tem uma preocupação secreta sobre a puberdade, e demonstra isso concretamente no mundo das formas. Isso é, simultaneamente, um erro da vida cotidiana e expressão correta da mente dessa pessoa. Afirmar, nessas ocasiões, que a empregada comete muitos erros é uma interpretação superficial, sendo correto dizer: “Esta empregada está expressando corretamente o que se passa em sua mente”.
Não posso dizer claramente se os erros do seu filho são ou não dessa categoria. Parece-me que ainda é um pouco cedo para ocorrerem nele manifestações de desejo sexual e, portanto, creio que não seja algo dessa categoria. Mas, segundo a peça teatral de Wedekind O Despertar da Primavera, nota-se que o despertar sexual ocorre bem mais cedo. Pode ser um leve e vago primeiro amor, ou mesmo que não chegue a isso, não se pode afirmar claramente que ainda não haja nenhum sentimento em relação ao sexo oposto.
Para que eu possa dar-lhe uma resposta verdadeiramente correta, só a sua consulta não me oferece material para julgamento. Segundo sua carta, o pai parece ralhar insistentemente a cada vez que o menino comete erro, e está evidente que a harmonia entre pai e filho não é perfeita. Entrando na questão, por que não é completa a harmonia entre pai e filho, será que esse pai (ou seja, seu marido) não seria a pessoa com quem você se casou em segundas núpcias, levando esse filho?
Peço que me perdoe se estiver errado, pois preciso escrever uma resposta imaginando várias situações, para que sirva a muitas pessoas como referência. Mas, se a minha suposição estiver correta, esse menino está ressentido com o pai. Ele odeia o pai. Isso porque quem roubou dele a mãe, que é a pessoa que ele mais ama, foi esse padrasto. Além disso, o padrasto roubou do seu pai verdadeiro a amada esposa. Portanto, essa criança quer proteger a mãe, no lugar do seu pai verdadeiro. Entretanto, a mãe se entregou a esse outro homem (ou seja, ao padrasto). Creio que esse menino deve ter sentido dupla indignação. Mas, por mais que se indigne, ele ainda é uma criança, enquanto o outro é um adulto, que além de tudo, possui a autoridade de pai. Portanto, ele não pode dizer o que deseja diretamente ao padrasto, e não tem outra opção senão suportar em silêncio. É comum um garoto nessa situação passar a gaguejar, ficar embirrado em silêncio, tornar-se obstinado e não obedecer, ou então, como expressão do sentimento de revolta que guarda contra o padrasto, ao fazer alguma tarefa que diz respeito a ele, acaba cometendo muitos erros. Não sei em que tipo de trabalho que lhe foi ordenado ocorre o erro e de que forma ocorre, mas creio que a consulente está a par disso. O conflito mental desse filho encontra-se nos fatos ligados a isso. Quando esse conflito mental ocorre, não deve apenas ralhar com ele, dizendo “Não deve ter tal conflito mental!”, pois isso só agravará o conflito. O segredo para desfazer esse conflito mental se encontra no ato de “perdoar” e, portanto, é importante orientar o filho a perdoar ao pai e à mãe. Para isso, explique-lhe detalhadamente os motivos que a levaram a se casar novamente, assim buscando a compreensão dele. E é importante fazer com que ele sinta o seguinte: “Mamãe não teve outra saída. E, graças à presença deste novo pai, eu e mamãe podemos viver sem passar por nenhuma dificuldade. Agradeço a esse pai. Muito obrigado”.
Escrevi a resposta acima supondo que você se uniu ao segundo esposo, mas vamos considerar que nada disso ocorreu e que essa criança é filho verdadeiro seu e do marido atual. Se o pai ralha com o filho cada vez que este comete erro, é porque sente por ele um forte amor-apego. Se parar de ralhar e de dizer “precisa ter calma”, o filho se corrigirá facilmente. Quando diz à criança “Precisa ter calma, mais calma. Tome cuidado!”, a força dessas palavras incute nela a ideia “Não sou calma” e, consequentemente, através do poder coercitivo dessa ideia, manifesta-se nela um estado de inquietação. Se, ao contrário, fizer com que ela pense “Tornei-me uma pessoa calma”, isso acontecerá de fato. Mesmo que, na realidade, seu filho não esteja muito calmo, procure um momento em que ele esteja menos inquieto, pegue-o no colo, afague a cabeça dele e diga: “Meu filho está muito calmo, ultimamente, e não está mais cometendo erros”. Isso é muito eficaz, naturalmente, no caso de pais verdadeiros, mas é também no caso de a criança estar ressentida com o padrasto ou com a madrasta. Aliás, no caso de padrasto ou madrasta, há maior necessidade de demonstrar o amor dos pais em palavras e atitudes.
Se os erros que a criança comete não são quebrar tigelas ou trazer objetos diferentes dos que lhe foram solicitados, mas os cometidos em tarefas escolares ou questões das provas, significa que ela não possuía conhecimentos básicos das questões e, à medida que foi avançando, mais difícil foi-se tornando a sua compreensão. Portanto, deve indagar-lhe os pontos que não compreende, certificar-se das razões disso e fazer com que entenda claramente desde a base. Mas se, apesar de compreender tudo, erra na prova por falta de atenção, significa que lhe falta calma, ou seja, concentração mental. Terá bom resultado se fizer com que ela pratique concentração mental simples como a Meditação Shinsokan.
Quando fui recentemente a Nagoya efetuar uma conferência, um aluno da quinta série ginasial pronunciou seu relato de experiência diante de 6 mil pessoas contando que na série inicial só tirava as piores notas, mas, ao comparecer na Sede Doutrinaria da Seicho-No-Ie de Nagoya e receber orientação para praticar a Meditação Shinsokan, na segunda série seu aproveitamento escolar foi o quarto melhor, na terceira, passou para o segundo melhor e, na quarta, para o primeiro lugar.
Seja como for, se ficar ralhando com a criança, só provocará revolta nela. E essa revolta se intensificará silenciosamente, a fim de causar decepção aos pais. Para melhorar o aproveitamento escolar da criança, é necessário orientar o seu subconsciente no sentido de não se revoltar contra os pais, mas amá-los. Ou seja, se no subconsciente a criança estiver amando verdadeiramente os pais, todas as suas atitudes e atos serão guiados no sentido de proporcionar alegria a eles e, consequentemente, seu aproveitamento escolar melhorará, seu caráter se tornará dócil e passará a cometer menos erros. E, mesmo que pare de ralhar com o filho, não deve ficar observando-o de perto, pensando impacientemente: “Não existe uma criança mais distraída que meu filho”. Se ficar enviando tais vibrações mentais, até uma boa criança acabará ficando má. Será conveniente lhe enviar vibração mental pronunciando o seguinte: “Meu filho é filho de Deus e, portanto, consegue estudar com calma. De agora em diante, não cometerá erros de forma alguma. Ele era irrequieto porque minha mente de desconfiança estava se projetando nele; porém, como já me livrei dessa mente, doravante, ele estudará com calma”.
Ocorre frequentemente de a mãe ficar enviando ao filho vibrações negativas, sem que perceba. Recomendo-lhe, portanto, a leitura do livro Comande Sua Vida com o Poder da Mente, para conhecer o poder da mente, e Yuryoji o Tsukuru [Formando Crianças Excelentes], para aprender o modo de orientar os filhos.

