quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Modo Feliz de Viver - "Não Tem" Não Existe - Pg. 19

"Ao viajar por várias regiões para realizar palestras em Grandes Seminários, tenho oportunidade de viver muitas experiências. E todas elas me ensinam algo, me fazem refletir e me fortalecem. Certo dia, estava redigindo um artigo de revista num hotel, e, de repente, a caneta ficou sem tinta. Procurei a carga de reserva, mas não a encontrei. 'Sempre ando com pelo menos uma carga sobressalente', pensei, e procurei nas duas bolsas que havia trazido, mas não a achei.
Então, pedi à pessoa que me acompanhava na viagem para que fosse comprar uma carga nas imediações, mas ela não conseguiu encontrar. De fato, o hotel fica em frente ao Templo Kashiwara, portanto, não há lojas que vendem tais objetos. Só encontrou tinta em vidro, e acabei de redigir o artigo usando essa tinta.
Mesmo assim, pensei 'Devo ter essa carga de reserva em algum lugar' e procurei na bolsa com mais atenção, e achei-a! A pequena bolsa de mão tem vários bolsinhos, e um deles tinha outro bolsinho menor. Nesse pequenino bolso, encontrei uma carga de reserva. Eu havia me esquecido desse bolsinho.
Achei a carga de reserva, mas, até encontrá-la, foi como se ela não existisse. Mesmo uma carga de reserva de caneta, de uns cinco centímetros de comprimento, me fez grande falta enquanto eu pensava que não a tinha, apesar de estar ao alcance de minha mão. De modo análogo, muitas pessoas pensam que não possuem talento ou capacidade de cura apesar de os possuírem, e sinto pena delas - este incidente me fez relembrar o que sempe costumo falar nos Grandes Seminários.
Muitas pessoas possuem latente, dentro delas, grande quantidade de capacidade. Portanto, se treinarem para exteriorizá-la, essa capacidade se manifestará infinitamente, mas elas não agem assim. Isto porque acreditam 'Não possuo capacidade'. Certa pessoa pensou 'Não tenho capacidade para vendedor'. É que se impôs autolimitação, pensando 'Não sou bom orador'. Mas a capacidade do vendedor não está em sua oratória. O mais importante é a sinceridae, e todas as pessoas a possuem. Mas essa pessoa pensou 'Para ser um bom vendedor, é preciso saber falar bem', impôs-se esse limite e achava que não tinha capacidade.
Mas, hoje, estamos numa era em que, para vender, não basta enumerar com desembaraço as qualidades do produto. Aliás, o próprio comprador tem mais conhecimento sobre novos produtos, quer seja máquina fotográfica ou automóvel, a ponto de muitos vendedores afirmarem 'Aprendo muito com os compradores entusiasmados'. Basta trabalhar com afinco, com sinceridade, orando pelo cliente. Um vendedor chegou a consertar o carro seminovo do cliente, e este acabou adquirindo um automóvel novo. Ele presenteou o cliente com a sinceridade e o conhecimento de técnicas de conserto, e acabou-se tornando um dos melhores vendedores de automóvel do Japão".

Boa noite a todos. O que podemos apreender do capítulo de hoje?
Muito embora o professor Seicho sequer mencione, o tema Imagem Verdadeira margeia todo o capítulo, tanto quando trata do episódio da carga de tinta, quando, também, menciona a questão da potencialidade humana.
Assim, isso reforça mais o conceito de exteriorização da Imagem Verdadeira através do esforço e da prática constantes. Não por acaso que todos, do mais recente adepto ao mais graduado preletor em grau bambambam afirmam que Seicho-No-Ie é, real e efetivamente, PRÁ-TI-CA.
Sim senhores. Não adianta eu ler toda a coleção "A Verdade da Vida", ler de lambuja a coleção "A Verdade" (só aí vão 51 robustos volumes) para, na vida prática, se achar o mais indigno dos seres. Necas de pitibiriba. A Imagem Verdadeira está aqui, diante de nós, pronta para ser usada e, porque não, abusada. Agora, se não exteriorizamos nossa potencialidade, aí fica difícil.
A revista Superinteressante deste mês apresenta uma reportagem sobre o Sucesso, e seus componentes. Uma das coisas que mais me chamou a atenção, enquanto folheava a revista, era a menção ao livro de Malcolm Gladwell, "Outsiders - Fora de Série", que também tenho. No livro se fala a regra das dez mil horas. E o que vem a ser isso?
Basicamente é o tempo que se leva para adquirirmos excelência em uma determinada atividade. Citando o exemplo dos Beatles, o autor afirma que eles tocaram durante dias, temporadas inteiras em Hamburgo, e, concomitantemente, adquiriram tarimba suficiente para, mais tarde, se tornarem no que são hoje.
Em suma, o autor descobriu o tempo digamos ideal para a exteriorização da nossa Imagem Verdadeira, seja em que atividade for.
Mas, para isso, tal e qual a Seicho-No-Ie, é preciso apenas uma coisa: prática.
Até o próximo capítulo!

terça-feira, 29 de junho de 2010

O Modo Feliz de Viver - Criança Pequena e Esposa - Pg. 15

"O amor é maravilhoso. O amor tudo cria e desenvolve. Não há ser vivo que se desenvolva sem amor. O amor tudo purifica. Não sentimos nojo quando a sujeira foi feita por alguém que amamos. Para a mãe, trocar a fralda suja do bebê não é nenhum sofrimento. Portanto, ela não deve sentir nenhuma repugnância da sujeira na camisa do marido...
Mas uma senhora confessou que sentia tanto nojo da camisa do marido que lavava primeiro as roupas dela e a do filho, e, com a água suja que sobrava, lavava as roupas do marido, pisando-as. Na época, ela odiava o marido. Mas, não sendo ele um completo estranho, após aprender que seu marido é originalmente um único ser com ela, passou a lavar as roupas dele em primeiro lugar.
Assim, as pessoas vivem refletindo sua mente no mundo exterior. Portanto, o fato de a mulher desejar ser bela não é, jamais, algo ruim. Aliás, isso é maravilhoso. Não é natural considerar isso um mal.
Mas a beleza não está no corpo carnal que a mente do ego pensa ser eu próprio. Mesmo uma pessoa que sofreu queimadura e ficou com o rosto desfigurado, é bela, se vive com o coração puro. É bela aquela pessoa que, apesar de vestir roupas miseráveis, anda recolhendo latas vazias jogadas nas estradas dos campos e montanhas.
Por outro lado, não se pode dizer que seja verdadeiramente bela uma mulher de aparência elegante, dirigindo um luxuoso automóvel, se ela anda jogando, pela janela deste automóvel, tocos de cigarro ou latas vazias.
O protótipo de beleza existe no mundo da mente, que transcende o mundo dos sentidos. É essa beleza que se manifesta material e carnalmente. Mas, quando há algum impedimento, essa manifestação torna-se distorcida. Também a mente fenomênica, às vezes, pode manifestar-se de forma distorcida.
Porém, a mente, que contém o protótipo da beleza, não é distorcida. No fundo de uma mente perversa, existe a mente que contém o protótipo da beleza, e basta manifestar essa mente com naturalidade. Como podemos fazer isso?
O mais importante é reconhecer esse protótipo, ou seja, a Imagem Verdadeira. Não devemos ficar pensando 'Minha mente é distorcida', ou 'Sou, por natureza, maçante'. Não existe uma só pessoa que possua mente tão desagradável. Todas as pessoas têm bom coração, são francas, capazes de manifestar naturalmente gratidão e alegria.
Damos a isso o nome de coração de criança. Essa pequenina garota vive sorrindo, exprimindo contentamento por qualquer coisa. Ela manifesta alegria, só pelo fato de um adulto aceitar o objeto que ela oferece. Ela sorri alegremente, só de olhar para o rosto do adulto. Tenho certeza de que tal criança crescerá e se tornará uma esposa que sorri alegremente, só de olhar para o rosto do marido."

Bom, vamos comentar este trecho de hoje? Começo a gostar de comentar estes trechinhos com vocês...
O tema de hoje versa sobre a beleza e o conceito de beleza. Como vocês devem estar carecas de saber e de meditar, a verdadeira beleza encontra-se no mundo da Imagem Verdadeira, este verdadeiro manancial de nossa individualidade divina. E, nada mais natural, aliás, é o propósito deste livrinho (sempre vou bater nesta tecla!) nos lembrar sempre que a nossa verdadeira alegria, a verdadeira felicidade, em suma, o verdadeiro modo feliz de viver é em sintonia com o glorioso MIV (Mundo da Imagem Verdadeira).
O professor ST se bate muito na questão da beleza feminina, que até encerra, de modo poético, este capítulo. No entanto, pode ser aplicado, mui apropriadamente, aos homens também, sem o menor medo de parecer, ou ser, digamos, metrossexuais. É que a verdadeira beleza não necessita de cosméticos, suores numa academia ou coisas semelhantes. Precisa apenas de nossa afinação ao MIV. E isso, por incrível que pareça, pode se dar, inclusive, inconscientemente.
Assim, recapitulemos, mais uma vez: Viver alegremente significa sentir alegria espiritual. Alegria espiritual é reconhecer a perfeição do MIV (desculpem as insistentes abreviações, mas, vocês entendem...) em detrimento da imperfeição do mundo fenomênico. É saber que não se pode mudar o mundo fenomênico, porque ele é intrinsecamente imperfeito (importantíssimo ponto este, talvez o mais importante deste livrinho). E, com a lição de hoje, aprendemos que a beleza, o belo, também está intrinsecamente ligado ao mundo da Imagem Verdadeira. Captaram?

