domingo, 10 de março de 2019

Vem Cá, Preletor, E A Oficina Sonho Sincero?

Foi muito bom você ter perguntado isso. Ela ainda continua. Na verdade, deveria ter acontecido no último dia 15 de fevereiro, mas aconteceu algo, digamos, pouco comum que me deixou um tanto quanto temeroso para seguir. Explico.
A atividade principal foi uma Oficina de Meditação Shinsokan, em que me proponho a realizar non stop uma Meditação Shinsokan bonita, de pelo menos meia hora (tem vezes que chega a uns 34, 35 minutos), do jeito que o Mestre gosta e recomenda. E peço que escolham uma variedade, e a escolhida foi a de autorreverência. E ao final compartilhamos algumas impressões que o pessoal teve. Coisas do tipo: o que sentiu? Teve algum insight, assim por diante (mais ou menos como é feito num Shinsokan de Oração Mútua ou numa Purificação da Mente. E aí é que pegou...
Chego para um primeira pessoa: "olha, foi bem interessante, e eu senti um peso nas minhas pernas, como se estivesse presa na posição" (Oi? Peso nas pernas? Estranho...)
Aí uma segunda pessoa: "Foi muito bom, teve um momento que eu até entrei em transe!" (Ooi? Transe? Mais estranho ainda...)
Aí parto para uma terceira pessoa, e essa me impressionou mais que o peso nas pernas e/ou o transe: tratava-se de uma pessoa de primeira vez, que nunca tinha ouvido falar de Seicho-No-Ie nem nada, e para o azar maior dela ela chegou justo na hora que começava a entoar o Canto Evocativo de Deus, ou seja, nem para dizer o mínimo do mínimo do mínimo do que seja a Seicho-No-Ie (como sempre faço quando tem estreantes na plateia) eu tive como fazer...
Aí vem o parecer dela: "Foi muito bom, eu senti o tempo todo um chinês me puxando..."
Ooooi??? Chinês? Como assim, produção? Aí o participante que a tinha convidado (e que no meio da Meditação começou a chorar - também teve isso!) tratou logo de emendar: "não é chinês, foi japonês mesmo!"
Já faço essa Oficina há algum tempo, e acho bem interessante. Só que foi a primeira vez que tive um monte de gente sentindo coisas bem fora do comum. As opiniões até agora foram apenas no sentido de "Ah, estive sentindo muita paz" ou "Ah, senti que me harmonizei todo". A coisa mais próxima desse tipo que ouvi foi um adepto (em Icaraí, isso) que se sentiu praticamente dentro dos tais oceanos de Sabedoria, Amor, Vida, Provisão, Alegria e Harmonia que a gente sempre evoca logo no início.
Mas desta vez não. E, para quem tem curiosidade em pesquisar nas Explicações Detalhadas sobre  Meditação Shinsokan sabe que vários destes fenômenos (como o transe) não são exatamente comuns. Tanto que o Mestre fala que na hora mesmo temos que nos voltar para o "aqui e agora" e não para algum outro lugar...

Apenas a título de ilustração, uma vez, muito tempo atrás, fiz uma Meditação Shinsokan em que minhas mãos em formato de oração começaram a tremelicar tanto, mas tanto, que tive que desfazer a posição. Sabe mais ou menos quando uma varinha de radiestesia descobre um veio d´água e se contorce toda? Foi mais ou menos assim. Falei para a orientadora logo depois e ela me disse que era muita energia acumulada. Aceitei na época. Mas depois, nas Explicações Detalhadas descobri que isso não era exatamente bom, e que o recomendável, recomendável mesmo era desfazer-se da posição e simplesmente recitar a Sutra.

Mas, voltando, fiquei impressionado e cheguei a uma conclusão: queira ou não, quando nos predispomos a fazer uma Meditação Shinsokan desta natureza, começamos a mexer com energias muito poderosas dentro de nós, e que talvez, pela influência das palavras desta variedade específica da autorreverência ("A Vida de Deus flui para o meu interior e se torna a minha vida, eu sou filho de Deus. Eu me reverencio porque já sou a própria Sabedoria") (e assim vai recitando inúmeras vezes os demais atributos até chegar a Harmonia), acabam mexendo com o nosso íntimo e temos assim o que eu presenciei naquele dia...
De tanto ouvir o que o pessoal sentia, acabei extrapolando o tempo para a Oficina Sonho Sincero, de apenas 20 minutos, mas quem disse, àquela altura, que estava pronto para isso? Eu estava, digamos, embasbacado com o que vi. E nada foi por mérito meu, foram eles mesmo!