2a PALESTRA – A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS SEGUNDO A ORIENTAÇÃO DE DEUS – A VERDADE, VOL. 9, PG. 221

Como proceder diante de problemas difíceis

No momento em que um problema se torna muito difícil, a ponto de você não encontrar nenhuma solução através da inteligência humana, só há um caminho a seguir: volver-se completamente para Deus. Deus é onipotente, é onisciente, é amor infinito e, sendo assim, no instante em que você se volver completamente para Ele confiando-lhe tudo, Ele indicará a você o caminho para a solução que satisfará a todos ao mesmo tempo. Mas, ao confiar tudo a Deus, será Ele quem irá resolver; portanto, mesmo que surjam fatos aparentemente em desacordo com suas previsões, você não deverá desanimar nem tentar anular a procuração a Ele outorgada. Não se pode dizer que você depositou total confiança em Deus, se não consegue deixar de se preocupar com o desenrolar dos fatos através do qual Deus está resolvendo o problema.

Deus modifica até a sua mente

Quando você confiar a solução de um problema a Deus, essa confiança deve ser absoluta. Jamais deve acrescentar a intenção de recorrer à sabedoria humana ou pretender que o problema se resolva da maneira que você prefere. Às vezes Deus nos conduz à solução do problema através de caminhos imprevistos. Portanto, não devemos criticar e delimitar com a inteligência humana a Vontade da Grande Sabedoria de Deus. “Deus é onipotente, Deus é onipotente. Entrego-me totalmente à onipotência de Deus”. Repita várias vezes essas palavras em sua mente e confie completamente n´Ele. Não há neste mundo quem consiga contrariar a Vontade de Deus, nem alguém que impeça a ação de quem está junto com Ele. Se você se entregar completamente a Deus, com o seu ego totalmente anulado, você receberá dEle uma força capaz de superar toda e qualquer dificuldade.