Um pequeno adendo: não sei se neste livro vai se tratar especificamente deste assunto, mas lanço aqui uma curiosa indagação (pleonasmo, como se alguma indagação não tivesse um mínimo de curiosidade...): quando estava transcrevendo o capítulo de ontem, veio a mente uma questão: se vivemos aqui no fenômeno e sabemos, intuitivamente, da existência do MIV, através de que canal, de que túnel, de que ponte estes mundos tão díspares se comunicam? Quem, assim como eu, foi criança na década de 80, deve se lembrar do desenho animado "Caverna do Dragão". Como aquela turma vivia num universo paralelo, que, volta e meia no fim de cada desenho, abria-se um canal para passar por estes universos. A minha pergunta é exatamente esta: como ativar este canal? Se o livrinho não me responder nos próximos capítulos, me lembrem para retomar o assunto?
Até a próxima, fui!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O Modo Feliz de Viver - Conclua O Que Começou - pg. 11

"Se você pretende iniciar uma nova vida, agora é a melhor hora. Novo ano traz nova força, novas ideias surgem, assim como novos apoiadores e novos colaboradores. Mas, para que isso aconteça, é preciso que seu coração esteja cheio de vivacidade e frescor. Você não deve ficar apegado a hábitos retrógrados. Não fique entregando-se às lembranças dos 'velhos e bons tempos'. Será mesmo que 'os tempos antigos foram realmente bons'?
Certamente, no passado aconteceram fatos bons, mas houve também ocorrências ruins. As boas lembranças são ampliadas; e as más, apagadas. Assim acontece a sublimação do passado. Mas o presente é por demais vivo para ser sublimado. É preciso, porém, saber que há nestes presente vivo abundantes possibilidades de correção. Enquanto está quente, o ferro toma a forma que quisermos.
Você, agora, encontra-se num novo ponto de partida. Por mais sombrio que tenha sido o ano anterior, este ano pode ser feliz e promissor. Por mais fracassos que tenha tido no ano passado, neste ano é possível corrigir o rumo e conduzir-se ao sucesso. É exatamente quando vence dificuldades que seu caráter ganha luz. É quando lhe falta algo que a pessoa consegue manifestar força extraordinária. Alguém que já tenha, desde o nascimento, posição social, dinheiro e talento não se esforça para exteriorizar sua grandiosa potencialidade.
É como o espaço sideral, que é repleto de luz, mas, sem nada para refleti-la, ele é uma escuridão; quando existe algo que a reflita, a luz passa a brilhar. A força maravilhosa que existe dentro de você passa a brilhar com resplendor, quando se esforça para vencer uma deficiência sua. Portanto, você não deve temer por não ser perfeito no momento presente. Não se apegue ao fenômeno. A Imagem Verdadeira é sempre perfeita e harmoniosa. Não confunda a magnificência da Imagem Verdadeira com o aspecto fenomênico. O mundo fenomênico nunca deixará de ser imperfeito. É no fundo dessa imperfeição que existe a perfeição.
Entendendo isso, você será capaz de, corajosamente, realizar qualquer coisa. Com essa capacidade de fazer tudo, você deve vivificar a experiência adquirida até agora e terminar o que ainda está por concluir. Assim, desenvolvendo infinitamente a natureza divina, descubra as possibilidades do amor e da sabedoria. Você vai continuar trabalhando no mesmo lugar e levando a mesma vida familiar, não porque lhe falta capacidade para mudar, mas por estar concluindo o que começou fazer. Enquanto não concluir seu trabalho e a sua obrigação familiar, você deve persistir nesse trabalho. Isso é comparável a um pintor que conclui lentamente um quadro seu inacabado. Não é porque 'só consegue fazer isso'; você vai 'levar até o fim a obra que começou'.
Terminando um quadro, passe para o desafio de pintar um novo quadro. É nessa hora que acontecem grandes transformações em sua vida. Falência, perda de emprego, morte, mudança de endereço etc. constituem o início de um novo esboço. Jamais hesite. Avance vigorosamente, rumo à nova vida, com esperança e entusiasmo!"

Boa tarde quase noite, amigos! Escrevo este post logo depois da vitória do Brasil sobre o Chile, que nos habilitou às quartas de final com os competentes holandianos, ou melhor dizendo, os holandeses, que, na minha modesta opinião, é o único país que merecia um título mundial e infelizmente, não tem... mas, deixemos de filosofar futebol e filosofemos sobre a Imagem Verdadeira, que é bem melhor!
Muito bem. No prefácio do livro, estudado ontem, vimos que o objetivo do livreto que estamos estudando aqui é o estudo do bem viver, que vem a ser o viver alegre, e que, mais ainda por sua vez, vem a ser o viver com alegria espiritual, a única que não deforma, não solta as tiras e não tem cheiro fenomênico. Encerrei minhas preliminares conclusões questionando sobre o que significa, para o professor Seicho, tal alegria espiritual. E começamos, neste primeiro capítulo, a vislumbrar alguns pontos assaz interessantes, que tentarei listar aqui. Vamos lá?

1. Fica claro que este texto é escrito no início de um ano qualquer. No entanto, acho que já falei aqui antes, se não me manifestei antes, falo agora: todo início de dia não deixa de ser o início de um ano, se ele for efetivamente determinante em nossas vidas. No momento em que nos decidimos por mudar algo, este é o verdadeiro início do ano, mesmo que este dia seja um 28 de junho qualquer...

2. É interessante também a crítica que ST faz dos nostálgicos de plantão, que acreditam piamente que bom mesmo eram aqueles velhos tempos. Interessante posição quanto à sublimação do passado. Ele faz tais considerações introduzindo o assunto para o campo das possibilidades, especificamente das possibilidades de correção. E aí entra um fato curioso.

3. Cada vez mais me convenço, e leio na literatura seichonoieísta orientações de que o famoso Mundo da Imagem Verdadeira encontra-se escondido neste mundo fenomênico sob o manto do ambíguo termo chamado potencialidade. Evoquei, quando narrei minha palestra no Carlos Victor em 19.06, um dos conceitos que o Mestre Masaharu Taniguchi deu para Imagem Verdadeira, presente na página 60 do vol. 17 da Verdade da Vida, em que ele qualifica IV como a potencialidade inata no ser humano, potencialidade esta voltada unica e exclusivamente para a manifestação da verdade, do bem e do belo, em detrimento das inexistentes mentira, mal e feio!

4. E é usando a potencialidade existente no Mundo da Imagem Verdadeira que chega o professor Seicho ao tema central de seu pequeno capítulo: concluir o que começou. Como? Simplesmente partindo do brilhante raciocínio de que "a Imagem Verdadeira é sempre perfeita e harmoniosa. Não confunda a magnificência da Imagem Verdadeira com o aspecto fenomênico. O mundo fenomênico nunca deixará de ser imperfeito. É no fundo dessa imperfeição que existe a perfeição".

5. Amigos, nada mais perfeito do que esta constatação. Leiam várias vezes o trecho que repeti aqui, até tornar-se um pequeno mantra: não confundamos nunca o mundo da Imagem Verdadeira com o mundo fenomênico, este sim, eternamente destinado à imperfeição; no fundo da imperfeição existe a perfeição. Esta sim, pode se dizer que é uma verdadeira joia do pensamento espiritual da Seicho No Ie.

6. Falo isso porque quantos de nós esperamos a perfeição no mundo fenomênico, e não conseguimos. Na realidade, olhamos com os óculos errados, vemos tudo escuro, tudo imperfeito, tudo nublado. Quem esteve na minha palestra no Carlos Victor, quando tratei da troca de correspondências entre o prof. Taniguchi e o teatrólogo Hyakuzo Kurata, presente no livro A Humanidade é Isenta de Pecado sabe do que estou falando (para quem não se recorda, é o capítulo em que o sr. Kurata questiona o prof. Taniguchi de que não existe o mundo do Jisso, e sim o mundo do Jakko, ou seja, da penumbra, em que se veem mesclados aspectos claros e escuros da existência humana).

7. Resumindo: buscar a perfeição aqui no mundo fenomênico é tentar contar os grãos de areia de uma praia, ou seja, impossível. Impossível porque a perfeição não se encontra aqui, encontra-se em algo mais bem acabado.