PS.: Com esse meu relato não quero, em hipótese nenhuma, desestimular a prática da Meditação Shinsokan, nem dizer que essa variedade da autorreverência é especificamente prejudicial ou tendenciosa a ocorrer coisas dessa natureza. Apenas me maravilhei pelo fato de, pela primeira vez, ter uma pálida noção do que uma Meditação Shinsokan é capaz de realizar: transes, corpo rígido, encontros com chineses... o que demonstra que, efetivamente, quando juntamos as mãozinhas em posição de oração e começamos a recitar "Ó Deus-Pai..." realmente não estamos sozinhos. E quanto mais seriamente nos predispomos a fazê-lo, não apenas de maneira formal ou para bater o ponto na 8a Norma Fundamental, a coisa rende...
Em suma, vou passar a ter mais reverência quando for ministrar essa próxima Oficina...

sábado, 9 de março de 2019

Questões Para Refletir - Eduardo Nunes da Silva

Dica de leitura do seu amigo LeoJisso: "Questões Para Refletir", de Eduardo Nunes da Silva. Quem me conhece sabe que, quando eu crescer, quero ser igual a esse preletor, um dos mais inteligentes (senão - com todo o respeito a todos os demais - o mais inteligente - da Sede Central). E, desde quando soube que ele estava lançando um livro ("Finalmente", pensei eu...) fiquei ansioso para saber do que se tratava. Pois bem, peguei-o hoje. Ainda não olhei, só dei uma olhada d´olhos para ver do que se tratava...
E para minha gratíssima surpresa deparei-me com um fato interessantíssimo e que tem a ver com a primeira fase deste blog: trata-se da transcrição de algumas colunas que ele assinava no "Círculo de Harmonia" e que transcrevi algumas aqui neste blog (podem pesquisar pelo marcador "Questões Doutrinárias", está tudo ali!), em que ele lançava algumas perguntas e as respondia, como, por exemplo:
- Os pais devem permitir que seus filhos joguem games eletrônicos de violência?
- Um ser humano pode reencarnar como animal?
- A afirmação da sutra sagrada, de que o homem pode ver sem olhos, tem fundamento científico?
E por aí vai...
Só por esta palhinha já coloquei água na boca de vocês? Então comprem o livro! Vocês não se arrependerão. Palavra de LeoJisso! 

domingo, 3 de março de 2019

Coração de Sacerdote

Eu iria até postar isso na última postagem, mas como o fato me chamou deveras a atenção, segue aqui:
No final da missa, fui falar com o padre, agradecendo pela reunião, enfim. Apresentei-me como preletor da Seicho-No-Ie (e ele falou que já tinha ouvido falar), falei que também respeitamos a figura de São Miguel Arcanjo ("É mesmo?") autografou meu livro e o devocionário e ao final, na despedida, soltou esta pérola:
- Que você nunca perca o coração de sacerdote!
E repetiu mais uma ou duas vezes, como se quisesse fixar em minha memória o que disse. Fiquei lisonjeado e curioso ao mesmo tempo: por que ele teria falado isso?
Uma coisa eu gostei nele e o livro corroborou: ele também é muito pouco afeito ao sectarismo religioso. Para me falar isso...
Aí desci do altar me perguntando: o que seria um coração de sacerdote? Quais os requisitos que deveria ter?
E mais: eu tenho esse coração de sacerdote que ele tanto apregoou?
Não, não vou entrar em crise existencial por conta disso. Apenas serve como reflexão para o meu "sacerdócio" (já que não existe o termo "preletócio", ou "preletorado", vai esse mesmo...) Eu estou cumprindo bem minha missão?
Olha, confesso que uns tempos atrás estava meio temeroso disso. Entrei numa pequena neura no sentido de não saber mais dar conta do recado. Mas já passou...
Isso passou, mas, e quanto ao meu coração? Ele é de sacerdote? Se não for, o que eu preciso mais ter?
Melhor parar por aqui, senão aí sim terei a tal crise existencial que falei parágrafos atrás...

Salve São Miguel!