Antes do ambiente, modifique a sua mente

O ambiente é sombra da mente. Portanto, o seu ambiente não mudará enquanto você não modificar a sua própria mente. Mas, como proceder quando você não consegue modificar a sua mente, por mais que deseje? Deus é onipotente. Por isso, Ele poderá transformar até a sua mente e torná-la correta, se você a entregar totalmente em Suas mãos. Ore da seguinte maneira: “Deus, entrego minha mente em Suas mãos. Faça com que minha fé seja mais profunda. Faça com que eu veja somente o aspecto perfeito da Imagem Verdadeira, e que eu não seja influenciado pelas imperfeições do mundo fenomênico”. Deus irá ajudá-lo infalivelmente. Quando você desejar algo, repita várias vezes “Ó Deus, que Se manifesta através da Seicho-No-Ie” e depois mentalize: “A força de Deus flui em mim e me auxilia; por isso o meu desejo se realizará infalivelmente”.

Quando você não consegue realizar um desejo

Não é apegando-se à coisa desejada que você consegue realizá-la. Na verdade, o “aspecto externo” atual de uma coisa não tem relação alguma com o seu futuro, pois o “aspecto externo” não passa de uma simples sombra. Se você correr somente atrás da “sombra” sem pegar a “coisa real”, a sombra fugirá. Agarre a “coisa real”; assim, naturalmente a sombra virá junto. Coisa real não é a sua “forma externa”. “Coisa real” é o “arquétipo espiritual” que existe em seu “âmago” e que é invisível aos olhos carnais. Na Seicho-No-Ie, a isto se dá o nome de “Imagem Verdadeira”. Para você conseguir agarrar a “coisa espiritual”, deve penetrar no invisível mundo da Realidade Espiritual. Desprenda sua mente do “aspecto exterior” e penetre no mundo espiritual. Antes, porém, ore a Deus.

Para encontrar objetos extraviados

Libertar a mente do “aspecto externo” significa deixar de sofrer e de afligir-se pela não-concretização de “algo desejado”. É voltar a mente para Deus, agradecer-Lhe e desfazer a tensão mental.
Em junho de 1956, o núcleo da Seicho-No-Ie da cidade de Nagaoka, dirigido pelo Prof. Tomeo Fujimoto (professor de Engenharia da Faculdade de Niigata), publicou no seu boletim o seguinte testemunho: A sra. Mise Kabasawa, residente no bairro Miyauchi, foi a um piquenique com seus familiares. Brincou na piscina e, na hora de voltar, notou o desaparecimento da carteira que deixara na sua bolsa. Então, seguindo a orientação do Prof. Fujimoto, ela orou: “Tomara que a pessoa que pegou meu dinheiro utilize-o segundo a Vontade de Deus; com isso o meu carma desapareceu; muito obrigada” e dessa maneira desprendeu a sua mente do “aspecto externo”, ou seja, da carteira, concentrando-se totalmente em Deus. E logo um vizinho seu veio devolver-lhe a carteira, dizendo “Peguei sua carteira por engano; desculpe-me”.

Não faça de Deus um office-boy

Para se concretizar um desejo orando a Deus, é indispensável que ele seja algo realmente necessário e que não pôde ser conseguido através de recursos humanos. Não devemos ser comodistas ou preguiçosos e esperar que, pedindo a Deus, Ele traga para nós coisas que podemos alcançar facilmente com nossas próprias mãos, e que não o fazemos por preguiça. Tudo o que está à nossa disposição neste mundo é projeção de coisas que já nos estão dadas no “mundo de Deus” (mundo da Imagem Verdadeira); portanto, não é necessário ficarmos pedindo a Deus. Basta agradecermos a Deus por ter-nos dado essas dádivas e, com humildade, agir no sentido de recebê-las.

Soltemos da nossa “mente” a doença e entreguemo-la a Deus

Mesmo que apareça alguma doença no corpo carnal, você não deve apavorar-se nem resistir cegamente, com a mente presa ao aspecto doentio do corpo. Aqui também podemos aplicar o princípio da não-resistência citado no Sermão da Montanha: “Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas”. Não deve resistir cegamente aos sintomas que se apresentam. Se a temperatura do seu corpo atingir 38 graus, deixe de resistir e pense: “Que suba até 40 graus”. Pare de lutar contra o fenômeno; abandone-o completamente e deixe as coisas correrem segundo a Vontade de Deus (Obs.: Não deve abandoná-lo sem antes acreditar em Deus e entregá-lo em Suas mãos, pois isso seria uma imprudência). Como não foi você quem criou o seu corpo, você com seu próprio esforço nada consegue fazer por ele. Ele é a imagem projetada da “criação perfeita” de Deus. Se você deseja que a imagem projetada seja perfeita, é importante que não embace a “lente” da sua mente, não retendo na sua mente a imagem da doença.