8. E este "algo mais bem acabado" é sugerido, embora não dito expressamente por ST, como a disciplina que temos de ter neste mundo para, efetivamente, concluir o que começamos, seja lá o que for. E, nesta parte, mais um belo trecho foi escrito: "Você vai continuar trabalhando no mesmo lugar e levando a mesma vida familiar, não porque lhe falta capacidade para mudar, mas por estar concluindo o que começou fazer"

9. É uma mudança total de paradigma, ou seja, você passa a encarar os desafios com uma nova mentalidade, a mentalidade de ter ao seu lado uma força maior, maior do que o fenômeno que te rodeia, a força da Imagem Verdadeira.

10. Quando estava transcrevendo o trecho aqui no blog, me lembrei de um outro trecho do livro "Minhas Orações", que tem algo a ver com o que acabamos de ver. Curiosamente, é o mesmo trecho do mais novo lançamento da SNI, A Verdade, Vol. 7, na pg. 361, quem já tiver o livro e querer consultar, esteja à vontade. No meu caso, pego mesmo o primeiro livro já mencionado, que em sua pg. 161 apresenta a Oração Para Conseguir Emprego Melhor. Transcreverei no próximo ponto, e peço aos leitores a fineza de comparar com o penúltimo parágrafo do trecho estudado. Vejam se uma coisa efetivamente não leva a outra!

11. "Somos felizes quando apreciamos o emprego atual. O pior momento da nossa vida é quando estamos insatisfeitos com o nosso emprego. Nessas ocasiões, quem quer que seja, com certeza , deve estar a procura de um emprego mais adequado para si. No entanto, uma pessoa não pode viver sem um emprego e para viver, mesmo a contragosto, é necessário permanecer em seu atual emprego. Se não conseguimos agradecer ao atual emprego, não encontraremos outro melhor. Por mais enfadonho que seja o trabalho, não pense em fugir dele. Para conseguir agradecer realmente ao emprego atual, ore do seguinte modo:

'Este emprego é o local de trabalho mais adequado para mim neste momento.
Deus me colocou neste lugar para aprimorar a minha alma.
Terminado o aprendizado da alma, receberei um 'diploma' deste lugar e poderei passar para um emprego melhor.
Sei que este momento se aproxima.
Para concluir o curso atual com excelente aproveitamento, dedico-me de corpo e alma ao trabalho atual e o realizo com a máxima perfeição possível.
Por isso eu trabalho com prazer.
Todos reconhecem o meu esforço, louvam-me e simpatizam comigo.
Ao meu redor não existe um inimigo sequer nem obstáculo algum.
Somente boas oportunidades existem."

12. Captaram a semelhança das ideias no que tange ao "concluir" algo?

13. Resumo da ópera: Para vivermos de modo feliz, com alegria espiritual, devemos nos conscientizar de que estamos neste mundo para concluir sempre algo, e que concluir neste sentido significa exteriorizar toda a nossa potencialidade escondida no mundo da Imagem Verdadeira. E que as aparentes dificuldades nada mais são que auxiliares para provarmos a nós mesmos a nossa capacidade infinita. Ok? Tá ficando bom o nosso estudo, amanhã teremos mais!

domingo, 27 de junho de 2010

O Que É, O Que É?

Como falei na música do Gonzaguinha no post anterior, fica aqui a letra do mesmo, para refletirmos um pouco. Meus comentários estão no final. Outra hora eu posto aqui o melô do Shinsokan, "Tudo Está em Seu Lugar" de Benito di Paula...

"Eu fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida!
É bonita e é bonita! (1)
Viver e não ter a vergonha de ser feliz,
Cantar,
A beleza de ser um eterno aprendiz (2)
Eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será, (3)
Mas isso não impede que eu repita: (4)
É bonita, é bonita e é bonita!
E a vida?
E a vida o que é, diga lá, meu irmão? (5)
Ela é a batida de um coração? (6)
Ela é uma doce ilusão? (7)
Mas e a vida?
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é?
O que é, meu irmão?
Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo, (8)
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo,
Há quem fale que é um divino mistério profundo,
É o sopro do criador numa atitude repleta de amor. (9)
Você diz que é luta e prazer,
Ele diz que a vida é viver,
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é, e o verbo é sofrer. (10)
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé, (11)
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser,
Sempre desejada por mais que esteja errada,
Ninguém quer a morte, só saúde e sorte, (12)
E a pergunta roda, e a cabeça agita. (13)
Fico com a pureza das respostas das crianças:
É a vida!
É bonita e é bonita!
É a vida!
É bonita e é bonita!" (14)

(1) O que é a Vida? A Vida simplesmente É. É intransitiva, independe de algum complemento. Ela simplesmente é. E ponto.

(2) Cantar a alegria de ser um eterno aprendiz. É o que todos somos no mundo fenomênico: eternos aprendizes. Me lembro de um trecho do Livro dos Jovens, em que o Mestre constata que pobre é o cidadão que se acha professor de alguma coisa. Interessante...

(3) Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será: Olha aí a crença no progredir infinito e a obediência à sétima Norma Fundamental da SNI: "Fazer da vida humana uma vida divina e avançar crendo sempre na vitória infalível". A vida devia ser bem melhor E SERÁ!

(4) Mas isso não impede que eu repita: nosso estado fenomênico atual não pode impedir o reconhecimento de nossa Imagem Verdadeira

(5) E a vida? O que é a vida, diga lá meu irmão?: Começa aqui a parte filosófica da música. Na primeira parte o eu lírico afirma a sublimidade da vida, depois começa a mostrar as várias visões da vida, em suas várias nuances materialistas.

(6) Ela é a batida de um coração?: A vida é simplesmente uma ocorrência biológica?

(7) Ela é uma (doce) ilusão como pregava o budismo?

(8) Um nada no mundo: Visão materialista.

(9) Olha a visão religiosa de Gênesis 2,7 aí, seu Lício!

(10) Comparar este trecho com minhas digressões no post anterior, sobre a Vida, segundo professor Seicho.

(11) Volta o eu lírico a expor sua visão de vida, após ouvir as outras versões.

(12) Minha mãe sempre diz: "Essa história de 'foi melhor para fulano descansar' é conversa fiada. Se é melhor, vai no lugar dele!"

(13) Veja que o eu lírico ainda não deu uma resposta definitiva para a pergunta da música. Ainda.

(14) Enfim, a visão do eu lírico sobre a Vida é a mesma que a SNI dá: É bonita, é bonita e é bonita!

Agora, todas as vezes que vocês escutarem esta música de novo vão pensar muito bem nestes pequenos comentários. Viram como em tudo podemos aproveitar para termos uma visão da SNI? Muito obrigado por esta oportunidade!

O Modo Feliz de Viver - Prefácio

"Vivemos neste mundo para nos alegrarmos. Há quem pense que vive para sofrer, mas, no fundo do seu coração, deve haver forte desejo de viver com alegria. Porém, se corrermos atrás da alegria sensorial, nossos sentidos acabarão acostumando-se com o estímulo, e não sentiremos alegria por muito tempo. Podemos, após algum tempo, apresentar sintomas de dependência física ou doença.
Tais sintomas são a voz do céu nos aconselhando 'Procure mais alegria espiritual'. Por céu entenda-se Deus. O ser humano possui, dentro dele, a natureza divina, natureza búdica. Doença, fracasso, falência, perda de amor, relação amorosa ilícita etc. são todos ações autodesintegradoras que nos fazem voltar para a voz do céu.
Em vista dessas ações autodesintegradoras, as pessoas pensam de forma equivocada que viver é sofrer, mas elas são uma espécie de aviso: 'Mantenha distância deste perigo'. Como o calor que nos obriga a retirar rápido a mão colocada no fogo. Portanto, devemos agradecer a elas. É assim, obedecendo à voz de Deus, que sentiremos alegria de viver. E, com certeza, poderemos bradar do fundo do coração: 'Viver é sentir alegria!'"

Tóquio, 12 de agosto de 2002
O Autor
Vamos começar pelas últimas palavras do professor Seicho: "Viver é sentir alegria". Este trecho me lembra o célebre samba de Gonzaguinha "O Que É, O Que É?", com o imortal questionamento sobre o que é a Vida ("Viver, e não ter a vergonha de ser feliz/cantar e cantar e cantar a alegria de ser um eterno aprendiz...") Este e aquela mais esquecida composição de Benito di Paula, "Tudo Está em Seu Lugar", são, com o perdão do sincretismo aqui apresentado, legítimos sambas Seicho-no-ie. Depois eu dou as letras, voltemos ao texto, que é o que nos interessa...
Então tá. Viver é sentir alegria, é sentir alegria ESPIRITUAL, alegria DIVINA, e não alegria fenomênica, equivalente àqueles tesouros que, como Jesus Cristo já dizia, se corroem com o tempo e as traças. E as aparentes desgraças que surgem em nossas vidas nos alertam que existe esse modo feliz de viver, tal como o calor que nos obriga a retirar a mão do fogo (como gostam de uma metáfora nossos líderes da SNI!).
Ok ok, tudo muito bom, tudo muito bonito. Mas como fazer para alcançar essa chamada alegria espiritual, não fenomênica? Bom, não vos esqueçais que a Alegria é um dos seis atributos divinos, ou vocês se esqueceram de que, quando estamos shinsokando, estamos imersos no "oceano da infinita alegria de Deus"?
Então a questão toda é sentir alegria espiritual, a base para um verdadeiro viver espiritual. Se viver é sentir alegria, logo inferimos que o objetivo de uma obra chamada "O Modo Feliz de Viver" é justamente descobrirmos como alcançar esta felicidade espiritual. Ou estaria errado? Acho que não.
Um outro trecho interessante está logo no início do livro: "Vivemos neste mundo para nos alegrarmos". Este determinismo divino é interessantíssimo. Me lembra um trecho de uma música do Caetano, que dizia q "gente não foi feita pra sofrer", o resto eu não me lembro mais.
Assim, delimitamos o objeto da presente obra: descobrir o modo feliz de viver. Já temos uma importante pista: é viver buscando a alegria espiritual, em vez da fenomênica. E este viver é uma obrigação e uma determinação divina endereçada a mim, a você, ao seu inimigo, ao dono do mercado em frente à sua casa, ao seu chefe intragável, ao amor da sua vida, ao Dunga, ao Maradona, ao Lula, ao Barack Obama, ao Masanobu Taniguchi, ao mendigo que perambula na esquina da tua casa, ao bêbado que insiste em cheirar mal em frente a tua casa, ao drogado caído numa cracolândia da vida, ou seja, a todo mundo, a toda a humanidade.