Não, o confuso leitor não está enganado: ainda estamos em março. Então, por que cargas d´água este que vos tecla saúda São Miguel, ainda mais com um padre do lado? O preletor tá virando a casaca, é?
Calma, eu posso explicar tudo... sentem-se aí que eu conto...
O padre em questão é o Padre João Cláudio, que vem conseguindo fama graças às missas que faz em honra e glória de São Miguel Arcanjo uma vez por mês numa igreja daqui de Niterói, e até lançou um livro sobre tal fenômeno (tá vendo lá na minha mão, atrás do Devocionário de São Miguel - o livrinho de capa preta que não é de São Cipriano?). Como o dia de São Miguel se comemora no dia 29 de setembro e este fevereiro se encerrou com apenas 28 dias, o padre achou por bem rezar a missa no dia 25. E lá fui eu.
"Ok, preletor, entendi, você foi lá conhecer o padre, comprar o livro que eu sei, enfim... mas por que São Miguel?"
Ora, em primeiro lugar, abandonemos todo e qualquer sectarismo religioso, ok? Foi minha primeira vez e, confesso, estou tentado a ir mais vezes. E isso não me faz mais ou menos digno de ser preletor, ou dizer que estaria virando a casaca. Com algumas questões que eu, como praticante da Seicho-No-Ie, ponho em dúvida (como por exemplo, uma certa tara católica por se considerar pecador ("Há quem diga: pecador, pecador! Deus não criou pecador algum". Does it sound familiar?) , a celebração foi boa e, porque não dizer, impactante. Convido quem quiser a comparecer e me encontrar no próximo dia 29.03 lá, meio dia ou sete e meia da noite. Ou então acompanhar a missa pela internet (sim, é transmitida pelo Facebook!)
"Ok, preletor, já estou te vendo com batina e tudo, mas me conte, por que São Miguel?", diria um exasperado leitor. E o paciente preletor aqui responde:
Porque São Miguel Arcanjo é, além de obviamente a figura de Jesus Cristo, o único elo entre o cristianismo (catolicismo, em sua maioria) e a Seicho-No-Ie.
Sim senhores, o Mestre já falou em alguns livros sobre São Miguel Arcanjo, em especial em O Que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação e Preleções sobre a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade. É neste último livro que encontramos, na página 25, o seguinte:

"Quando se diz 'Deus que Se manifestou através da Seicho-No-Ie' está se referindo a Kanzeon Bosatsu. Quando certa pessoa orou fervorosamente 'Deus que Se manifestou através da Seicho-No-Ie, por favor, mostre-me sua imagem', visualizou a imagem de Kanzeon Bosatsu, que no cristianismo apareceu como arcanjo Miguel. Portanto, do ponto de vista de que todas as religiões, na sua essência, são iguais, eles são os mensageiros do céu. Arcanjo Miguel é o grande príncipe, o mais importante de todos os anjos, e seu nome aparece na parte final do livro profético Daniel no Antigo Testamento da Bíblia"

E, na página 26, após narrar a passagem de São Miguel no livro de Daniel, o Mestre conclui:


"Diz que chegou o momento em que o arcanjo Miguel, o anjo que ocupa posição espiritual mais elevada, precisará se levantar. Diz também que virá o momento em que os sofrimentos da humanidade atingirão uma gravidade jamais vista desde que os povos começaram a existir. Essa profecia diz que chegará a hora extrema do final do mundo, em que o arcanjo Miguel precisará se levantar e realizar um grandioso movimento de salvação, e que serão salvos os que estiverem inscritos no livro. Esse arcanjo Miguel citado no cristianismo se refere a Deus que Se manifestou através da Seicho-No-Ie, ou seja, Kanzeon Bosatsu do budismo. É a divindade que realiza a salvação através da força sobrenatural que lhe permite tomar 33 formas diferentes."

Por fim, antes do queixo de vocês caírem de vez, segue este pequeno trecho a seguir, também na página 26:

"O arcanjo Miguel equivale ao deus Suminoe (ou Sumiyoshi) citado na escritura xintoísta Kojiki (...)"

Agora vocês viram com quem vocês estão lidando? Se querem que eu desenhe mais simplificadamente, lá vai:

                           Arcanjo Miguel = Kanzeon Bosatsu = Deus Sumiyoshi

Entenderam porque eu queria tanto ir lá? Não era só pelo moicano do padre e sua história no mínimo peculiar (sambista e lutador de jiu-jitsu!) Era por causa de Miguelito também! Sim, porque se eu chamo Kanzeon de Kan-Kan e deus Sumiyoshi de Sussu, nada mais justo que tratar Miguelito como da família também.
Neste caso, também da família Seicho-No-Ie... 

sábado, 2 de março de 2019

Parabéns Atrasado, Antes de Mais Nada, Para Vocês Dois! (Dois?!)