Antes de mais nada, modifique a sua mente

Deus é invisível e impalpável, ao passo que as dificuldades e as doenças são visíveis aos olhos carnais. Sendo assim, há quem considere muito difícil deixar de crer nas coisas visíveis e entregar-se a Deus, que é invisível. Porém, é exatamente na hora da dificuldade que precisamos entregar-nos a Deus e deixar que a Onipotente Providência resolva a questão. Quando começarem a surgir dificuldades de todos os lados, mentalize: “Deus é Onipotente. Deus é meu defensor e Ele resolve adequadamente quaisquer dificuldades”. Repita dezenas, centenas e milhares de vezes essas palavras, a fim de expulsar a ansiedade de sua mente. A ansiedade é como a poeira que embaça a “lente da mente”. Removendo-se a poeira, o aspecto perfeito já realizado no mundo de Deus vai aparecer ao seu redor, passando pelos adequados processos do mundo fenomênico. Modifique a sua mente. Transforme a “mente que crê no aspecto externo” em “mente que crê em Deus”. É necessário, antes de mais nada, transformar a sua mente.

Como romper os obstáculos que impedm a realização do ideal

Qualquer que seja o seu desejo, desde que sua concretização não prejudique o próximo, o original dessa coisa desejada já existe no mundo da Imagem Verdadeira (mundo da “matriz” espiritual). Por isso, basta você limpar a sua “lente mental” para que essa forma “original” se projete perfeitamente no mundo fenomênico, realizando assim o seu ideal. Portanto, você não deve embaçar a “lente da sua mente”, retendo os “obstáculos” que atrapalham a realização do seu ideal ou as “lembranças de um fracassso anterior”; concentre a sua mente no mundo da Imagem Verdadeira, como se focalizasse um objeto para fotografá-lo. Certamente você não vai ajustar a lente da câmera para um objeto que não deseja fotografar, mas sim para o objeto de seu interesse. Do mesmo modo, desenhe em sua mente apenas a coisa desejada e deixe que Deus realize o restante.

Acender a luz na mente

Se você vive preocupado e com a mente voltada para os obstáculos que impedem a realização do seu ideal, aparecerão no mundo fenomênico mais “obstáculos para essa realização”, como projeção da mente. Então, será melhor avançar irrefletidamente sem ver os obstáculos? Mas assim você acabará caindo, tropoeçando neles. Antes de mais nada, é necessário voltar a sua mente para Deus. Voltar a mente para Deus significa acender na mente a luz da Sabedoria Divina. Acendendo a luz na mente, você não vai mais tropeçar nos obstáculos; vão lhe ocorrer ideias de como retirá-los. É necessário despertar o “Deus do seu interior”; para tanto, mentalize repetidas vezes: “Ó Deus, que estais no profundo da minha alma, ó Força Infinita, manifestai-Vos!”. Após isso, confie seu problema a Ele, mentalizando: “Ó Deus, resolva este problema conforme a Sua vontade”.

A oração é o caminho que nos aproxima de Deus

Através da oração nós nos aproximamos de Deus. Não em termos de distância, mas sim de “conscientização”. É o Deus alojado em nosso interior que se aproxima do “eu fenomênico” e, finalmente, ambos se tornam unos. Em hipótese alguma duvide de Deus que está dentro de você. Deus, grandioso e invisível, que projetou e criou este mundo, é o mesmo que está alojado em seu interior. Deus criou o mundo através da palavra, e você também cria tudo com o poder das palavras. Tanto o seu corpo como o ambiente podem ser modificados pelo poder de suas palavras. Por isso, nunca expresse palavras pessimistas. Pode-se dizer que o mundo em que vivemos é a concretização das palavras acumuladas em nosso subconsciente. A oração é o poder da palavra.

Os sentimentos entre os familiares se comunicam reciprocamente, influenciando seus comportamentos

A palavra não é somente aquela exteriorizada pela boca. Existe também a palavra não proferida. Ficar lamentando intimamente é o mesmo que dirigir para si mesmo palavras negativas. Inicialmente a palavra surge na mente; em seguida aparece em forma de palavra falada e depois transforma-se em ação. E ela não só se transforma em nosso comportamento, como também influencia o comportamento das pessoas ao nosso redor.
Recentemente li um livro escrito pelo Sr. Atsushi Asari, intitulado O segredo que o desenho infantil revela, no qual ele escreve que qualquer desenho (ação) de uma criança revela a atitude mental de seus pais e familiares, a condição de vida, doença etc., e que, apenas observando o desenho, consegue-se perceber tudo isso. O Sr. Asari cita também o caso de um desenho de certa menina que revelava o estado mental de sua irmã mais velha, que estava triste por ter perdido a virgindade. Este exemplo é bastante interessante, pois o sentimento da moça, que não foi exteriorizado em palavras, foi captado pelo subconsciente de sua irmãzinha e influiu em seu comportamento (ato de desenhar).