Nenhuma Novidade...

Pois é, nada de novo no front, a não ser as quatro palestras marcadas para julho, nem sei sobre o que escrever aqui para os amigos... talvez se eu pegar o penúltimo lançamento da SNI, o livro póstumo do professor Seicho, com seus onze pequenos ensaios sobre a espiritualidade, e comentá-los aqui, será que alguém se dignará a ler? Bom, na falta de algo melhor, vamos a ele então. Prometo ter uma sequência regular de comentários sobre o mesmo. O nome do opúsculo é "O Modo Feliz de Viver"...
Na realidade, conheci o livro e tive vontade de resenhá-lo aqui neste brógui mais precisamente em 23.04.2010, no dia de São Jorge, quando vi o mesmo na casa da Preletora Ednalva. Mas a ideia ficou adormecida até agora, quando, real e efetivamente, não tenho nada para oferecer de mais digno aos meus 5 leitores. Então vamos lá... próximo post, por favor!

sábado, 26 de junho de 2010

A Verdade da Vida, Vol. 17, Pgs. 21-26

Muito embora o trecho escolhido não enfatize tanto a questão que levantei sobre o videogame, é um exemplo claro da tese que o Mestre tanto bate de que "é preciso evitar o 'tem que ser assim'", vou resumir quando possível:

"Recentemente, curei um menino com essa forma de tratamento ["terapia à base de amor severo"]. Esse menino, com cerca de dez anos, veio acompanhando a mãe. Estava muito pálido e magro.
- Que se passa com ele? - perguntei à mãe.
- Ele diz que sente dores na barriga e já faz um mês que não vai à escola - respondeu ela. - O médico disse que não é problema sério e que não há necessidade de faltar às aulas. Mas o menino se recusa a ir à escola porque, na hora do recreio, tem de ficar sozinho na sala de aula, pois, se correr e brincar, a barriga começa a lhe doer.
- Talvez ele tenha aversão à escola.
- Pelo contrário, ele gosta muito da escola. Está triste por não poder comparecer às aulas e tem procurado se tratar tomando apenas refeições leves, à base de pão e leite. Mesmo assim, continua sentindo cólicas e está ficando mais magro a cada dia que passa. Apesar de o médico não ter diagnosticado nenhuma doença, ele continua a se queixar de cólicas.
- Então, talvez a causadora disso seja a senhora - disse-lhe. - A senhora dobra seus cuidados para com seu filho quando ele fica doente, não é? Com certeza, ele diz que está doente quando quer ser mimado pela senhora. Aconselho que o trate com severidade e, se ele continuar com queixumes, repreenda-o energicamente.
(...)
Notei que ela procurava justificar a atitude do filho, o qual teimava em dizer que estava doente, apesar de o médico não ter encontrato anormalidade orgânica alguma nele. A preocupação excessiva dos pais faz com que a criança fique presa à ideia de que está doente e é isso que retarda a cura. Eu disse, então, ao menino:
- Como você pensa que está doente e só toma refeições leves, à base de pão e leite, continua com dor de barriga e emagrece cada vez mais. Você só come alimentos macios e, cada vez que faz isso, seu subconsciente pensa: 'Só posso comer alimentos macios, porque estou doente'. Por isso, seu estômago e seus intestinos tornaram-se preguiçosos e não funcionam direito. Se você comer alimentos sólidos e até mesmo duros, acreditando que seu aparelho digestivo é capaz de digerir qualquer alimento, realmente o seu estômago e seus intestinos ficarão fortes e passarão a funcionar perfeitamente. Você pensa que o pão é mais facilmente digerido do que o arroz, mas, segundo estudos de alguns nutricionistas, o pão permanece cerca de quatro horas no estômago, ao passo que o arroz permanece só uma hora e meia. Alimentos macios como o pão não ativam a digestão. Quanto mais sólido o alimento ingerido, mais ativamente trabalha o estômago. A partir de hoje, você vai comer qualquer alimento! Quanto mais sólido, melhor! Assim que voltar para casa, peça à sua mãe para fazer uns bolinhos de arroz e tostá-los na grelha até que fiquem com uma camada crocante e coma-os mastigando bem. Para acompanhamento, coma alimentos duros como conserva de nabo, de cenoura etc. Que tipo de comida você gosta mais?
- Gosto de verduras e legumes - respondeu o menino -, mas a mamãe diz que preciso comer carne e peixe, porque são mais nutritivos.
- Se você gosta de verduras e legumes, coma-os à vontade. Tudo que comemos com gosto faz bem ao corpo. Mas nenhum alimento faz bem quando o comemos relutantemente, pensando: 'Ih, detesto isso!'. Todo alimento se transforma em nutriente quando o comemos com satisfação. Transformar-se em nutriente significa fazer bem ao organismo. Isso é comparável ao que ocorre no relacionamento humano. Seja quem for, será nosso aliado se nos tornarmos seus amigos. Tratando-se de alimento, 'tornar-se aliado' é transformar-se em nutriente. Comer algo pensando 'detesto isso, mas preciso comê-lo, porque tem valor nutritivo' é o mesmo que manter relacionamento com alguém pensando: 'Detesto essa pessoa, mas vou fingir que sou seu amigo, para tirar proveito dela'" (...)

Captaram? Basicamente é o seguinte: quando exercitarmos duramente nosso corpo, ao invés de tratá-lo com condescendência, ele vai te responder adequadamente, porque é de sua própria natureza agir assim. Lembrem-se de que a SNI não é condescendente com nada que seja ilusório. "Ser tolerante ou ser condescendente não significa estar em harmonia do fundo do coração", já dizia a RD da Grande Harmonia. E, no caso do videogame, nem é preciso agir com tamanha condescendência, porque nosso querido Ben está se tratando da melhor forma possível, se divertindo. Por ordem médica. Assim, não tem ambliopia que não melhore.

Duas Ponderações A Serem Feitas

Li esta matéria hoje, vendo o jogo de Estados Unidos e Gana, que classificou a seleção africana para as quartas de final da Copa, o que achei, particularmente, malgrado ser a única seleção africana neste Mundial, uma lástima, pois temos de reconhecer que os soccer players são muito guerreiros e raçudos, mas...
Voltando ao texto, achei-o assaz interessante, e a primeira ponderação título deste post me veio assim que li o texto. A segunda, enquanto estava transcrevendo a notícia agora há pouco, vamos lá...

1. Primeiro de tudo: quem disse que videogame faz mal à vista? Este exemplo é clássico para que possamos ter a percepção de que, no mundo do fenômeno, não vige, de maneira alguma, a regra de que tudo tem que ser exatamente como tem que ser, muito pelo contrário: aqui, tudo é mutável, não existe nem o certo nem o errado nos assuntos da vida fenomênica. Não é à toa que o Mestre vivia dizendo que a Seicho-No-Ie é a "religião que elimina o 'tem que ser assim'"...

2. Segundo de tudo: praticamente em todos os volumes da Verdade da Vida o Mestre fala de algum caso semelhante. No 17, que estou lendo agora, não é diferente. Deixa eu procurar aqui onde está para eu passar para vocês... achei aqui, próximo post, por favor?

Nem Tudo É O Que É...

Boa noite amigos deste brógui. Acabei de pesquisar para ver se achava a notícia online, mas fracassei no meu intento. Assim, vou ter de transmitir a notícia no braço mesmo, mas confiram, se der tempo, foi publicado no Extra de 25.06.2010, na pg. 20, com o título "Joguinho Muito Saudável"... leiam, no post seguinte comento...