No Japão já se contam 90 anos. Aqui no Brasil se contam "apenas" 89. It doesn´t matter, o que realmente conta é que ontem (01.03) a Seicho-No-Ie contou 90 ou 89 primaveras (ou invernos, já que março é inverno lá para os lados de Tóquio). Na verdade, tem até um volume da Verdade da Vida que é explicado isso, a data de 01.03.1930 é meio que ficcional, uma vez que o Mestre Masaharu Taniguchi convencionou esta data como lançamento da revista Seicho-No-Ie, mas ela já estava sendo distribuída, de carrinho de bebê para as sortudas famílias japonesas bem antes disso. Deixa eu ver se eu acho o volume que o Mestre esclarece este ponto, me esperem um minuto, por gentileza!
Ah, sabia que tinha aqui, é o volume 27, pegaram aí? Minha edição é um tanto quanto antiga, então talvez a minha página não bata com o volume de vocês, mas abram aí quase no finalzinho, na página 169:

"(...) Eu havia feito constar na revista o dia 1° de março como data do lançamento, mas a publicação ocorreu efetivamente no início de janeiro, portanto, com dois meses de antecedência. esse procedimento foi proposital e deveu-se ao fato de que eu necessitava de dois meses para ter uma ideia aproximada de quantos assinantes conseguiria, e, então, determinar a tiragem do número seguinte. Oficialmente, estabeleceu-se a data de 1° de março como o da publicação do primeiro número da revista Seicho-No-Ie; posteriormente, determinou-se comemorar nesta data o aniversário da fundação da Seicho-No-Ie, levando-se em consideração também o clima agradável dessa época do ano (N. da t.: Início de primavera, no Japão)
(grifei)

Então, atendendo-se a considerações de ordem prática (número de assinantes) bem como climáticas (início da primavera), convencionou-se comemorar o aniversário da Seicho-No-Ie juntamente com... o aniversário da minha cidade natal, de São Sebastião do Rio de Janeiro! (e o Rio também por certas idiossincrasias, não faz feriado na data de sua fundação, mas sim na data do seu Santo Padroeiro, São Sebastião, mais precisamente no dia 20/01... vai entender...). Assim, no cotidiano do carioca, o dia 01 de março passa totalmente despercebido, salvo... nesta última sexta, sexta de carnaval. Quer coisa mais carioca do que o carnaval? Nem título do Mengão no Maracanã lotado reveste-se de tamanha "carioquice"...
E, só para terminar as coincidências, hoje moro em Niterói, cujo santo padroeiro é São João Batista, cuja data é 24.06, feriado por aqui. E a cidade comemora sua fundação em... 22.11, feriado aqui também (carioca trabalha mais do que niteroiense, é comprovado kkk)
Repararam alguma coisa? Sim, 22.11 se comemora o que mais especificamente na Seicho-No-Ie? Seguem as alternativas abaixo:

a) (  ) a transcrição da Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade;
b) (  ) a data da Revelação Divina da Grande Harmonia;
c) (  ) aniversário do Mestre Masaharu Taniguchi;
d) (  ) a queda do primeiro dente de leite da Emiko Taniguchi;

Ganhou uma sutra quem marcou a alternativa c), ou seja, o aniversário de Niterói coincide com o aniversário do Mestre Masaharu Taniguchi. Vejam que feliz coincidência: minha cidade natal foi fundada na mesma data que a Seicho-No-Ie (quer dizer, veja bem...) e a cidade onde moro foi fundada no aniversário do Mestre!
E agora, mais uma feliz coincidência para encerrar este festival de sincronicidades junguianas: nasci na mesma data (10.10) que Emiko Taniguchi, literalmente, a filha do homem!
Bom, chega por agora, senão vou ficar insuportável achando que tudo isso é pessoal! Próximo post, por gentileza!



Minhas Sinceras Desculpas...

... por ter deixado vocês praticamente o mês de fevereiro todo na mão... Estou ainda pensando em como fazer este blog melhor, que temas trabalhar, enfim... some-se a isso o ritmo frenético (graças ao bom Senhor) de trabalho, e a forma que venho podre de casa após cada audiência, só me permitiu que eu esteja somente agora matando as vossas saudades neste sábado de Carnaval...
Mas estes quase trinta dias serão regiamente compensados, porque estou cheio de temas e ideias... vamos lá então?
Ah, sim, e qualquer tema que vocês queiram ver tratado aqui, sempre à luz da doutrina com toques de leojissoísmo sempre serão bem vindos. É só postar nos comentários... agora sim, vamos lá então?

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Happy - Pharrell Williams

Já tem umas semanas que eu venho com essa ideia e estou implantando hoje: a de na noite de domingo postar alguma música alto-astral-e-bem-a-cara-da-Seicho-No-Ie para iniciar a semana bem. E nada melhor do que este hit: Happy, de Pharrell Williams! E ainda, achei-a legendada. Escute, fique parado se puder, leia e interprete a sua letra e depois me diga: é ou não é um autêntico Hino Sagrado da Seicho-No-Ie, só que em inglês? So, ladies and gentlemen, enjoy!