A forma externa revela o sentimento interno

Se compreendermos que a mudança de sentimento de uma moça pode influenciar tanto o ato consciente de desenhar da irmãzinha, poderemos compreender também que é natural o sistema nervoso autônomo, que comanda os processos fisiológicos do nosso organismo, ser influenciado pelo sentimento negativo de algum dos componentes da família, passando a não funcionar normalmente. Após a partida do Prof. Seicho Taniguchi para uma viagem ao exterior, seus filhos começaram a utilizar em seus desenhos as cores preta e amarela, pintando ora uma girafa, ora uma criança vestindo um suéter listrado de preto e amarelo. Foi mais ou menos um mês após a partida do Prof. Seicho que tive a oportunidade de ler esse livro do Sr. Atsushi Asari, O segredo que o desenho infantil revela. Nele o autor afirma que “a criança cujo pai se encontra longe utiliza as cores preta e amarela em seus desenhos”. Isso despertou a minha curiosidade; entrei no quarto das crianças para verificar, e aí constatei que quase todos os desenhos pregados na parede eram em preto e amarelo, comprovando assim a afirmação do Sr. Asari. Quanto ao desenho da girafa, a figura desse animal de pescoço longo reflete o sentimento da criança que acha longa a ausência do pai.

Um determinado temperamento manifesta-se como uma determinada doença

Se um determinado sentimento faz com que a pessoa desenhe figuras de determinadas cores ou formas, podemos dizer que é natural um determinado sentimento causar doenças com determinadas características. Isto porque o desenho é resultado da atuação dos músculos, e a doença é resultado da atuação anormal do sistema fisiológico. Nisto consiste a base psicológica em que se fundamenta a medicina psicossomática. As doenças da cabeça, por exemplo, representam a revolta, a desconfiança e a falta de dedicação em relação aos antepassados e aos superiores; consequentemente, pode significar também a falta de culto aos antepassados. As doenças do coração representam a desarmonia sentimental, a inquietação, as preocupações desnecessárias com o futuro. As doenças dos órgãos genitais são a manifestação da desarmonia (desregramento moral) e conflitos na vida conjugal ou em outros tipos de relacionamento com pessoas do sexo oposto. Tumorações e escleroses representam sentimentos explosivos, tais como a indignação e o descontentamento. As doenças do aparelho respiratório representam espírito de crítica, agressão ou repulsa. A febre pode ter como causa o atrito com outrem. O esfriamento do corpo ou dos membros representa a falta de calor no coração. Uma pessoa com cutis suave é sensível e possui sentimentos delicados, ao passo que uma pessoa que tem pele áspera geralmente é rude, alheia à minúcias e muito audaciosa.

Em que se fundamenta a alegria de viver?

Se há alguma desarmonia ou fatos desagradáveis ao seu redor e você não consegue sentir a alegria de viver, volte seus olhos espirituais para a natureza divina que existe em você. Aí você perceberá que a verdadeira causa do seu aborrecimento não estava nos fatores externos, mas sim, dentro de você mesmo. Se você se subordinou às influências externas, não foi por ser originariamente fraco, mas porque desconhecia quão maravilhosa é a sua essência, e ainda por você mesmo consentir em ser influenciado pelas circunstâncias. Você possui em seu interior uma grandiosa força, capaz de dominar quaisquer situações, circunstâncias ou ambientes com que depare. Posso citar o meu caso: no instante que me conscientizei dessa grande verdade, a minha vida transformou-se, passando a acontecer coisas maravilhosas em meu cotidiano. Tornei-me capaz de receber com gratidão todos os fatos que até então recebia com desgosto e dor.

Conscientize-se da sua verdadeira natureza

Antes de mais nada, contemple a natureza divina que existe em você. Decida ignorar a fragilidade e a incapacidade do seu corpo carnal. Esses aspectos exteriores não constituem o seu “Eu Real”; eles não passam de simples “invólucro”. Note bem: a Grande Força que move os corpos celestes e dá Vida a todos os seres viventes é que fluiu para o seu interior e se tornou sua força, a qual vivifica o “invólucro”. Portanto, podemos dizer que você é a suprema realização de “Deus”. Você é “Filho de Deus”. “Filho de homem” é “homem”; do mesmo modo, “Filho de Deus” é “Deus”. Deus jamais adoece, jamais fica deprimido, jamais enfraquece e jamais lamenta que não consegue realizar o ideal. Você apenas não havia percebido isso. É só perceber que você é Filho de Deus, dono de infinita sabedoria e capacidade, e tudo melhorará.