"Joguinho muito saudável"

Médico receita videogame para ajudar criança inglesa a curar-se de uma síndrome

Ben Michaels, um inglês de 6 anos, sofre de ambliopia - mais conhecida como síndrome do olho preguiçoso - e ganhou um tratamento que para muitas crianças mais parece um presente: ele tem que jogar videogame pelo menos duas horas por dia. Segundo uma matéria publicada ontem no jornal 'Daily Mail', a medida vem dando certo. A visão de Ben no olho afetado melhorou 250% já na primeira semana em que adotou os cuidados receitados pelo médico.
Nas duas horas diárias do tratamento, Ben tem a companhia de seu irmão gêmeo, Jake. Os dois jogam juntos. Ben fica com o olho sadio tapado, para que possa exercitar o outro. Segundo a mãe do menino, Maxine, de 36 anos, a recuperação tem sido notada por todos:
- Meu filho estava quase cego quando começou o tratamento. Ele não conseguia identificar o rosto de uma pessoa com o olho fraco. Agora, já consegue ler com ele. Mas sabemos que ainda há um longo caminho pela frente.
De acordo com médico Ken Nischal - que prescreveu o tratamento inusitado para Ben - a terapia com o videogame ajuda as crianças com a síndrome do olho preguiçoso porque os jogos incentivam o movimento repetido dos olhos. Desse modo, eles são treinados para entrar em foco.
Ben Michaels começou a ter problemas aos 4 anos. Ele começou a perder a visão gradualmente. Sem tratamento, segundo os médicos, o menino ficaria com o olho afetado cego permanentemente.

O que é a doença?

A ambliopia é quando, por alguma razão, o olho não consegue melhorar a visão - nem mesmo como óculos de grau. No estrabismo, ela se manifesta quando um dos olhos assume a preferência e enxerga bem e o outro, menos participativo, deixa de desenvolver a capacidade visual plena"

Infelizmente não tem aqui o nome do autor da matéria. Deveria. Comentários no próximo post.

domingo, 20 de junho de 2010

Viva a Somália!

Acabei de ver aqui, quase em lágrimas, a canção Waving Flag de um tal de K´Naan, que foi cantado, junto com Shakira e o Black Eyed Peas na abertura da Copa. Confesso que sou um rematado chorão para estas apresentações melosas, mas uma coisa me chamou particularmente a atenção, ao ver o clipe: o jeito que ele balançava a bandeira... da Somália! Achei muito estranho ele balançar tal bandeira, que, para quem não sabe, é azul clara com uma estrela branca no meio. Reconheci-a de imediato, mas não sabia, até cinco minutos atrás, que o nosso amigo K´Naan era... somali!
Aí debulhei-me mesmo. E sabem porquê? Sentem-se aqui que eu explico.
Alguém aí sabe onde fica a Somália? Se eu der um mapa-mundi político alguém sabe me apontar onde fica tal lugar?
Bom, responderei: fica na cornucópia africana. Mataram? É aquele trecho do oeste africano que se estende até o sul da península arábica numa forma de chifre, por isso a expressão cornucópia...
A Somália foi durante algum tempo colonizada por italianos (!!!) mas conseguiu sua independência no século passado, mas...
...mas esqueçam Iugoslávia, Sudão e outros lugares mais chiques pela própria natureza cruenta: a Somália é, literalmente, uma terra de ninguém, um pedaço de mundo dividido entre várias guerras tribais civis que, literalmente, partiram o país ao meio e, consequentente, sequer possui uma mínima representação internacional.
Os mais espertinhos hão de se lembrar do filme-açougue "Black Hawk Down" de Oliver Stone, eu acho, que fala justamente da Somália, ao se lembrar de uma frustrada intervenção de Bill Clinton naquelas paragens em 1993. Pois é, desde aquela época, acreditem, ninguém sabe como se virar na Somália. Até os americanos sofreram o pão que os somalis amassaram por lá!
Por isso que me emocionei. Ninguém sabe da Somália. Mas K´Naan sabe. E esteve lá na Copa, dentre outras dezenas de bandeiras, erguendo orgulhosamente a sua (Até o Will.I.Am, do Black Eyed Peas, balançava uma brasileira, vide o clipe). Mas ele balançava a sua bandeira. A sua pátria. E isso é que o fazia ser emocionante, único e inesquecível.
Viva a Somália! No Mundo da Imagem Verdadeira ela resplandece, única, como sua estrela em seu pavilhão!
Querem ver o clipe que falei? Acessem: http://www.youtube.com/watch?v=eZz_FB-Bp9U&feature=related

Da Arte De Domar Elefantes

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim. Sem sustos, mas com raiva, por conta da expulsão do Kaká. Como no jogo da Coréia do Norte, vitória meio amarga por certos detalhezinhos chatos, e o deste jogo foi esta expulsão.
Que venham os lusos, ora pois! Caso percamos, o que não espero, ainda podemos fazer uma graça. Mas aguardemos o dia 25...

Palestra 19.06.2010

PALESTRA – CAPÍTULO 6 – O CAMINHO PARA O MUNDO DA IMAGEM VERDADEIRA
(A HUMANIDADE É ISENTA DE PECADO)

1 - O eterno fluir da Vida (Vol.27), pg. 224-228

“Segundo a filosofia de Holmes, Deus é o Criador de todas as coisas, mas Ele não cria infortúnios para nós, arbitrariamente. Ele cria e dá a todos nós, sem discriminação, tudo que nossas próprias mentes concebem – sejam doença ou saúde, pobreza ou riqueza, adversidade ou situação favorável, infortúnio ou felicidade. Ele cria tudo isso, usando como 'molde' os nossos próprios pensamentos. Com isso, Ele assegura a nossa liberdade e, além disso, prova que, não tendo imagem própria, é capaz de assumir ou criar infinitas formas segundo a mente das pessoas (...). Holmes não considera a ilusão como criadora do mundo fenomênico, mas sim como 'molde' de criação apresentado pelo homem ao Criador, para que Este, com Sua capacidade de assumir livremente infinitas formas, criasse o mundo fenomênico, usando essa ilusão como 'molde'” (A Verdade de Vida, volume 20 – Autobiografia) (...)
Como podemos ver, o New Thought parece uma corrente homogênea formada de vários pensadores que seguem a mesma linha, mas eles divergem em pontos fundamentais. Para apreendermos a essência do New Thought, precisamos “peneirar” os pensamentos de seus líderes e eliminar as impurezas. E, como eles se baseiam na Bíblia, precisamos “peneirar” todas as outras religiões não-cristãs, se quisermos extrair a essência comum a todas as religiões. Assim procedendo, estaremos extraindo o “ouro puro” que se chama Vida que flui eternamente. (...)
No budismo existe uma polêmica quanto à origem do Universo: se é Verdade absoluta ou se é consciência alaya1. (a mente que originou, sustenta e contém o Universo). Dizem que “num pensamento estão contidos dez mundos, e dentro de uma mente existem três mil mundos”. A questão é saber se esse “pensamento” e essa “mente” se referem à mente da Verdade absoluta ou à consciência alaya E isso envolve as seguintes questões:
1 – Será que Buda também está sujeito à ilusão?
2 – Será que o mortal em ilusão pode se tornar Buda?
3 – Buda jamais caiu em ilusão?
Quanto ao primeiro item, eu o neguei totalmente. Quanto ao segundo item, admiti a existência aparente do “mortal em ilusão” como buda fenomênico. Quanto ao terceiro item, admiti-o plenamente. Afirmei categoricamente que “a criatura humana é originariamente Buda, e Buda jamais caiu em ilusão!”. Compreendi que todo homem é Buda e jamais caiu em ilusão, e que o eu perceptível aos cinco sentidos, que parece sujeito à ilusão, não existe.

2 - Transcendendo o jakko (“mundo da claridade serena”), pg. 228-259 (Vol. 39)

Carta do Sr. Hyakuzo Kurata2 para o prof. Masaharu Taniguchi (pg, 228-234)

Em síntese, trata-se de uma carta em que o Sr. Kurata acha “que existe uma diferença básica entre o meu conceito de jakko (luz difusa) e o seu conceito de Luz. Segundo o meu conceito, jakko é uma luz mesclada com treva, e não a luz em oposição à treva. Assim, ele abrange também doenças, infortúnios e calamidades. É muito diferente da luz resplandecente, diante da qual a treva se afasta.
Por causa dessa diferença de conceitos, não estou em condição de escrever um texto apoiando inteiramente o seu ponto de vista” (pg. 232).

Resposta ao Sr. Hyakuzo Kurata (pg. 234-259):

“O senhor considera que “na vontade da Grande Fonte do Universo existem luz e sombra, ou seja, o daijakko (a Grande Penumbra), que abrange simultaneamente a sombra e a claridade”. Com base nesse pensamento, o senhor afirma que não consegue ir além desse conceito, isto é, não consegue acompanhar a ideia de um mundo exclusivamente de luz (...) o senhor chegou a essa conclusão porque está confundindo o Universo Verdadeiro com o Universo Fenomênico. O Universo Verdadeiro é o 'mundo em conformidade com a vontade de Deus', é o 'mundo onde as graças estão à nossa disposição, mesmo que não as peçamos', é o 'mundo onde o Amor de Deus envolve a todos, do mesmo modo que o Sol ilumina os bons e os maus'. É, portanto, um mundo onde existe unicamente luz. Já o Universo Fenomênico é um mundo onde o aspecto perfeito do Universo Verdadeiro é projetado de maneira imperfeita na dimensão tempo-e-espaço, devido a distorções e irregularidades da 'lente mental'. É, portanto, um mundo onde se mesclam a luz e a sombra, o certo e o errado, a saúde e a doença. (pg. 248-249)
Se muitas pessoas têm dificuldade de entender a 'visão de um mundo constituído exclusivamente de luz' preconizada pela Seicho-No-Ie, é porque estão confundindo o Universo Fenomênico com o Universo Verdadeiro, e o homem fenomênico com o homem real “ (pg. 255).