Onde está o reino de Deus

O complexo de inferioridade e a sensação de insignificância, originados pela ideia de que o homem é apenas um “caniço pensante” que brotou na face da terra e que “adoece”, “envelhece” e “morre”, desaparecem de vez quando tomamos consciência de que o homem é Filho de Deus, que ele é a suprema autorrealização de Deus, e possuidor de infinita sabedoria e infinita capacidade. Essa transformação é o “nascer de novo” a que se referiu Jesus quando disse: “Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus” (João 3,3). Jesus também nos ensinou que o reino de Deus não existe no mundo exterior, quando falou: “Nem dirão: Eilo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17,21). Assim, se nós mudarmos o “nosso interior”, transformar-se-á o nosso modo de ver e aceitar o “mundo exterior”; mudando a conscientização, o “mundo exterior”, tal como é, passará a ser aos nossos olhos um mundo resplandecente. Na verdade, o reino de Deus, ou seja, o paraíso manifesta-se neste mundo exterior pela conscientização do “Filho de Deus” existente no interior de nós mesmos.

Alegrando-se, aparece mais alegria

Deus não é um ser mesquinho e cruel que nos exige sacrifícios. Ele não gosta de fraqueza, nem de covardia, nem de queixumes, nem de timidez. O que agrada a Deus é a mente positiva, contente, alegre, corajosa, destemida e repleta de gratidão. É claro que, sendo Deus infinito amor, ama a todos imparcialmente e deseja salvar a todos, sejam eles fracos, medrosos, insatisfeitos ou tímidos. Mas, infelizmente, as vibrações mentais de pessoas assim não sintonizam com as vibrações espirituais de Deus. Não ocorrendo a sintonização, não se manifesta a salvação de Deus, do mesmo modo que o rádio não capta um determinado programa, mesmo que as ondas de transmissão estejam presentes, se não for sintonizado para este programa. Deus está transmitindo constantemente a vibração de salvação e bênção. E como Deus é espírito, todas essas dádivas apresentam-se em forma de vibrações espirituais; e transformá-las em forma visível cabe ao receptor, ou seja, ao homem.

Como regular a mente e torná-la alegre

Você é Filho de Deus! Creia nessa Verdade e expulse a melancolia! Não creia na existência de algo que não seja bom para você. Não creia na existência da doença ou do fracasso. Você pode comandar com sua mente todas as ações do “mundo exterior” que o cerca, do mesmo modo que a atitude mental dos pais pode modificar o desenho do filho. Portanto, não há necessidae de se desanimar com o mundo exterior, qualquer que seja o seu aspecto. De agora em diante você governará livremente o mundo ao seu redor, através da mudança da sua mente. Mas, como fazer para regular a mente de modo a captar a vibração espiritual da bênção divina e ao mesmo tempo realizá-la? Uma criança que está chorando, ao ver um delicioso doce à sua frente, fica contente e imediatamente para de chorar. Da mesma forma, para regular a sua mente e torná-la alegre, basta oferecer-lhe a melhor coisa do mundo, isto é, a mentalização nítida de que “Deus” está envolvendo e abençoando você.

Contemple a perfeição da Imagem Verdadeira

“Deus é bem. Deus, ou seja, o bem, está dentro de mim, ao meu redor, sobre mim, embaixo de mim, ao meu lado, na minha frente e atrás de mim, e envolve todo o meu ser”. Cerre os olhos e mentalize dessa forma. Não deve considerar como real o aspecto manifestado no mundo fenomênico. Todas as pessoas ou coisas, quando vistas sob o aspecto real (não o aspecto exterior), são manifestações da perfeição de Deus. Um aspecto exterior imperfeito é como a Lua parcialmente encoberta: há fases em que aparece apenas metade da Lua, mas isso é o aspecto exterior da Lua e não a sua Imagem Verdadeira (lua cheia). Contemple a Imagem Verdadeira; por mais que esteja encoberta, a Lua continua inteira e está brilhando resplandecentemente. A sua vida também, na realidade, está repleta de felicidade.

Confirme que você é Filho de Deus, a todo momento, onde quer que esteja

Quando você começar a ficar irritado, mentalize dez vezes: “Minha Imagem Verdadeira é Deus; portanto jamais me irrito com coisas como essa”. Quando você se sentir deprimido, mentalize dez vezes: “Eu sou Filho de Deus; por isso é impossível que fique deprimido”. Se você sentir insegurança quanto a futuro do seu empreendimento, mentalize o seguinte durante a Meditação Shinsokan: “Eu sou Filho de Deus. É impossível que um empreendimento realizado pelo Filho de Deus tenha más perspectivas. Recebo a perfeita sabedoria de Deus para superar esta crise.” Se achar que seu corpo não está funcionando normalmente, mentalize na hora da Meditação Shinsokan: “Minha Vida é Vida de Deus e é impossível que a Vida de Deus adoeça”. É impossível que você, Filho de Deus, fique doente ou se sinta irritado, deprimido, inseguro...

Elimine a raiz das infelicidades

Todas as infelicidades ocorrem porque o homem se esquece de que é “Filho de Deus”. A toda hora, em qualquer lugar, quando surgir algum problema, ou antes de iniciar o seu serviço, mentalize repetidas vezes: “Eu sou Filho de Deus perfeito”. E assim, aprofunde a sua fé de que “sendo filho de Deus, nenhuma infelicidade, desgraça ou doença se aproxima”. Elimine da sua mente toda imagem de infelicidade, de desgraça e de doença. Elimine todo medo e insegurança. Pensar na infelicidade, na desgraça, na doença ou no envelhecimento e receá-los só servirá para enfraquecer sua mente. Enfraquecendo a mente, aparecem ao seu redor a infelicidade, a desgraça e a doença como projeção de seus pensamentos negativos. Expulse da sua mente todo mal, toda infelicidade, enfim, tudo que não seja o bem. A partir daí começará a concretização da sua felicidade.

Confie no corpo búdico do seu interior

Você deve contemplar a perfeição do seu próprio corpo, como Deus vê a Si próprio. Deve contemplar o seu corpo, não como matéria, e sim como um perfeito corpo espiritual de Deus. Esse é o verdadeiro significado das palavras do grande mestre budista Koobô: “Este corpo já é Buda”. É preciso compreender que este corpo, assim mesmo como se apresenta, é um corpo espiritual de Deus, é um corpo espiritual de Buda. Você não deve fiar pensando coisas insignificantes como “curar a doença”. No seu corpo, que é corpo espiritual de Deus, que é corpo espiritual perfeito, “não existe”, na verdade, nenhuma doença. Se a “aparência de doença” estiver manifestada em seu corpo, não fique pedindo a um santo: “Por favor, cure-me”. Mentalize fortemente “Meu corpo é corpo espiritual de Deus, é corpo espiritual perfeito, é Imagem Verdadeira, é Imagem Verdadeira, é Imagem Verdadeira...”, e chame pelo “Verdadeiro Santo” (Filho de Deus) que está dentro de você. Então ocorrerá a transformação, desaparecendo a imagem da doença e surgindo a imagem da saúde.

Não encubra a perfeição da Imagem Verdadeira

As doenças que se manifestam em nosso corpo ou os fatos desagradáveis que acontecem ao nosso redor são causados pelo encobrimento da “perfeição da Imagem Verdadeira” por um véu feito de pensamento, palavras, fisionomias, comportamneots e ações negativos (tudo isso é a manifestação da palavra) que nós expressamos ou praticamos irrefletidamente todos os dias, impedindo assim a manifestação do Aspecto Real. Portanto, devemos ter o máximo cuidado para não pensar em desgraça, não falar sobre infelicidade ou doença, não mostrar um semblante mal-humorado, e não agir de modo irritado. Se você, diante de algum problema, ficar preso a esse aspecto fenomênico e deixar que sua mente se anuvie, o véu que cobre a “perfeição da Imagem Verdadeira” tornar-se-á mais espesso e aparecerão mais imperfeições.

Deus nos diz: “Estou contigo”

Quando, por um momento, você se sentir desanimado, cansado ou fraco, lembre-se de que o seu “Eu Real” é infinitamente mais grandioso, mais inteligente e mais forte do que o seu “eu fenomênico”; que você (o “Eu Real”) não é uma existência tão insignificante que se desanima com qualquer coisa; que você não é um ser frágil e transitório que se cansa, que enfraquece... O seu “Eu Real” é o próprio Deus. Ele constantemente está se dirigindo a você: “Estou sempre contigo; não te desanimes.” Repita várias vezes as seguintes palavras, bem baixinho, como se estivesse sussurrando ao seu próprio ouvido: “Deus me diz: 'Estou sempre contigo; não te desanimes'”; e assim, faça nascer a convicção de que Deus está realmente dizendo a você: “Estou sempre contigo; não te desanimes”. A partir daí surgirão novos caminhos.