3 - Eliminando-se a ilusão, manifesta-se a Imagem Verdadeira (pg. 260-272) (vol. 20)

Parte (4), pg. 266-272

Pg. 268: Refleti muito, dia após dia, mas não alcancei a paz interior.
Certo dia, eu estava fazendo a meditação, pedindo a Deus que me revelasse a Verdade, quando, por acaso ou pela inspiração divina, surgiu-me na mente um trecho da sutra budista, que diz Shiki-soku-zeku3, que significa “Matéria é sinônimo de vazio”. No mesmo instante, uma voz misteriosa, baixa mas firme, ecoou no meu ouvido: “A matéria não tem existência”. E eu pensei, em seguida, uma outra frase: “Vazio é sinônimo de matéria”. A voz misteriosa tornou a soar:
“Tudo surge do nada. Todas as coisas fenomênicas, sendo projeções da mente, são originariamente inexistentes. Tudo é originariamente inexistente; portanto, tudo surge do nada. Como o homem se deixa levar pela ilusão de que tudo se cria a partir de algo que existe, ele sofre devido ao apego às coisas que julga existentes. Não houvesse tal apego, ele seria totalmente livre. Ele passaria a desfrutar a provisão ilimitada, que torna possível repartir cinco pães para alimentar cinco mil pessoas ou fazer uma grande fortuna a partir do nada. O mundo fenomênico não passa de um mundo ilusório que se vê através da lente mental. Parece existir, mas não é existência real. Compreenda que todas as coisas fenomênicas são inexistentes. Compreenda que seu corpo carnal também é inexistente.”
Ouvindo isso, pensei: “E a mente (mente fenomênica), será que existe?”. No mesmo instante, a voz respondeu: “A mente também não existe”. Até então, eu pensava que a mente fosse como um cavalo arisco, rebelde e imprevisível, e eu tinha a maior dificuldade em domá-la. Ouvindo a afirmação categórica de que “A mente também não existe”, desmontei o cavalo arisco chamado mente e pisei no chão firme do mundo da Imagem Verdadeira.
- Se não existe nem a mente, isso que dizer que não existe absolutamente nada? - voltei a perguntar.
- Existe a Imagem Verdadeira – respondeu a voz.
- O nada é Imagem Verdadeira? O vazio é Imagem Verdadeira?
- O nada não é a ImagemVerdadeira. O vazio também não é a Imagem Verdadeira. O vazio é o fenômeno. A matéria e a mente (mente fenomênica) é que são o vazio. O corpo carnal – que é matéria – e a sensibilidade, a imaginação, a vontade e a consciência, que são formas da mente4, são o vazio.
- Mas o vazio não é diferente do nada?
- Não pense que o vazio seja diferente do nada. Quando se diz que a matéria e a mente são o vazio, significa que elas são o nada. Por pensar que o vazio é diferente do nada, você não compreende que a matéria e a mente são o nada, e é por isso que esbarra nelas. Quando se aniquilam a matéria e a mente pela clara compreensão de que elas são o nada, então se manifesta a Imagem Verdadeira. Quando se considera inexistente o que inexiste, manifesta-se o que existe verdadeiramente.
- E o que é Imagem Verdadeira?
- Imagem Verdadeira é Deus. Unicamente Deus, Sua mente e a manifestação de Sua mente são existências verdadeiras. Estas constituem a Imagem Verdadeira.
- Mas a mente não é inexistente?
- “Mente inexistente” significa mente fenomênica. No sentido de existência verdadeira também o Buda fenomênico e todos os seres fenomênicos são inexistentes. Quando se “aniquila” o buda fenomênico e a mente fenomênica pela compreensão de que todos os fenômenos são inexistentes, manifesta-se a Imagem Verdadeira, o Buda verdadeiro e eterno.
- Esse “aniquilamento”, em termos cristãos, seria a crucificação de Jesus?5
- Exato. Quando se aniquila o Jesus carnal, surge o Cristo-verdadeiro, o Cristo Eterno, que existe desde antes de Abraão. A cruz de Jesus Cristo simboliza a Verdade de que a Imagem Verdadeira se manifesta quando se aniquila o fenômeno. Agora, aqui, ressuscita a Vida eterna. É agora! É agora! O agora eterno! Agora é a ressurreição! Vivifique o agora!
Apesar de continuar com os olhos cerrados, vi diante de mim uma luz ofuscante. Tive a impressão de ver vagamente, no meio da luz, uma imagem branca que devia ser o dono da voz misteriosa. Mas logo a luz se apagou e, quando abri os olhos, percebi que continuava sentado, com as mãos postas.
Naquele momento, alcancei a compreensão de que a mente em ilusão é inexistente e, consequentemente, não existe também a “mente que alcança a iluminação por meio do despertar”. Compreendi que é um equívoco pensar que a mente em ilusão evolui, alcança a iluminação e se torna Buda. Compreendi que existe unicamente a Mente da Imagem Verdadeira que é a manifestação dessa Mente-Suprema. O Buda fenomênico (Sakyamuni), que meditou durante seis anos para alcançar a iluminação, não era existência verdadeira. Unicamente o Buda eterno a quem ele se referiu na declaração “Eu sou Buda desde o princípio dos tempos” é existência verdadeira, e esse Buda eterno vive aqui e agora. Jesus Cristo enquanto “homem fenomênico” que, pregado na cruz, clamou “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”, não era existência verdadeira. Unicamente o Cristo eterno, a quem ele próprio se referiu na declaração “Antes que Abraão existisse, eu sou”, é existência verdadeira, e esse Cristo eterno vive aqui e agora. Conscientizei que eu também não sou um “homem fenomênico” nascido de minha mãe em 22 de novembro de 1893 e que só agora alcançou o despertar. Compreendi que sou um ser divino, um ser búdico, desde o princípio dos tempos”

4 - Reverenciar a Vida (pg. 272 – 297), Vol. 33

Mas, afinal, em que consiste a Verdade preconizada pela Seicho-No-Ie? Para compreendê-la, é fundamental entender o que significa “reverenciar a Vida”, que consta no item 1 das Sete Declarações Iluminadoras da Seicho-No-Ie (...) A primeira declaração da Seicho-No-Ie é no sentido de reverenciar a Vida, essa Força invisível e misteriosa que nos mantém vivos, e isso corresponde a “reverenciar a Muryo-ju6”, na linguagem do budismo, e a reverenciar o “pão da Vida”, na linguagem do cristianismo (...) Afinal, o que é essa energia misteriosa chamada Vida, que nos mantém vivos? (...) Na Seicho-No-Ie, chamamos de “vida fenomênica” à Vida manifestada no plano fenomênico. Afirmamos que a vida fenomênica é apenas “manifestação da Vida” e não a Vida em si, que existe verdadeiramente. À Vida que existe verdadeiramente, chamamos de Imagem Verdadeira da Vida7” (pg. 272-274)

5 - Alcançar o mundo da Imagem Verdadeira (pg. 297-304), Vol. 23

Aquele que vai para o paraíso ou que vai para o inferno ou purgatório não é a Imagem Verdadeira (Eu verdadeiro) da pessoa, e sim o eu fenomênico, o eu transitório. O Eu verdadeiro encontra-se, desde o princípio, no paraíso da Imagem Verdadeira, repleto de harmonia,vivendo como ser perfeito, dotado de amor infinito, sabedoria infinita e Vida infinita e abençoado com as dádivas infinitas de Deus. A entidade conhecida como espírito, que, após habitar temporariamente o corpo carnal, desliga-se deste e continua a viver num meio chamado mundo espiritual, é o eu transitório, constituído de ondas mentais. Em última análise, o espírito (corpo astral ou corpo espiritual) também é um aspecto temporário do ser, mantido pelo poder da mente, não sendo, portanto, o Eu verdadeiro. É por isso que o budismo nega a existência de espírito, pregando que o “eu” não existe. (pg, 297-298).