Como manifestar o verdadeiro aspecto no mundo fenomênico

“A Imagem Verdadeira toda perfeita está dentro de mim e me orienta”. Feche os olhos por alguns instantes e mentalize fortemente essas palavras. Uma nova coragem e novas esperanças surgirão em você. Como a mente é a “origem”, e as “formas” e os “movimentos” do mundo “exterior” desenrolam-se em conformidade com ela, você deve, primeiramente, serenar a mente. Assim, nascerão novas esperanças, aparecerão novas circunstâncias e surgirão novas oportunidades. Repetindo isso todos os dias, os véus do seu coração estampados de infelicidade e desespero irão se desprendendo um a um, e um belo dia o seu “eu fenomênico” se tornará uno com o seu “Eu Real”. Isto é, o fenômeno se torna Imagem Verdadeira e a Imagem Verdadeira se torna fenômeno, e a perfeição do Mundo Real aparecerá intacta no mundo do fenômeno. Para que se manifeste o aspecto perfeito da Imagem Verdadeira, você deve praticar também ações que tragam felicidade ao próximo.

Agradeça as bênçãos recebidas hoje

De manhã, logo ao despertar, agradeça a Deus a graça de poder viver o dia de hoje em harmonia com todos, sem inimigos nem conflitos, e a graça de poder viver abençoado por Deus. Devemos “agradecer” e não “pedir” ou “suplicar”, pois, qualquer que seja o aspecto fenomênico, no plano da Imagem Verdadeira sempre estamos em perfeita harmonia com todas as pessoas, em paz, sem inimigos e sem conflitos. Essa é a verdade, e, portanto, é natural que agradeçamos a tudo isso. Se não nos lembrarmos dessa gratidão natural, não estaremos nos sintonizando com Deus e, por essa razão, as bênçãos já existentes no mundo da Imagem Verdadeira não aparecerão no mundo fenomênico. Note-se que Jesus, ao ressuscitar Lázaro quatro dias após sua morte, de antemão agredeceu a Deus a concretização do seu desejo, dizendo: “Pai, graças te dou porque me ouviste”. Após isso, com a fé de que Lázaro estava realmente curado, ordenou ao morto: “Lázaro, vem para fora”.

Tenha a convicção de que você é a suprema autorrealização de Deus

É necessário você abandonar o pensamento de ser apenas um corpo carnal e adquirir a convicção de que é “Deus-Homem”. A expressão “Deus está junto de mim” pode causar às vezes a impressão de que “Deus” e “Eu” são existências separadas; mas o que se quer dizer é que o “Eu” é a própria, a suprema autorrealização de Deus. Você deve, todos os dia, mentalizar fortemente essa Verdade e fazer com que essa convicção se infiltre em todo o seu ser. À medida que ela vai se infiltrando, o seu meio ambiente vai se modificando, você se torna saudável e seu destino vai melhorando. Deus é como um raio de luz. Ele vem até a sua “janela” do mundo fenomênico, mas se você não abrir essa “janela”, a luz de Deus somente ficará brilhando no mundo da Imagem Verdadeira e não conseguirá penetrar no mundo fenomênico.

Faça de Deus o seu colaborador

Abra a sua mente para Deus; abra a janela da sua alma. Você não pode ficar recolhido dentro da sua “concha” como se fosse um molusco. O seu erro está em querer fazer tudo sozinho. Deus está lhe estendendo a mão, desejando ajudá-lo a qualquer momento. Então, por que você afasta essa Providência e procura solucionar as coisas somente com sua própria força? Não estou me referindo somente a negócios e serviços. Sobre a doença também se pode dizer a mesma coisa. Se você tem algum problema que, aplicados todos os recursos humanos, não consegue resolver, volte-se para Deus. Ele toma para Si toda a responsabilidade. E Deus não está longe; Ele está dentro de você. Apóie-se na força de Deus que criou do nada todo o seu organismo.

Todos os dias, aprofunde a convicção de ser “Filho de Deus”

Faça a Meditação Shinsokan todos os dias, sem falta. E a cada dia que passa, aprofunde mais e mais a convicção de que Deus é a sua Vida.
Lendo uma ou duas vezes o livro A Verdade da Vida, você pode compreender que “o homem é Filho de Deus, é a suprema autorrealização de Deus”. Mas isso ainda é insuficiente, pois, nesse caso, a Verdade ficou gravada apenas no seu consciente. É preciso fazer com que essa certeza se estenda até as camadas mais profundas do seu subconsciente. Você não consegue fazer funcionar seus órgãos internos através de sua mente consciente. O que comanda o funcionamento de todos os órgãos e de todo o sistema nervoso autônomo é o subconsciente. Portanto, é importante gravar fortemente no subconsciente a convicção “Eu sou Filho de Deus, e não há como existir imperfeição”. É um grande erro você deixar que as impurezas (pensamentos sobre doenças ou infelicidades, sentimentos de ódio, rancor etc) do seu subconsciente impeçam o pleno funcionamento da infinita força curadora e vivificadora da Grande Vida.

MUITO OBRIGADO!