1É o oitavo sentido, a "consciência da memória", alayavijñana em sânscrito. A oitava e mais fundamental das oito consciências estabelecidas na doutrina da escola Yogacara. (A sexta consciência é a mente pensante e a sétima é a noção de ego.) A consciência alaya acumula toda a energia potencial para a manifestação mental e física da existência do indivíduo, e supre a substância a todas as existências. Também recebe impressões de todas as funções das outras consciências e as retém como energia potencial para suas manifestações e atividades posteriores. Já que serve de base para a produção das outras sete consciências (chamadas "consciências transformadas"), também é conhecida como a "consciência-base" (mula-vijñana). A oitava consciência dá um senso de eternidade, unidade, subjetividade e maestria, lembrando um atmã eterno (o aspecto do ser que é imutável mesmo após as transmigrações), fazendo, assim, a sétima consciência enganosamente perceber e apegar-se a um ego. (Do site http://estevaomonteiro.com/Magia/mito.htm, acessado em 19.06.10)

2Hyakuzo Kurata (倉田百三, Kurata Hyakuzō (23 Fevereiro 1891 - 12 Fevereiro 1943) foi um ensaísta e teatrólogo em assuntos religiosos nas eras Taisho e no início da era Showa. Escreveu “O Mestre e seu discípulo (“Shukke to sono deshi”)

3Na sutra budista “Hannya Shingyo” (Sutra da Sabedoria) (vide explicações maiores sobre esta sutra no capítulo final de “Você Pode Curar a Si Mesmo”, de Masaharu Taniguchi.). Na obra “Shodoka – o Canto do Satori Imediato” de Yoka Daishi consta: “A essência do sutra do Hannya Shingyo é “shiki soku ze ku/ ku soku ze shiki” (os fenômenos não são diferentes de ku, ku não é diferente dos fenômenos.” (pg. 21)(ku = nada)

4Na linguagem budista, estes cinco elementos correspondem aos skhandas, que são os cinco agregados que correpondem à individualidade (fenomênica, segundo a Seicho-No-Ie): a matéria (rupakkhanda ou shiki), a sensibilidade (vedanakkhanda ou ju), as percepções (sannakkhanda ou so), as formações mentais, ações do espírito ou simplemente imaginação (samkharakkhanda ou gyo) e, por fim, a consciência (vinnanakhanda ou shiki) (obras: Budismo, Psicologia do Autoconhecimento, Dr. Georges da Silva e Rita Homenko e Shodoka – O Canto do Satori Imediato, Yoka Daishi). Assim, segundo a revelação que o Mestre recebeu, estes cinco agregados, que compõem a individualidade humana, ou, simplesmente, mente, não existe. Só existe, assim, a Mente Divina, na qual estamos todos submersos.

5Notem que na Iluminação do Mestre ele fala em termos budistas em primeiro lugar e em termos cristãos logo a seguir, comprovando a unicidade de pensamento da Seicho-No-Ie.

6Vida Infinita, na linguagem budista.

7Compare este trecho com este outro, constante na Verdade da Vida volume 17: “Quem está me ouvindo pela primeira vez provavelmente não sabe o que é a Imagem Verdadeira do ser humano. Vou explicar em poucas palavras. Dentro de cada ser humano existe a fonte da força infinita, pronta para jorrar, embora a maioria das pessoas jamais se aperceba disso. Essa fonte de força infinita é que é a Imagem Verdadeira do ser humano” (pg. 60)

Quantas Mesmo?

Antes de mais nada, me permitam consultar um pouco meus desorganizados alfarrábios... ah, sim, atualizando aqui, informo que ontem dei minha décima quarta palestra como Líder da Iluminação da Seicho-No-Ie, excetuando as duas palestras que não dei no mês de maio deste ano. E foi uma palestra boa, retornei depois de duas semanas, à reunião da Associação Local dos Jovens, agora sob a direção do Carlos Victor. Tema: Capítulo 6 da Humanidade..., tema difícil, quase cem folhas a tratar, e o pior (ou melhor) é que em 20/07 darei mais uma palestra com o mesmo tema... no próximo post, vou disponibilizar o resumo de cinco laudas que disponibilizei para o povo estudar sobre o tema...

Copa do Mundo

Escrevo estas linhas aguardando o segundo jogo da nossa seleção brasileira contra, desta vez, a briosa seleção ebúrnea. Ebúrnea? Sim, caríssimos, LeoJisso também é cultura, este é um dos gentílicos aceitos pelo nosso vernáculo (ui!) para os nascidos na Costa do Marfim (o outro, mais óbvio, menos erudito e consequentemente menos fresco, é marfinense...). Depois da também briosa Coreia Setentrional (= do Norte!) com a cena que mais me emocionou na Copa, que foi o choro de Jong Tae-Se, que sequer nascido no local é, coloco minhas barbas de molho. Mas vamos falar de Seicho-No-Ie um pouco, que é o assunto principal deste mui humilde brógui...

Outro Sumiço...?

Não, meu computador não pifou desta vez de novo, apenas fiquei mal durante a semana passada, pelo falecimento do meu avô, José Nilo de Brito, que desde 11.06.2010, abertura da Copa do Mundo, estará em minhas futuras listas como o meu mais novo antepassado.
Pensei em escrever mil e uma coisas neste blog, fazer homenagens a ele, várias coisas, mas não tive, digamos, disposição para tanto. Fica aqui, assim, o registro. Com aproximadamente (nunca soube exatamente) 92 anos retornou para o Mundo Espiritual meu avô materno, José Nilo de Brito.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Reino De Deus De Infinita Provisão

Olá a todos! Depois de um mês sem palestras, hoje acabei com meu jejum e dei minha ... palestra (não me lembro de cabeça qual seria, acho que a décima terceira...), na realidade prática de recitação do Reino de Deus de Infinita Provisão, onde tive a agradável surpresa de ver seu Cléber, e já aproveitei para falar do meu casório, ele aceitou, felizmente...
A palestra foi aqui perto, na Otávio Kelly, deu para ir e voltar a pé de casa, foi bom...
Acabei meu jejum! Agora é preparar a palestra para o dia 19, nos Jovens...

domingo, 6 de junho de 2010

Fuso Horário

Bem, primeiro fim de semana na qualidade de ex-presidente de AL, e ainda tenho que acertar meu fuso horário... não me encontrei com minha augusta noiva ontem, encontrei hj, e cheguei cedo, tanto que estou bestando faz um tempo na net... cheguei em casa na hora que começava a reunião... me lembrei daquela música do "Só Pra Contrariar", "O que é que eu vou fazer com essa tal liberdade..."

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Algumas Considerações...

Bom, escrevi aquele texto antes do almoço e agora são quase quatro horas da tarde. Refletiram sobre ele? Eu sim, e compartilho com vocês minhas pálidas impressões...

1. Primeiramente, apesar de tudo o que se fala da Universal e do Bispo Macedo, de certa maneira admiro o trabalho que esta Igreja faz. Por exemplo, a Folha Universal é um jornal muito interessante e, por incrível que pareça, pouco proselitista. O que não impede de tecer algumas críticas principalmente no que pertine ao aspecto doutrinário. Por exemplo, comprei um livro deles apenas porque me horrorizei (isso mesmo, horrorizei!) com o prefácio. Sob a instigadora pergunta-título de "Somos Todos Filhos de Deus?", vocês devem imaginar a resposta pelo verbo que digitei anteriormente. Mas isso é assunto para outro post.

2. A publicação desta matéria, com loas, na contracapa do jornal, significa aprovação da Igreja ao que ele trata, e, sendo assim, cresce ainda mais minha admiração perante a Igreja no que tange ao tema tratado.

3. Sempre é bom os membros da SNI conhecerem melhor sobre outras crenças, outras fés, e o modo como elas agem perante os seus fiéis. Isso atesta que todas, inclusive um pouco a SNI, agem da mesma forma e aparentemente, com um único objetivo: a extração do potencial infinito do ser humano.

4. E qual, pergunto, qual a verdadeira missão da SNI senão comprovar por A + B que o Homem é Filho de Deus e apresenta, quando quiser, este potencial infinto?

5. No volume 17, no qual ainda prometo discorrer algumas linhas e posts, o Mestre nos fala que a Imagem Verdadeira nada mais é que o potencial infinito do ser humano. Sendo assim, teremos que concordar com a assertiva aristotélica de que "Deus é potência"? Neste sentido, acho muito provável que sim. Deus é como um motor pronto a desenvolver todo seu potencial quando ligamos a chave. Esse "ligar a chave" pode ser através de oração ou de ação mesmo, seja lá em que sentido for...

6. Então, após estas breves considerações, examinemos o texto: o "ovo de Colombo", a descoberta da religiosidade é fazer o homem acreditar em si mesmo. Ora, façamos uma pequena consideração. Se religião vem do latim "religar", e a função "moderna" deste "religar" é acreditar em si mesmo, isso significa que Deus não está em nenhuma outra parte no mundo a não ser dentro de nós mesmos... ou estaria errado? Se Deus é potência, essa potência se desenvolve unicamente através de nós, como os mais evoluídos seres da criação, a quintessência da criação divina...

7. E esta abundância de pensamento positivo e de autoafirmação muda a vida da pessoas, mesmo que aparentemente (ou, em bom seichonoiês, fenomenicamente) a vida não esteja, assim, très agréable...

8. Nosso querido blogueiro encerra seu texto afirmando que "quem se levanta do fundo do poço é o ser humano, cuja força interior é infinita"... qualquer semelhança com Masaharu Taniguchi é mera coincidência? Acho que não. O blogueiro também foi feliz no que diz respeito ao seu próprio Ovo de Colombo: a descoberta de que toda religião, seja ela qual for, desde que seja bem intencionada (e eu acredito que seja o caso da IURD, denúncias à parte) nada mais é do que uma ponte para a descoberta de sua verdadeira natureza divina, de sua verdadeira filiação divina. Em outras palavras, ele nada menos descobriu a Verdade Vertical da Seicho-No-Ie...

9. O resto, como dizia aquele rabino, é comentário jurídico...

"O Poder da Igreja Universal Está No Ser Humano" - Marcelo Migliaccio

Esta eu tirei de um Jornal da Folha Universal, que transcreveu um artigo tirado da JB Online. As partes interessantes eu grifei de preto, para comentar nos posts seguintes, vamos lá. É um comentário sobre um evento evangélico ocorrido no Aterro do Flamengo em 21.04.2010:

"Foi um tsunami diferente. Bem carioca. Em vez de água, na última quarta-feira, as ruas da cidade foram inundadas por ônibus. Entraram por todos os lados, vindos dos quatro cantos do estado do Rio em pleno feriado de Tiradentes. O mar de mais de 1 milhão de evangélicos (cerca de 2 milhões segundo os organizadores) confluiu para a Enseada de Botafogo, onde a Igreja Universal do Reino de Deus promoveu mais uma de suas maratonas de louvor.
Não vou ficar perguntando de quem foi a culpa pelos engarrafamentos gigantes que incomodaram tanto. Vale mais refletir sobre a força desse movimento, que na verdade mostra a pujança do ser humano.
Já fui a um culto da Universal na Catedral da Fé, uma imponente construção em Del Castilho (zona norte). Foi na época da eleição municipal de 2008. A ordem no jornal era averiguar se havia algum tipo de proselitismo político durante a celebração - Marcelo Crivella, bispo licenciado e senador, era um dos candidatos a prefeito.
Não constatei nenhuma menção eleitoreira no interior da catedral. No máximo, alguns cabos eleitorais de candidatos a vereador ligados à Igreja distribuíam santinhos e seguravam cartazes do lado de foraa. Na calçada, onde a lei permite. Lá dentro, vi ao vivo o que já tinha assistido nos programas de tevê. O mesmo discurso dos pastores, invocando trechos bíblicos, batendo forte na tecla da autoestima e, no final, pedindo aos fiéis que deixassem suas contribuições para a obra. Confesso que no momento em que o pastor pediu doações de R$ 20 mil me assustei. Era um culto destinado a pequenos e médios empresários em dificuldade. Ninguém foi ao palco deixar o polpudo donativo, e o pedido foi baixando até chegar a R$ 50, momento em que várias pessoas se levantaram e ofereceram seu sacrifício financeiro na esperança de ter melhor sorte no futuro. A vinculação fé-prosperidade é a tônica das pregações. De outra vez eu passava em frente ao templo da Universal na Nossa Senhora de Copacabana (rua), por volta das 7h. Havia um culto lá dentro e vi que um mendigo, imundo, muito sujo mesmo, e alcoolizado, se dirigia para a porta de entrada. Parei para ver se o obreiro iria barrá-lo. Que nada, o homem entrou sem ser importunado. Como ele, muitos devem ter chegado à Universal naquele estado e se recuperado. O obreiro devia saber disso.
Como os outros, aquele mendigo poderia em breve ser mais um membro do rebanho de Edir Macedo. Acho que o ovo de Colombo dos líderes evangélicos foi descobrir que todo ser humano precisa ouvir palavras que o façam acreditar em si mesmo. Os cultos exploram essa neurolinguística, oferecem injeções de otimismo em doses cavalares. É isso que os pastores dão ao seu rebanho: pensamento positivo e autoconfiança. Não é pouco para pessoas cujo cotidiano se resume a trabalho pesado, salário insuficiente, moradia indigna, família desagregada, vizinhança perigosa e saúde combalida por tanta infelicidade. Essas pessoas precisam tão desesperadamente acreditar em algo que não têm olhos para reparar se o pastor é canastrão.

As palavras bíblicas são muito poderosas, afinal, séculos e séculos de perenidade lhes conferem autoridade. Nas igrejas evangélicas, pessoas que nunca tiveram disciplina adquirem um norte, mudam velhos costumes. Abandonam drogas pesadas, resistem ao apelo do álcool, sossegam o facho e reconstroem casamentos nos quais ninguém apostava mais um centavo. Esse poder não está nos pastores nem nessa ou naquela denominação. Quem se levanta do fundo do poço é o ser humano, cuja força interior é ilimitada. Nenhum crente se preocupa muito em saber se o pastor lá na frente acredita naquilo que prega com tanta ênfase. Tentativas de derrubar o império da Universal foram muitas e não deram em nada. A Igreja só cresceu apesar dos ataques e denúncias que volta e meia afloram na mídia e ecoam no Judiciário. De nada adiantam vídeos comprometedores, porque os fiéis aprenderam que quem vai contra Deus é o diabo e estão mais preocupados em reconstruir suas próprias vidas. O que, aliás, é mérito exclusivo de cada um deles, e não de bispo ou pastor."

(MIGLIACCIO, Marcelo, "O Poder da Igreja Universal está no ser humano", blogueiro do Jornal do Brasil, publicada na pg. 24 da Folha Universal, nº 944, 9 a 15 de maio de 2010)
Já sabem que iremos ter altos comentários sobre este texto né? Reflitam um pouco, em especial nas partes grifadas, para comentarmos depois. Os grifos são deste blogueiro.

Explicação Necessária

Bom dia amigos curtidores deste feriado de Corpus Christi, devo-lhes uma pequena explicação pelo aparente sumiço deste blogueiro que vos tecla. Não, não estou abandonando nem deixando de lado a SNI, muito pelo contrário, acabo, literalmente, de fazer a sutra e ler algumas páginas do volume 17, do pouco comentado volume 17, que merecerá uma resenha especial nos próximos posts.
A verdade é que, como diria o Mestre em seu "Comande Sua Vida...", e reprisado, salvo engano de minha memória, em "Reconstruindo a Vida Humana", estou, tecnicamente, atravessando uma fase de baixa-mar da fé. Explico: Não fui a Ibiúna, não dei palestra no mês de maio (minhas duas palestras foram canceladas, com seu Áureo e Hirohito), ou seja, pouco cultivei meu jardim da fé (que bonitinha comparação!). Junte-se a isto minha despedida do cargo de presidente de AL e um recente empenho num futuro empreendimento meu e vai acabar se refletindo, naturalmente, numa diminuição no número de posts neste blog e um aparente (apenas aparente) desinteresse deste blogueiro em assuntos espirituais...
E isso sem contar com meu computador parado metade do mês de maio. Então vejamos: se em abril tive 50 posts, maio não chegou a 10, acho e junho começa a engatinhar...
Isso não significa que não tenhamos tema o suficiente para nos manifestar, apenas a falta de tempo e, confesso, um pouco de preguiça deste blogueiro impedem de nos manifestar adequadamente. Uma rápida vasculhada na minha cachola aponta alguns temas interessantes a serem discutidos com vocês num futuro não muito distante, a saber?
1- Artigo que saiu na Folha Universal, na realidade, um post de um repórter-blogueiro, que apresenta alguns temas interessantes para discussão;
2 - O volume 17 da Verdade da Vida, que comecei a ler na semana passada, e que nos remete a uma interessante discussão acerca de alguns volumes "esquecidos" da VV e que, não obstante este fato, são pequenas joias do pensamento espiritual do Mestre;
3 - Esqueci. Era o quê mesmo? Ah, sim, a palestra que eu estou preparando para os Jovens no dia 19 e que devo reprisar com Seu Áureo em alguma terça-feira de julho: capítulo 6 da "Humanidade é Isenta de Pecado", quase 100 páginas, haja... para falar em 45 minutos apenas...
Então, não se preocupem, deixe o tempo correr um pouquinho e logo verão eu palpitando sobre estes assuntos! Fui!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ducentésimo Post

Nada muito especial, apenas para lembrar que este é o ducentésimo post deste blog, que começou em novembro do ano passado. Será que quando completar um ano atinjo a marca de 365 posts? A conferir...

Feriado

Começamos bem este feriado, 1 x 0 sobre o Palmeiras, fora de casa, gol de quem, de quem? Do maior perdedor de gols deste campeonato, nosso amigo Love...
Bom, mais uma oportunidade para trocarmos ideias aqui. Na realidade, apenas para contar que estou muito desapontado por não estar viajando neste momento para Ibiúna, Seminário de Trabalho para Preletores. Muita gente vai, inclusive Carlos Victor, que me solicitou que eu fosse dar a primeira palestra, Cerimônia em Memória aos Antepassados, para ele. Infelizmente, tinha assumido outros compromissos, ou seja, curtir um pouco minhas férias, sem problema, porque no próximo dia 19 estarei lá, de novo!